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Sistemas de Classificação


Classificação, em biologia, identificação, denominação e agrupamento de organismos num sistema estabelecido.

As numerosas formas de vida existentes precisam ser nomeadas e organizadas, de modo que os biólogos de todo o mundo tenham certeza de que conhecem o organismo exato que é seu objeto de estudo. A definição dos grupos de organismos baseia-se na seleção de determinadas características importantes, que sejam traços compartilhados, de modo que os membros de cada grupo sejam semelhantes entre si, e diferentes dos de outros grupos.

Os métodos atuais de classificação reúnem também os grupos em categorias, de modo que estas reflitam os processos evolutivos que existem por trás das semelhanças e diferenças entre os organismos. Tais categorias formam uma hierarquia, na qual os diferentes níveis representam os diferentes graus de relação evolutiva.

A hierarquia se estende, em sentido ascendente, a partir de milhões de espécies, cada uma constituída por organismos individuais estreitamente relacionados, até alguns poucos reinos, cada um reunindo um grande número de organismos, entre os quais muitas vezes só existe uma relação distante.

Para garantir a precisão dos métodos de classificação, os biólogos têm estudado e comparado a anatomia, a fisiologia, a genética, o comportamento, a ecologia e os fósseis do maior número possível de organismos. Todos os ramos da biologia contribuem para esses estudos, mas as especialidades mais diretamente relacionadas com a classificação são a taxonomia e a sistemática.

Embora as duas disciplinas se superponham, a taxonomia está mais centrada na nomenclatura (denominação) e no estabelecimento dos sistemas hierarquizados. Já a sistemática estuda as relações evolutivas ainda não estabelecidas.

NÍVEIS HIERÁRQUICOS

Os biólogos classificam os organismos individuais no nível básico de espécie. Uma espécie é formada por organismos que compartilham muitas características importantes. Além disso, nos organismos com reprodução sexuada (ver Reprodução) as espécies são formadas por populações que não podem ter descendentes férteis com membros de nenhuma outra espécie.

As espécies que estão claramente relacionadas por compartilhar características importantes são agrupadas em um gênero e cada uma recebe dois nomes (nomenclatura binomial). A primeira palavra corresponde ao nome do gênero e a segunda é um adjetivo, geralmente descritivo ou geográfico, ou, ainda, relativo ao nome de uma pessoa. Essa forma de denominação foi estabelecida pelo naturalista sueco Lineu, fundador da taxonomia moderna. Ele utilizou nomes em latim porque era nessa língua que os eruditos de seu tempo se comunicavam. Lineu atribuiu aos seres humanos o gênero Homo (homem) e à espécie humana deu o nome Homo sapiens (homem sábio).

Para construir a classificação hierárquica, agrupam-se um ou mais gêneros em famílias, as famílias em ordens, as ordens em classes, as classes em filos e os filos em reinos. Atualmente, dentro da divisão principal dos seres vivos, são reconhecidos cinco reinos. Os grupos de organismos incluídos nessas categorias, em qualquer nível de hierarquia, recebem o nome de táxon, e cada táxon recebe uma definição que abrange as características mais importantes compartilhadas por todos os seus membros.

Para permitir uma subdivisão maior, podem-se acrescentar os prefixos sub- e super- a qualquer categoria. Além disso, em classificações complexas, pode-se utilizar categorias intermediárias especiais, como ramo (entre reino e filo), coorte (entre classe e ordem) e tribo (entre família e gênero).

Em qualquer nível, um táxon indica uma base evolutiva comum, ou seja, todos os seus membros se desenvolveram a partir de um ancestral comum.

SISTEMA DOS CINCO REINOS

A primeira grande classificação dos seres vivos reconhecia dois reinos (Vegetal e Animal), pelo menos desde que Aristóteles estabeleceu a primeira taxonomia no século IV a.C. As plantas com raízes são tão diferentes em sua forma de vida e em sua linha evolutiva dos animais, que se movimentam e ingerem alimentos, que o conceito de dois reinos permaneceu em vigor durante muito tempo.

Foi só no século XIX, quando já estava mais do que evidente que os organismos unicelulares não se enquadravam em nenhuma das duas categorias, que se propôs a conceituação de um terceiro reino para abrigá-los, o reino Protista. Muito tempo depois de se descobrir que a fotossíntese é a forma básica de nutrição das plantas, os fungos, que se alimentam por absorção, ainda eram classificados no reino vegetal por causa de seu aparente modo de crescimento mediante raízes.

Atualmente, devido ao grande desenvolvimento das técnicas de estudo da célula, está claro que a divisão principal dos seres vivos não é entre vegetais e animais, mas entre organismos cujas células carecem de membrana nuclear e organismos cujas células têm essa membrana. Os primeiros são chamados de procariotos e os segundos, eucariotos.

As células procarióticas também carecem de organelas, mitocôndrias, cloroplastos, flagelos especializados e outras estruturas especiais que aparecem em células eucarióticas. As bactérias e as algas verde-azuladas são células procarióticas, e a taxonomia moderna as agrupou num quarto reino, o Monera, também conhecido como reino Procariota.

As células eucarióticas provavelmente derivaram de associações simbióticas de células procarióticas. O reino Protista é formado por diversos eucariotos unicelulares que vivem isolados ou formam colônias. Acredita-se que cada um dos reinos multicelulares se desenvolveu a partir de ancestrais protistas.

O reino Animal compreende os organismos multicelulares, que têm suas células organizadas em diferentes tecidos, são móveis ou têm mobilidade parcial graças a tecidos contráteis, e digerem alimentos em seu interior. O reino Vegetal ou das Plantas é formado por organismos multicelulares que, em geral, têm paredes celulares e contêm cloroplastos, nos quais produzem seu próprio alimento mediante a fotossíntese.

O reino Fungos, o quinto reino, inclui os organismos multicelulares ou multinucleados (isto é, com mais de um núcleo celular), que digerem os alimentos externamente e os absorvem através de superfícies protoplasmáticas tubulares denominadas hifas (as quais formam seus corpos).

A classificação dos seres vivos em cinco reinos baseia-se em três níveis de organização: o primitivo nível procariota; o eucariota unicelular e o eucariota multicelular. Nesse último nível, as três linhas evolutivas principais se baseiam no tipo de nutrição e se expressam nos diferentes tipos de organização tissular característicos de animais, vegetais e fungos.
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