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Reino Monera

Professor de Matemática Antonio Carlos Carneiro Barroso
Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com


O reino monera é composto pelas bactérias e cianobactérias (algas azuis). Elas podem viver em diversos locais, como na água, ar, solo, dentro de animais e plantas, ou ainda, como parasitas.

As bactérias

A maioria se seus representantes são heterótrofos (não conseguem produzir seu próprio alimento), mas existem também algumas bactérias autótrofas (produzem sem alimento, via fotossíntese por exemplo).

Existem bactérias aeróbias, ou seja, que precisam de oxigênio para viver, as anaeróbias obrigatórias, que não conseguem viver em presença do oxigênio, e as anaeróbias facultativas, que podem viver tanto em ambientes oxigenados ou não.

As formas físicas das bactérias podem ser de quatro tipos: cocos, bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos, podem se agrupar, e formarem colônias. Grupos de dois cocos formam um diplococo, enfileirados formam um estreptococos, e em cachos, formam um estafilococo.

Por serem os seres vivos mais primitivos da Terra, eles também são os que estão em maior número. Por exemplo, em um grama de solo fértil pode haver 2,5 bilhões de bactérias, 400 mil fungos, 50 mil algas e 30 mil protozoários.

Estrutura celular

As bactérias não tem núcleo organizado, elas são procariontes, ou seja, o DNA fica espalhado no citoplasma, não possuem um núcleo verdadeiro . Por isso, o filamento de material genético é fechado (plasmídeo), sem pontas, para que nenhuma enzima comece a digerir o DNA. Possuem uma parede celular bastante rígida.

Para se locomoverem, as bactérias contam com os flagelos, que são pequenos sílios que ficam se mexendo, fazendo a bactéria se mover (igual ao espermatozóide humano, só que muito mais simples). Também podem possuir Fímbrias, que são microfibrilhas protéicas que se estendem da parede celular. Servem para “ancorar” a bactéria. Existem também as fímbrias sexuais, que servem para troca de material genético durante a reprodução e também auxiliam as bactérias patogênicas (parasitas) a se fixarem no hospedeiro.

A Cápsula, camada que envolve externamente a bactéria, formada por polissacarídeos, serve para a alimentação (fagocitose), proteção contra desidratação, e também para que o sistema imunológico hospedeiro (no caso das parasitas) não a reconheça.

Reprodução

A reprodução das bactérias ocorre de forma assexuada, feita por bipartição (divisão binária, ou cissiparidade), onde a célula bacteriana cresce, têm seu material genético duplicado, e então, a célula se divide, dando origem a outra bactéria, geneticamente igual à outra.

A variabilidade genética das bactérias é feita de três formas: conjugação, que consiste em uma bactéria transferir material genético para outra, e vice-versa, através das fímbrias; transdução: é a troca de genes feita através de um vírus, que invade uma célula, incorpora seu material genético, e o transmite para outras células; transformação: as bactérias podem incorporar ao seu DNA fragmentos de materiais genéticos dispersos no ambiente.

As bactérias também podem originar esporos, em condições ambientes desfavoráveis à reprodução (altas ou baixas temperaturas, presença de substâncias tóxicas, etc). Eles são pequenas células bacterianas, com uma parede celular espessa, pouca água e um material genético. Elas são capazes de ficarem milhares de anos nestes ambientes, esperando por uma condição do ambiente melhor.

A importância das bactérias

As bactérias também têm sua importância no meio ambiente, assim como qualquer ser vivo.

- Decomposição: atuam na reciclagem da matéria, devolvendo ao ambiente moléculas e elementos químicos reutilizáveis por outros seres vivos.
- Fermentação: algumas bactérias são utilizadas nas indústrias para produzir iogurte, queijo, etc (derivados do leite)
- Indústria farmacêutica: na fabricação de antibióticos e vitaminas
- Indústria química: na produção de alcoois, como metanol, etanol, etc;
- Genética: com a alteração de seu DNA, pode-se fazer produtos de interesse dos seres humanos, como insulina
- Fixação do Nitrogênio: retiram o nitrogenio do ar e o fixa no solo, servindo de alimentação para as plantas
Quando ainda não se conhecia a diferença entre arqueas e bactérias, ambas eram classificadas no Reino Monera e chamadas simplesmente de bactérias. Mais tarde foram descobertas algumas diferenças entre esses microorganismos, o que levou à criação de um novo grupo. As arqueas, que eram abundantes nos ambientes que caracterizavam a Terra há cerca de 3 bilhões de anos, foram classificadas como Archaeobacteria (do grego, Acheos = antigo). As demais bactérias foram reunidas no grupo Eubacteria (do grego, Eu = verdadeiro).

Segundo Amabis, bactérias e arqueas ocupam subreinos distintos no Reino Monera. Informações recentes mostram que as arqueas são evolutivamente mais relacionadas com os organismos eucarióticos do que com as bactérias.
Descoberta

No século XVI, um negociante holandês tinha como hobby polir lentes e construir microscópios. Com o auxílio de uma de suas invenções, ele observou minúsculos seres em forma de bastão e os chamou de animálculos. Porém, o interesse por esses seres só foi despertado no final do século XIX, quando um médico alemão descobriu que esses microorganismos eram a causa de uma doença do gado. Com o passar do tempo, a comunidade científica foi aceitando o fato de que as bactérias podiam ser a causa de várias doenças humanas. Louis Pasteur tinha horror de sujeira e não gostava de apertar as mãos das pessoas por saber que ali haviam muitas bactérias. Hoje sabe-se que as bactérias também podem ser benéficas, sendo utilizadas na produção de alimentos e até medicamentos.
Arqueobactérias

As arqueas são pouco conhecidas devido às dificuldades de acesso aos seus hábitats e de coleta de material, além da grande diversidade de seus processos bioquímicos. Atualmente, são bem conhecidas as bactérias metanogênicas, que são anaeróbias e produtoras de metano; as halófitas, que são aeróbias e vivem em ambientes com alta concentração de sais; e as termoacidófilas, que suportam altas temperaturas e grande acidez do meio.

As arqueas são semelhantes às bactérias e só foram diferenciadas graças às técnicas de análise molecular. Uma das diferenças consiste na composição química da parede celular, pois as bactérias apresentam peptidoglicano na sua parede, enquanto as arqueas não. Elas apresentam polissacarídeos e outras apresentam apenas proteínas.

Mas a diferença mais marcante está na organização e funcionamento dos genes. Estudos mostram que as seqüências codificadas nos genes das arqueas estão mais próximas dos eucariontes do que das bactérias.

As arqueas podem ter forma esférica, de bastão, espiralada, achatada ou irregular.
Eubactérias

Este grupo reúne a grande maioria das bactérias conhecidas. As bactérias são seres minúsculos, extremamente resistentes e possuem uma incrível capacidade reprodutiva.

Ocorrem em praticamente todos os ambientes, podem viver isolados ou em colônia e medem cerca de 1 µm = 0,001 mm, podendo ser vistas apenas com o auxílio de um microscópio.

São seres procariontes, pois não possuem núcleo organizado por uma membrana carioteca. Seu DNA é um único filamento em anel, chamado de nucleóide. Além disso, apresenta plasmídios dispersos no citoplasma, que são pequenos anéis de DNA.

O envoltório celular é composto por uma membrana plasmática e por uma parede celular mucocomplexa (açúcares aminados e aminoácidos) e externamente pode haver uma capsula gelatinosa protetora, formada por polissacarídeos.

No citoplasma há ribossomos, e em cianobactérias podem haver pigmentos fotossintetizantes.

Pode haver estruturas de locomoção como cílios e flagelos e estruturas de resistência como esporos.

A classificação morfológica é: cocos, bacilos, vibrião e espirilo e podem se arranjar como cocos, diplococos, estafilococos, estreptococos, etc.

Quanto à composição da parede, podem classificadas em gram-positivas e gram-negativas.

Podem se reproduzir por divisão binária, conjugação, transdução, transformação.

As bactérias possuem uma importância econômica muito grande, podendo ser causas de muitas doenças. Podem ser usadas nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas, etc.

REFERÊNCIAS

AMABIS, José Mariano. Biologia volume 2. Editora Moderna

César e Sezar. Biologia 2ª Série. Editora Saraiva.

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