quinta-feira, 2 de julho de 2020

Quadrado perfeito

A terceira maneira de fatorar expressões algébricas é utilizando a regra do trinômio do quadrado perfeito. Para que possa fatorar uma expressão algébrica utilizando esse 3º caso a expressão deverá ser um trinômio e formar um quadrado perfeito.

Então, para compreender melhor esse tipo de fatoração vamos recapitular o que é um trinômio e quando um trinômio pode ser um quadrado perfeito.

Trinômio

Para que uma expressão algébrica seja considerada um trinômio, ela deverá conter exatamente 3 monômios, veja alguns exemplos de trinômios:

x3 + 2x2 + 2x

- 2x5 + 5y – 5

ac + c – b

É importante ressaltar que nem todos os trinômios são quadrados perfeitos. É preciso verificar se um trinômio pode ser escrito na forma de um quadrado perfeito.

Quadrado perfeito

Veja a demonstração do que é um quadrado perfeito:


Um número é um exemplo de quadrado perfeito, basta que esse número seja o resultado de outro número elevado ao quadrado, por exemplo: 36 é um quadrado perfeito, pois
62 = 36.
Agora, para aplicar isso em uma expressão algébrica, observe o quadrado (todos os lados iguais) a abaixo com lados x + y, o valor desse lado é uma expressão algébrica.



Para calcularmos a área desse quadrado podemos seguir duas formas diferentes:

1º forma: A fórmula para o cálculo da área do quadrado é A = Lado2 , então como o lado nesse quadrado é x + y, basta elevá-lo ao quadrado.

A1 = (x + y) . (x + y) que é o mesmo que A1 = (x + y)2, então podemos dizer que:

O resultado dessa área A1 = (x + y)2 é um quadrado perfeito.

2º forma: Esse quadrado foi dividido em quatro retângulos onde cada um tem a sua própria área, então a soma de todas essas áreas é a área total do quadrado maior, ficando assim:

A2 = x2 + xy + xy + y2, como xy e xy são semelhantes podemos somá-los

A2 = x2 +2xy + y2

O resultado da área A2 = x2 +2xy + y2 é um trinômio.


As duas áreas encontradas representam a área do mesmo quadrado, então:

A1 = A2
(x + y)2 = x2 +2xy + y2

Então, o trinômio x2 +2xy + y2 tem como quadrado perfeito (x + y)2.

Quando tivermos uma expressão algébrica e ela for um trinômio do quadrado perfeito, a sua forma fatorada é representada em forma de quadrado perfeito, veja:

O trinômio x2 +2xy + y2 fatorado fica (x + y)2.

Como já foi dito, nem todos os trinômios são quadrados perfeitos, por isso é preciso que saibamos identificar se um trinômio é quadrado perfeito ou não. Veja como é feita essa identificação:

Quando um trinômio é quadrado perfeito

O quadrado perfeito (x + y)2 é composto por dois fatores (x e y) , a resolução dele é um trinômio x2 +2xy + y2, o primeiro monômio é o quadrado do primeiro termo e o segundo monômio é duas vezes o primeiro termo vezes o segundo, o terceiro monômio é o quadrado do segundo termo.

Esse trinômio do quadrado perfeito é considerado uma forma geral seguida para qualquer quadrado perfeito.

Portanto, para que um trinômio seja quadrado perfeito ele tem que seguir esse modelo. Fazendo um resumo podemos dizer que:

Para que um trinômio seja quadrado perfeito ele deve ter algumas características:

• Dois termos (monômios) do trinômio devem ser quadrados.
• Um termo (monômio) do trinômio deve ser o dobro das raízes quadradas dos dois outros termos.

Veja alguns exemplos:

Veja se o trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 é um quadrado perfeito, para isso siga as regras que foram citadas.



Dois membros do trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 têm raízes quadradas e o dobro delas é o termo do meio, então o trinômio é quadrado perfeito.

Então, a forma fatorada do trinômio 9a2 – 12ab + 4b2 é (3a – 2b)2, pois é a soma das raízes ao quadrado.

Exemplo:

Dado o trinômio 4x2 – 8xy + y2, devemos tirar as raízes dos termos 4x2 e y2 , as raízes serão respectivamente 2x e y. O dobro dessas raízes deve ser 2 . 2x . y = 4xy, que é diferente do termo 8xy, então esse trinômio não poderá ser fatorado utilizando o quadrado perfeito.

Síntese de Termos da Oração

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Temos essenciais

Sujeito

É o termo da oração do qual se declara alguma coisa.
Exemplo: No céu, um sol claro anuncia o verão.

Características do Sujeito:

I. Pode ser identificado através da pergunta "quem é que"... (ou "que é que"...), feita antes do verbo da oração
Que(m) é que + verbo? __ Resposta=sujeito
II. É substituível por ele(s), ela(s)
III. O verbo concorda com o sujeito.

Classificação do sujeito:

I. Simples: tem um único núcleo.
Exemplo: O velho navio aproximava-se do cais.

II. Composto: tem dois ou mais núcleos
Exemplo: As ruas e as praças estão vazias.

III. Oculto, elíptico ou desinencial: o sujeito pode ser identificado pela desinência do verbo ou pelo contexto em que aparece.
Exemplo: Voltarás para casa (sujeito: tu)

IV. Indeterminado: Quando não é possível determinar o sujeito. Com verbos na 3ª pessoa do plural sem referência a elemento anterior.
Exemplo: Atualmente, espalham muitos boatos.
Com verbo na 3ª pessoa do singular + se (em orações que não admitem a voz passiva analítica)
Exemplo: Precisou-se de novos professores.

Orações sem sujeito:

I. Verbo haver significando existir, acontecer e indicando tempo passado.
Exemplos:
Aqui já houve grandes festas.
Amanhã faz dez anos que ele partiu.

II. Verbo ser indicando tempo, horas, datas e distâncias.
Exemplo: Agora são cinco e doze da tarde.

III. Verbos indicativos de fenômenos da natureza.
Exemplo: Ontem à tarde, ventou muito aqui.

Predicativo

É tudo que se diz do sujeito. (Retirando o sujeito, o que fica na oração é o Predicado.)

Predicado verbal:

Apresenta verbos sem ligação.
Apresenta predicativo (só do sujeito).
O núcleo é predicativo.
Exemplo: Eles estavam furiosos.

Predicado verbo-nominal:

Apresenta verbo significativo
Apresenta predicativo (do sujeito ou de objeto)
Dois núcleos: o verbo e o predicativo.
Exemplos:
Eles invadiram furiosos a loja.
Todos consideram ruim o filme.

Verbo significativo

Expressa uma ação, ou um acontecimento.
Exemplo:
"O sol nasce pra todos, todo dia de manhã..." (Humbeto Gessinger)
"Enquanto a vida vai e vem, você procura achar alguém.." (Renato Russo)

Temos relacionados ao verbo

I. Objeto direto:

a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo direto
c) Pode ser trocado por o, as, os, as.
d) A oração admite voz passiva.
Exemplo: Muitas pessoas viram o acidente

II. Objeto indireto:

a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo direto.
c) Apresenta-se sempre com preposição
d) A oração não admite voz passiva.
Exemplo: Todos discordam de você.

III. Agente da passiva:

a) Pratica a ação verbal na voz passiva.
b) Corresponde ao sujeito da voz ativa.
c) Iniciado por preposição: por, pelo ou de.
Exemplo: O deputado foi vaiado pelos sem terra.

IV. Adjunto adverbial:

a) Acrescenta ao verbo cirscunstâncias de tempo, lugar, modo, dúvida, causa, intensidade.

Termos Relacionados a nomes

I. Adjunto adnominal:

a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se refere.
b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, objeto, etc.)
Exemplo: As três árvores pequenas secaram.

II. Predicativo:

a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao sujeito ou ao objeto.
b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de ligação (claro ou subtendido)
Exemplo:
Toda a cidade estava silenciosa.
Elegeram José representante de turma.

III. Complemento nominal:

a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, advérbios) de sentido incompleto.
b) Sempre com repetição.
Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele.

IV. Aposto:

a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere.
Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.

V. Vocativo:

a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.
b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)
Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava.

Principais diferenças entre complemento nominal e adjunto adnominal

O complemento nominal é sempre iniciado por uma preposição e o adjunto adnominal às vezes inicia-se por preposição. Por esse motivo, se houver dúvida, você pode usar os seguintes critérios diferenciadores:

Adjunto adnominal


Complemento nominal

I. Só se refere a substantivos (concretos e abstratos).
II. Quando o nome se refere, exprime uma ação; a adjunto adnominal é o agente dessa ação.
III. Pode em certas frases indicar posse.


I. Pode se referir a substantivos abstratos,adjetivos e a advérbio.
II. Quando o nome a que se refere exprime uma ação, o complemento nominal é o paciente (alvo) dessa ação.
III. Nunca indica posse.

Exemplos:

I. Ele comprou alguns livros de literatura

O termo destacado (de literatura) refere-se ao nome livros, que é um substantivo concreto. Observando o primeiro critério do quadro, conclui-se que de literatura só pode ser adjunto adnominal, uma vez que o complemento nominal só se refere a substantivos abstratos, nunca a concreto.

II. Seu amigo está descontente com nossa atitude.

Observe que com nossa atitude refere-se a descontente, que é um adjetivo. Portanto, o tempo com nossa amizade só pode ser complemento nominal, uma vez que o adjunto adnominal nunca se refere a adjetivo.

III. A ofensa do torcedor irritou o juiz.

Nesse exemplo, a ofensa, é uma ação e o torcedor é o agente da ação. Portanto pelo segundo critério do quadro, do torcedor é adjunto adnominal. Você poderia chegar a essa conclusão usando também o terceiro critério do quadro (do torcedor exprime posse).
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Verbo Pretérito

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Pretérito Imperfeito do Modo Indicativo

O tempo verbal do pretérito imperfeito do modo indicativo é utilizado para os seguintes fins:

- quando o locutor enuncia fatos ocorridos, transportado mentalmente para o momento da ocorrência, descrevendo os fatos da forma como iam prosseguindo;
Exemplo: Eu cantava em voz baixa, e fazia gestos, regendo uma sinfonia invisível.

- na enunciação de fatos dos quais não se tem certeza quanto às suas realizações futuras;
Exemplo: Queria que fosses feliz.

- na substituição do futuro do pretérito, ao exprimir a conseqüência inevitável de um fato condicionante;
Exemplo: Se o bonde não chegasse logo, logo me irritava.

- na enunciação em que se dá a idéia de prolongação de fatos ocorridos em direção ao momento presente da própria enunciação. Neste caso, exprime-se com maior evidência a característica principal do tempo no pretérito imperfeito do indicativo: a descrição de fatos passados não concluídos (“imperfeitos”).

Pretérito Imperfeito do Modo Subjuntivo

Os verbos no tempo do pretérito imperfeito do modo subjuntivo são empregados das seguintes maneiras:

-tendo valor de passado:
Exemplo: Mesmo que a saudade batesse a sua porta, permaneceria impassível.

-tendo valor de presente, constituindo condição para uma ação que poderia estar ocorrendo:
Exemplo: Se tivesses coragem, estaria lutando por seus ideais.

- tendo valor de futuro em relação a algum momento já passado:\
Exemplo: Naquele instante, era provável que o mundo ruísse.

Pretérito Mais-que-Perfeito do Modo Indicativo

Os verbos no tempo do pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo são utilizados nas seguintes situações enunciativas:

- denotação de uma ação anterior a outra já passada;
Exemplo: Antes de falar de seus caminhos pela vida, disse-me que já fora marinheiro.

- substituição, de caráter estilístico, dos verbos no futuro do pretérito do modo indicativo e no pretérito imperfeito do modo subjuntivo (estilo denotativo de solenidade);
Exemplos: Ele menos a conhecera, mais a amara (com os verbos conhecera e amara substituindo, respectivamente, as formas conhecesse e amaria); Fez gestos magníficos, como se fora um rei (verbo no mais-que-perfeito do indicativo substituindo a forma no pretérito imperfeito do subjuntivo).

Pretérito Mais-que-Perfeito do Modo Subjuntivo

O tempo do pretérito mais-que-perfeito do modo subjuntivo constitui-se de forma composta, isto é, há a ocorrência de um verbo auxiliar no presente do subjuntivo e um verbo principal no particípio. Não há forma de conjugação simples de verbos no pretérito mais-que-perfeito do modo subjuntivo. Esta modalidade composta é empregada das seguintes maneiras:

-exprimem uma ação anterior que condiciona outra ação passada:
Exemplo: Se tivesse ouvido o que diz a experiência, não correria os riscos pelos quais passou.

-exprimem uma ação passada da qual se duvida, ou ainda uma ação passada hipotética ou irreal:
Exemplos: Achou que realmente tivesse acontecido aquilo. (...que realmente acontecera aquilo, no pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo); Acreditaste que ele tivesse andado por aquelas paragens? (...que ele andara por aquelas paragens, no pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo)

Pretérito Perfeito do Modo Indicativo

Os verbos no tempo do pretérito perfeito do modo indicativo são utilizados na seguinte situação enunciativa:

- declaração de fatos inteiramente concluídos, localizados no passado de maneira enfática;
Exemplo: Chegou em sua casa, foi ao seu quarto nos fundos da casa, deitou-se e dormiu.

Pretérito Perfeito do Modo Subjuntivo

O tempo do pretérito perfeito do modo subjuntivo constitui-se de forma composta, isto é, há a ocorrência de um verbo auxiliar no presente do subjuntivo e um verbo principal no particípio. Não há forma de conjugação simples de verbos no pretérito perfeito do modo subjuntivo. Esta modalidade composta é empregada nas seguintes formas:

-quando exprimem um fato supostamente concluído:
Exemplo: Talvez eu tenha me comportado muito mal.

-quando exprimem um fato a ser concluído no futuro em relação a outro fato futuro:
Exemplo: Talvez eu tenha terminado o trabalho quando o professor chegar.
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Polinômios




Definição

Uma função polinomial ou simplesmente polinômio, é toda função definida pela relação P(x)=anxn + an-1.xn-1 + an-2.xn-2 + ... + a2x2 + a1x + a0.

Onde:

an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 são números reais chamados coeficientes.

n Î IN

x Î C (nos complexos) é a variável.



GRAU DE UM POLINÔMIO:

Grau de um polinômio é o expoente máximo que ele possui. Se o coeficiente an¹0, então o expoente máximo n é dito grau do polinômio e indicamos gr(P)=n. Exemplos:

a) P(x)=5 ou P(x)=5.x0 é um polinômio constante, ou seja, gr(P)=0.

b) P(x)=3x+5 é um polinômio do 1º grau, isto é, gr(P)=1.

c) P(x)=4x5+7x4 é um polinômio do 5º grau, ou seja, gr(P)=5.



Obs: Se P(x)=0, não se define o grau do polinômio.





· Valor numérico

O valor numérico de um polinômio P(x) para x=a, é o número que se obtém substituindo x por a e efetuando todas as operações indicadas pela relação que define o polinômio. Exemplo:

Se P(x)=x3+2x2+x-4, o valor numérico de P(x), para x=2, é:

P(x)= x3+2x2+x-4

P(2)= 23+2.22+2-4

P(2)= 14

Observação: Se P(a)=0, o número a chamado raiz ou zero de P(x).

Por exemplo, no polinômio P(x)=x2-3x+2 temos P(1)=0; logo, 1 é raiz ou zero desse polinômio.



Alguns exercícios resolvidos:

1º) Sabendo-se que –3 é raiz de P(x)=x3+4x2-ax+1, calcular o valor de a.

Resolução: Se –3 é raiz de P(x), então P(-3)=0.

P(-3)=0 => (-3)3+4(-3)2-a.(-3)+1 = 0

3a = -10 => a=-10/3

Resposta: a=-10/3



2º) Calcular m Î IR para que o polinômio

P(x)=(m2-1)x3+(m+1)x2-x+4 seja:

a) do 3ºgrau b) do 2º grau c) do 1º grau



Resposta:

a) para o polinômio ser do 3º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser diferentes de zero. Então:

m2-1¹0 => m2¹1 => m¹1

m+1¹0 => m¹-1

Portanto, o polinômio é do 3º grau se m¹1 e m¹-1.



b) para o polinômio ser do 2º grau, o coeficiente de x3 deve ser igual a zero e o coeficiente de x2 diferente de zero. Então:

m2-1=0 => m2=1 => m=±1

m+1¹0 => m¹-1

Portanto, o polinômio é do 2º grau se m=1.



c) para o polinômio ser do 1º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser iguais a zero. Então:

m2-1=0 => m2=1 => m=±1

m+1=0 => m=-1

Portanto, o polinômio é do 1º grau se m=-1.



3º) Num polinômio P(x), do 3º grau, o coeficiente de x3 é 1. Se P(1)=P(2)=0 e P(3)=30, calcule o valor de P(-1).

Resolução:

Temos o polinômio: P(x)=x3+ax2+bx+c.

Precisamos encontrar os valores de a,b e c (coeficientes).

Vamos utilizar os dados fornecidos pelo enunciado do problema:

P(1)=0 => (1)3+a.(1)2+b(1)+c = 0 => 1+a+b+c=0 => a+b+c=-1

P(2)=0 => (2)3+a.(2)2+b(2)+c = 0 => 8+4a+2b+c=0 => 4a+2b+c=-8

P(3)=30 => (3)3+a.(3)2+b(3)+c = 30 => 27+9a+3b+c=30 => 9a+3b+c=3



Temos um sistema de três variáveis:

Resolvendo esse sistema encontramos as soluções:

a=9, b=-34, c=24

Portanto o polinômio em questão é P(x)= x3+9x2-34x+24.

O problema pede P(-1):

P(-1)= (-1)3+9(-1)2-34(-1)+24 => P(-1)=-1+9+34+24

P(-1)= 66

Resposta: P(-1)= 66



· Polinômios iguais

Dizemos que dois polinômios A(x) e B(x) são iguais ou idênticos (e indicamos A(x)ºB(x)) quando assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum atribuído à variável x. A condição para que dois polinômios sejam iguais ou idênticos é que os coeficientes dos termos correspondentes sejam iguais.

Exemplo:

Calcular a,b e c, sabendo-se que x2-2x+1 º a(x2+x+1)+(bx+c)(x+1).

Resolução: Eliminando os parênteses e somando os termos semelhantes do segundo membro temos:

x2-2x+1 º ax2+ax+a+bx2+bx+cx+c

1x2-2x+1 º (a+b)x2+(a+b+c)x+(a+c)



Agora igualamos os coeficientes correspondentes:

Substituindo a 1ª equação na 2ª:

1+c = -2 => c=-3.

Colocando esse valor de c na 3ª equação, temos:

a-3=1 => a=4.

Colocando esse valor de a na 1ª equação, temos:

4+b=1 => b=-3.

Resposta: a=4, b=-3 e c=-3.

Obs: um polinômio é dito identicamente nulo se tem todos os seus coeficientes nulos.



· Divisão de polinômios

Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo.

Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas condições abaixo:




1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)

2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

Nessa divisão:

P(x) é o dividendo.

D(x) é o divisor.

Q(x) é o quociente.

R(x) é o resto da divisão.

Obs: Quando temos R(x)=0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x) é divisor de P(x).

Se D(x) é divisor de P(x) Û R(x)=0

Exemplo:

Determinar o quociente de P(x)=x4+x3-7x2+9x-1 por D(x)=x2+3x-2.

Resolução: Aplicando o método da chave, temos:



Verificamos que:






· Divisão de um polinômio por um binômio da forma ax+b

Vamos calcular o resto da divisão de P(x)=4x2-2x+3 por D(x)=2x-1.


Utilizando o método da chave temos:


Logo: R(x)=3

A raiz do divisor é 2x-1=0 => x=1/2.

Agora calculamos P(x) para x=1/2.

P(1/2) = 4(1/4) – 2(1/2) + 3

P(1/2) = 3

Observe que R(x) = 3 = P(1/2)

Portanto, mostramos que o resto da divisão de P(x) por D(x) é igual ao valor numérico de P(x) para x=1/2, isto é, a raiz do divisor.



· Teorema do resto

O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax+b é igual a
P(-b/a).

Note que –b/a é a raiz do divisor.

Exemplo: Calcule o resto da divisão de x2+5x-1 por x+1.

Resolução: Achamos a raiz do divisor:

x+1=0 => x=-1

Pelo teorema do resto sabemos que o resto é igual a P(-1):

P(-1)=(-1)2+5.(-1)-1 => P(-1) = -5 = R(x)

Resposta: R(x) = -5.



· Teorema de D’Alembert

Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio ax+b se P(-b/a)=0

Exemplo: Determinar o valor de p, para que o polinômio P(x)=2x3+5x2-px+2 seja divisível por x-2.

Resolução: Se P(x) é divisível por x-2, então P(2)=0.

P(2)=0 => 2.8+5.4-2p+2=0 => 16+20-2p+2=0 => p=19

Resposta: p=19.
Divisão de um polinômio pelo produto (x-a)(x-b)

Vamos resolver o seguinte problema: calcular o resto da divisão do polinômio P(x) pelo produto (x-a)(x-b), sabendo-se que os restos da divisão de P(x) por (x-a) e por (x-b) são, respectivamente, r1 e r2.

Temos:

a é a raiz do divisor x-a, portanto P(a)=r1 (eq. 1)

b é a raiz do divisor x-b, portanto P(b)=r2 (eq. 2)

E para o divisor (x-a)(x-b) temos P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + R(x) (eq. 3)

O resto da divisão de P(x) por (x-a)(x-b) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º grau; logo:

R(x)=cx+d

Da eq.3 vem:

P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + cx + d

Fazendo:

x=a => P(a) = c(a)+d (eq. 4)

x=b => P(b) = c(b)+d (eq. 5)



Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:

Resolvendo o sistema obtemos:



Observações:

1ª) Se P(x) for divisível por (x-a) e por (x-b), temos:

P(a)= r1 =0

P(b)= r2 =0



Portanto, P(x) é divisível pelo produto (x-a)(x-b), pois:



2ª) Generalizando, temos:

Se P(x) é divisível por n fatores distintos (x-a1), (x-a2),..., (x-an) então P(x) é divisível pelo produto (x-a1)(x-a2)...(x-an).

Exemplo:

Um polinômio P(x) dividido por x dá resto 6 e dividido por (x-1) dá resto 8. Qual o resto da divisão de P(x) por x(x-1)?

Resolução:

0 é a raiz do divisor x, portanto P(0)=6 (eq. 1)

1 é a raiz do divisor x-1, portanto P(1)=8 (eq. 2)

E para o divisor x(x-1) temos P(x)=x(x-1) Q(x) + R(x) (eq. 3)

O resto da divisão de P(x) por x(x-1) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º grau; logo:

R(x)=ax+b

Da eq.3 vem:

P(x)=x(x-1) Q(x) + ax + b

Fazendo:

x=0 => P(0) = a(0)+b => P(0) = b (eq. 4)

x=1 => P(1) = a(1)+b => P(1) = a+b (eq. 5)



Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:

b=6 e a=2.

Agora achamos o resto: R(x) = ax+b = 2x+6

Resposta: R(x) = 2x+6.



· O dispositivo de Briot-Ruffini

Serve para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax+b).

Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x)=3x3-5x2+x-2 por (x-2).


Resolução:

Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.

Resposta: Q(x)=3x2+x+3 e R(x)=4.

Para a resolução desse problema seguimos os seguintes passos:

1º) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na parte de cima da “cerquinha”.

2º) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo.

3º) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o produto com o 2º coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste.

4º) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e somamos o produto com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente.

5º) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os números que ficam à esquerda deste serão os coeficientes do quociente.



· Decomposição de um polinômio em fatores

Vamos analisar dois casos:

1º caso: O polinômio é do 2º grau.

De uma forma geral, o polinômio de 2º grau P(x)=ax2+bx+c que admite as raízes r1 e r2 pode ser decomposto em fatores do 1º grau, da seguinte forma:

ax2+bx+c=a(x-r1)(x-r2)


Exemplos:

1) Fatorar o polinômio P(x)=x2-4.

Resolução: Fazendo x2-4=0, obtemos as raízes r1=2 e r2=-2.

Logo: x2-4 = (x-2)(x+2).

2) Fatorar o polinômio P(x)=x2-7x+10.

Resolução: Fazendo x2-7x+10=0, obtemos as raízes r1=5 e r2=2.

Logo: x2-7x+10 = (x-5)(x-2).

2º caso: O polinômio é de grau maior ou igual a 3.

Conhecendo uma das raízes de um polinômio de 3º grau, podemos decompô-lo num produto de um polinômio do 1º grau por um polinômio do 2º grau e, se este tiver raízes, podemos em seguida decompô-lo também.

Exemplo: Decompor em fatores do 1º grau o polinômio 2x3-x2-x.

Resolução:

2x3-x2-x = x.(2x2-x-1) à colocando x em evidência

Fazendo x.(2x2-x-1) = 0 obtemos: x=0 ou 2x2-x-1=0.

Uma das raízes já encontramos (x=0).

As outras duas saem da equação: 2x2-x-1=0 => r1=1 e r2=-1/2.

Portanto, o polinômio 2x3-x2-x, na forma fatorada é:

2.x.(x-1).(x+(1/2)).

Generalizando, se o polinômio P(x)=anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0 admite n raízes r1, r2,..., rn, podemos decompô-lo em fatores da seguinte forma:

anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0 = an(x-r1)(x-r2)...(x-rn)

Observações:

1) Se duas, três ou mais raiz forem iguais, dizemos que são raízes duplas, triplas, etc.

2) Uma raiz r1 do polinômio P(x) é dita raiz dupla ou de multiplicidade 2 se P(x) é divisível por (x-r1)2 e não por (x-r1)3.
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Inequações do 2º grau


As inequações são expressões matemáticas que utilizam na sua formatação, os seguintes sinais de desigualdades:

>: maior que
<: menor que
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual
≠: diferente


As inequações do 2º grau são resolvidas utilizando o teorema de Bháskara. O resultado deve ser comparado ao sinal da inequação, com o objetivo de formular o conjunto solução.

Exemplo 1

Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 <>.


S = {x Є R / –7/3 < x < –1}

Exemplo 2

Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0.



S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2}



Exemplo 3

Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.




S = {x Є R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}

Exemplo 4

Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0.


S = {x Є R / x <> 3}
Uma inequação será identificada como modular se dentro do módulo tiver uma expressão com uma ou mais incógnitas, veja alguns exemplos de inequações modulares:

|x| > 5

|x| < 5

|x – 3| ≥ 2


Ao resolvermos uma inequação modular buscamos encontrar os possíveis valores que a incógnita deverá assumir, obedecendo às regras resolutivas de uma inequação e as condições de existência de um módulo.

Condição de existência de um módulo, considerando k um número real positivo:

Se |x| < k então, – k < x < k

Se |x| > k então, x < – k ou x > k


Para compreender melhor a resolução de inequações modulares veja os exemplos abaixo:

Exemplo 1

|x| ≤ 6

Utilizando a seguinte definição: se |x| < k então, – k < x < k, temos que:

– 6 ≤ x ≤ 6

S = {x Є R / – 6 ≤ x ≤ 6}


Exemplo 2

|x – 7| <>

Utilizando a seguinte definição: se |x| < k então, – k < x < k, temos que:

– 2 < x – 7 < 2
– 2 + 7 < x < 2 + 7
5 <>

S = {x Є R / 5 <>



Exemplo 3
|x² – 5x | > 6
Precisamos verificar as duas condições:

|x| > k então, x < – k ou x > k

|x| < k então, – k < x < k


Fazendo |x| > k então, x < – k ou x > k
x² – 5x > 6
x² – 5x – 6 > 0
Aplicando Bháskara temos:
x’ = 6
x” = –1

Pela propriedade:
x > 6
x < –1


Fazendo |x| < k então, – k < x < k
x² – 5x < – 6
x² – 5x + 6 < 0
Aplicando Bháskara temos:
x’ = 3
x” = 2

Pela propriedade:
x > 2
x < 3

S = {x Є R / x < –1 ou 2 <> 6}.

Filo Cordados



Pré-sal

Wagner de Cerqueria e Francisco


Localização da camada pré-sal
A descoberta de reservas de hidrocarboneto (petróleo) em rochas calcárias nas porções marinhas do litoral brasileiro é denominada pré–sal. Esse termo é utilizado pelo fato dessas rochas estarem localizadas abaixo de camadas de sal, podendo atingir entre 5 a 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar.

Desde a década de 1970, geólogos da Petrobras acreditavam na possibilidade da existência de uma reserva petrolífera na camada pré-sal, no entanto, os mesmos eram desprovidos de tecnologia capaz para a realização de pesquisas mais aprofundadas.

Até o momento, a descoberta da camada pré–sal possui aproximadamente 800 quilômetros de extensão e 200 quilômetros de largura, localizada do litoral de Santa Catarina ao do Espírito Santo.

O petróleo encontrado nesta área engloba três bacias sedimentares (Santos, Campos e Espírito Santo), a capacidade estimulada da reserva pode proporcionar ao Brasil a condição de exportador de petróleo. Vários poços de petróleo e gás natural já foram descobertos na camada pré-sal, entre eles estão o Tupi, Guará, Bem te vi, Carioca, Júpiter e Iara.

Tupi, na bacia sedimentar de Santos, é o principal campo de petróleo descoberto, tem uma reserva estimada pela Petrobras de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo, sendo considerado uma das maiores descobertas do mundo dos últimos sete anos. Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural.

Para extrair o óleo e o gás da camada pré-sal será necessário ultrapassar uma lâmina d’água de mais de 2.000m, uma camada de 1.000m de sedimentos e outra de aproximadamente 2.000m de sal. É um processo complexo e que não se sabe ainda as reais consequências ambientais.

Conforme Haroldo Borges Rodrigues Lima, diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), as descobertas do pré-sal irão triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris.

Em maio de 2009, a Petrobras iniciou o teste de longa duração da área de Tupi, com capacidade para processar até 30 mil barris diários de petróleo. Um mês depois a Refinaria de Capuava, em São Paulo, refinou o primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da Bacia de Santos.