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domingo, 19 de setembro de 2021

Os planetas do Sistema Solar


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Os planetas do Sistema Solar



São oito os planetas clássicos do Sistema Solar. Na ordem de afastamento do Sol, são eles: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

A partir dos avanços tecnológicos que possibilitaram a observação do céu com instrumentos ópticos como lunetas, telescópios e outros, os astrônomos vêm obtendo informações cada vez mais precisas sobre os planetas e seus satélites. Vamos conhecer um pouco a respeito de cada um desses oito planetas do Sistema Solar.






Mercúrio



É o planeta mais próximo ao Sol e o menor do Sistema Solar. É rochoso, praticamente sem atmosfera, e a sua temperatura varia muito, chegando a mais de 400ºC positivos, no lado voltado para o Sol, e cerca de 180ºC negativos, no lado oposto. Mercúrio não tem satélite. É o planeta que possui um movimento de translação de maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias). O aspecto da superfície é parecido com o da nossa Lua, toda coberta de crateras, originadas da colisão com corpos celestes.





Vênus



Vênus é conhecido como Estrela-D'Alva ou Estrela da tarde por causa de seu brilho e também porque é visível ao amanhecer e ao anoitecer, conforme a época do ano (mas lembre-se que ela é um planeta e não uma estrela).

É o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gêmeo" da Terra nos coloca começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a leste e põe-se a oeste.
Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e força da gravidade à superfície, tendo-se chegado a especular sobre se teria condições favoráveis à vida. Além disso, suas estruturas são muito parecidas: um núcleo de ferro, um manto rochoso e uma crosta. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um clima extremamente hostil à vida. De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura média à superfície é de 460ºC devido ao forte efeito de estufa que acontece em grande escala em todo o planeta e não apresenta água.

Terra
É o terceiro planeta mais próximo do Sol. É rochoso e a sua atmosfera é composta de diferentes tipos de gases, e a sua temperatura média é de aproximadamente 15ºC.

A Terra, até o que se sabe, é o único planeta do Sistema Solar que apresenta condições que possibilitam a existência de seres vivos como os conhecemos. Tem um satélite, a Lua.
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Marlim-branco


O marlim-branco (Tetrapturus albidus) é um peixe marinho, teleósteo, pelágico, pertencente à família Istiophoridae, habitante das águas do Atlântico.
Marlim-branco
Marlim-branco
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Istiophoridae
Gênero: Tetrapturus
Espécie: Tetrapturus albidus

Esse peixe pode chegar a medir 2,8 metros de comprimento e a pesar 60 kg, entretanto, comumente, seus exemplares pesam em torno de 30 kg. Possuem corpo fusiforme, que vai afilando gradativamente até o pedúnculo caudal, comprido e apresentam linha lateral bem evidente. Apresentam uma série de poros (correspondem a uma série de escamas) nos flancos que acabam em terminações nervosas, que originam um órgão sensitivo de função ainda não bem elucidado.

A maxila superior prolonga-se no formato de uma lâmina de espada, com bordas constantes. A boca terminal é grande e ampla, apresentando pequenos dentes. O maxilar superior é bem alongado e possui seção cilíndrica, sendo essa uma característica marcante dos marlins e dos sailfish.

O pedúnculo caudal do marlim-branco é estreito apresentando duas quilhas de cada lado, anteriormente à base de inserção de sua poderosa nadadeira caudal. A nadadeira dorsal é longa, com os primeiros dez raios mais altos, e comprimento superior à altura do corpo; os outros raios possuem altura reduzida. Essa é uma das características utilizadas para diferenciá-lo do marlim-azul. As nadadeiras abdominais são diferenciadas, com formato alongado e delgado, encaixando-se em uma depressão presente na região abdominal.

No geral, a cor desse peixe é preto-azulada no dorso e branco-prateada no ventre. As nadadeiras são escuras em tons de azul-marinho, a primeira dorsal apresenta manchas escuras arredondadas.

Esta espécie habita águas afastadas da costa, geralmente a centenas de quilômetros, onde a profundidade da água ultrapassa 200 metros. Costumam nadar em locais de encontro das águas das correntes marítimas com as da plataforma continental. No Brasil, podem ser observados nas águas quentes (26 a 27°C) do Atlântico oeste, mas, ás vezes, aventuram-se em águas mais frias. Possuem hábitos solitários, mas na época de reprodução são observados aos pares.

Embora vivam em águas mais profundas, costumam subir até a superfície para se alimentarem, já que são carnívoros, ingerindo, basicamente, lulas e peixes, como os atuns, bonitos, cavalas, dourados e peixes voadores.

Uma curiosidade apresentada por essa espécie, é que possuem a capacidade de mudar a cor de suas nadadeiras peitorais para azul-néon momentos antes de abocanhar uma presa.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marlim-branco
http://www.pesca.tur.br/peixes/agua-salgada/marlim-branco/
http://revistapescaecompanhia.uol.com.br/peixes-do-brasil/agua-salgada.aspx?c=296
http://www.guialitoralsul.com.br/marlim-branco/
http://peska.com.br/novopeska/index.php?task=view&id=123

Baleia Cachalote

A baleia cachalote (Physeter macrocephalus) na verdade é o maior dos golfinhos. Isto se deve ao fato que este animal pertence a ordem dos cetáceos e segundo sua sistemática de classificação pertence a subordem dos Odontocetos, aqueles animais que possuem dentes e apenas um orifício respiratório. O nome de Baleia antes de Cachalote é usado popularmente devido ao tamanho que este animal pode alcançar quando em fase adulta.
Cachalote
Cachalote
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Physeteridae
Gênero: Physeter
Espécie: Physeter macrocephalus

No idioma inglês este animal é conhecido pelo nome de sperm whale, sendo um mamífero marinho que é muito distinto de seus parentes cetáceos devido ao fato de que sua evolução é muito interessante e contraditória, mas todos os pesquisadores que estudam este animal concordam que ele é um cetáceo.

Estudos moleculares na década de 90 revelaram que a Cachalote, em sua história evolutiva estaria mais relacionada com a subordem dos Misticetos, que engloba as baleias verdadeiras (Baleia Jubarte, Baleia Franca, Baleia Azul) do que com os Odontocetos (Golfinho flipper, Golfinho rotador, Toninha). No entanto, outros estudos realizados posteriormente através de pesquisas moleculares e morfológicas, apresentram argumentos fortes de que a Cachalote realmente seria parte da subordem dos Odontocetos.

Se analisarmos a árvore filogenética dos Misticetos e Odontocetos, as Cachalotes seguiram seu próprio caminho evolutivo. As Cachalotes são pertencentes a família Physeteridae, sendo que os animais desta família sofreram uma diversificação a cerca de 15 milhões de anos atrás, mas apenas 3 espécies vivem atualmente: Baleia Cachalote, Cachalote pigmeu (Kogia breviceps) e cachalote anão (Kogia simus) na qual possuem tamanhos pequenos quando comparados a Cachalote, cerca de 2 a 4 metros.

O comprimento total das Cachalotes é de cerca de 16 a 18 metros para os indivíduos machos, podendo apresentar peso corporal de 45.000 kg a 57.000 kg. As fêmeas desta espécie possuem tamanho inferior aos dos machos podendo alcançar cerca de 11 metros e pesar cerca de 15.000kg.

Uma das características marcantes desta espécie, é que ela apresenta uma cabeça muito evidente, grande, que representa cerca de 30% a 40% do seu comprimento total. É na cabeça que vamos encontrar o espermacete (melão), que na verdade seria uma gordura modificada que ajuda na ecolocalização de presas, uma vez que este animal se alimenta em grandes profundidades onde a visibilidade não é possível devido a falta de luz. Por ter o espermacete muito grande recebeu o nome em inglês de Sperm Whale.

Este animal quando está na superfície pode ser localizado e identificado pelo jato de água que sai de seu orifício respiratório, que é voltado para a parte frontal, podendo ser visto a grandes distâncias e quando realizada a respiração também pode ser escutado a alguns metros.

A Cachalote é amplamente distribuída nos oceanos, podendo ser encontrada em quase todo o globo. São encontradas preferencialmente em regiões oceânicas onde a profundidade é grande, porém em certos locais onde a quebra da plataforma é muito próxima do continente, são avistadas próximas da região costeira.

Foto: Franco Banfi (http://www.mnh.si.edu/exhibits/ocean views/gallery/sperm_whale.html)

Estudos sobre a biologia e ecologia deste animais mostram que os mesmos podem mergulhar a profundidades maiores que 1000 metros, passando mais de 70% de seu tempo em atividades de obtenção de alimento. Se alimentam principalmente de lulas de profundidade, que diferentemente das lulas de ambiente costeiros, possuem tamanhos muito significativos. A alimentação de peixes pode ocorrer ocasionalmente.

O estágio reprodutivo para este animal ocorre entre a idade de e 7 a 13 anos, sendo que o período de gestação é mais longo que o de outros odontocetos, podendo durar cerca de 14 meses a 16 meses e a fêmea alimenta seu filhote por cerca de 1 a 2 anos.

O turismo de observação ocorre ao redor do mundo, sendo que em alguns países o turismo de observação de cachalotes são mais evidentes, como no caso de Kaikoura na Nova Zelândia, onde este turismo é conciliado com pesquisas e turismo de observação e parte do dinheiro é revestido a pesquisa.

Referências:
Boris Culik (2010) Odontocetes. The toothed whales: “Physeter macrocephalus“. UNEP/CMS Secretariat, Bonn, Germany. http://www.cms.int/reports/small_cetaceans/index.htm

Whitehead, H. (2003). Sperm whale, Social Evolution in the Ocean. The University of Chigado Press. pp. 417

http://www.delphismdc.org
http://www.shuntington.k12.ny.us/schools/middle/SW2/Team4/Hill/sciprojects.htm

Sistema Solar

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Outros astros do Sistema Solar



Satélites

Até 1610 o único satélite conhecido era o da Terra - a Lua. Naquela ocasião, Galileu Galilei (1564-1642), com a sua luneta, descobriu satélites na órbita do planeta Júpiter. Hoje se sabe da existência de dezenas de satélites.

Na Astronomia, satélite natural é um corpo celeste que se movimenta ao redor de um planeta graças a força gravitacional. Por exemplo, a força gravitacional da Terra mantém a Lua girando em torno do nosso planeta.

Os satélites artificiais são objetos construídos pelos seres humanos. O primeiro satélite artificial foi lançado no espaço em 1957. Atualmente há vários satélites artificiais ao redor da Terra.

O termo "lua" pode ser usado como sinônimo de satélite natural dos diferentes planetas.





Cometas



Cometa Halley

Um cometa é o corpo menor do sistema solar, semelhante a um asteróide, possui uma parte sólida, o núcleo, composto por rochas, gelo e poeira e têm dimensões variadas (podendo ter alguns quilômetros de diâmetro). Geralmente estão distantes do Sol e, nesse caso, não são visíveis. Eles podem se tornar visíveis à medida que, na sua longa trajetória, se aproximam do Sol sublimando o gelo do núcleo e liberando gás e poeira para formar a cauda e a "cabeleira" em volta do núcleo. O mais conhecido dele é o Halley, que regularmente passa pelo nosso Sistema Solar. De 76 em 76 anos, em média, ele é visível da Terra. Ele passou pela região do Sistema Solar próxima do nosso planeta, em 1986, o que possibilitou a sua visibilidade, portanto, o Halley deverá estar de volta em 2062.

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Pulgas Características, ciclo de vida e ameaças à saúde


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Pulga da família Vermipsyllidae, que é parasita do gato
As pulgas estão entre os insetos que mais causam problemas ao ser humano e a outros animais - inclusive outros insetos, acredite. Elas pertencem à ordem Siphonaptera. O nome vem do grego Siphon - sifão, e apteros - sem asas.

Certo, pulgas não têm asas. Mas são capazes de pular cerca de 300 vezes a sua altura - as campeãs de salto na natureza.

Espécies de pulga no Brasil
Existem três mil espécies de pulgas no mundo - segundo o levantamento realizado pelo programa Biota, da Fapesp. De acordo com o mesmo estudo, 59 espécies são encontradas no Brasil - 36 delas só no estado de São Paulo.

As pulgas são prejudiciais à saúde por dois motivos: são ectoparasitas e vetores biológicos de protozoários e vermes. Ectoparasitas são aqueles que não entram dentro do corpo do hospedeiro.

Ciclo de vida da pulga
As pulgas têm quatro estágios de vida: ovo, larva, pupa e adulto. O tempo de cada fase de vida dos sifonápteros varia de acordo com a espécie.

* Fases 1 e 2: Os ovos eclodem, depois de alguns dias que são postos, e deles saem as larvas vermiformes. No caso das pulgas que atacam cães e gatos, as larvas escondem-se em frestas e nos carpetes e estofados.

* Fase 3: Dentro de uma semana, as larvas tornam-se adultas e passam ao estágio de pupa, o casulo formado pela larva.

* Fase 4: Quando percebe a presença de um hospedeiro, a pulga adulta sai de seu casulo. Nessa fase esses insetos se tornam ectoparasitas hematófagos: sugam o sangue de seus hospedeiros - e geram ovos em profusão.



Uma pulex irritans, a pulga comum ou "pulga do homem", começa a pôr ovos 48 horas depois de sugar sangue. E coloca de 20 a 22 ovos por dia. Nos seus 110 dias de vida, ela pode colocar até dois mil ovos.

Pulgas prefrem mamíferos
Existem 18 famílias de pulgas, e cada uma delas têm preferência por um grupo animal. A família Ceratophyllidae abriga as que parasitam os roedores, e a Hystrichopsyllidae agrupa as pulgas de insetos - isso mesmo: insetos que parasitam outros.

Os morcegos são hospedeiros da família Ischnopsyllidae, enquanto pássaros, marsupiais, cães, gatos e o ser humano são parasitados pelas famílias Leptopsyllidae, Rhopalopsyllidae, Vermipsyllidae, e Pulicidae, respectivamente.

As pulgas adoram o sangue dos mamíferos. O estudo realizado pelo Biota Fapesp, esclarece que 94% dos hospedeiros desses ectoparasitas são da classe Mammalia e desses, 74% são roedores. As aves são as menos apreciadas pelas pulgas: apenas 6% delas são hospedeiras desses insetos.

Ameaça à saúde
Todas as regras têm exceções, principalmente na biologia. A família Pulicidae possui gêneros que parasitam os ratos e o ser humano. O rato abriga a espécie Xenopsylla cheopis que é vetora da bactéria Yersinia pestis, causadora da peste bubônica.

Essa pulga, quando infectada, regurgita enquanto suga o sangue do hospedeiro, pois a Yersinia pestis obstrui seu aparelho digestório. Isso faz essa pulga ficar constantemente faminta, mordendo até mesmo o ser humano - e assim ela dissemina o bacilo da peste.

A Xenopsylla cheopis também é transmissora da bactéria Rickettsia typhi, causadora do tifo endêmico. Em cães e gatos, as pulgas do gênero Ctenocephalides transmitem o verme Dipylidium ssp, responsável pela teníase canina e felina, a verminose conhecida como dipilidíase.

Bicho-do-pé
A tungíase, conhecida como "pulga-da-areia", "bicho-do-pé", "pulga-de-bicho" ou "bicho-do-porco", é provocada pela Tunga penetrans. É a menor espécie de pulga que se tem notícia, com um milímetro de comprimento. Esse ectoparasita ataca humanos e suínos.

Muitas pessoas já tiveram a dolorosa experiência de precisar tirar o "bicho-do-pé", depois de passar as férias no litoral. Apesar de ser um problema passageiro para a maior parte das pessoas, em comunidades pobres, a Tunga penetrans é endêmica e uma grave questão de saúde pública.

Superinfecção
O ciclo de vida da Tunga não dura mais de 15 dias. Por isso, a tungíase é negligenciada. Nos casos em que a pessoa sofre sucessivas infecções causadas por essa pulga, pode chegar a ter até 200 desses insetos sob a epiderme, a camada externa da pele.

Isso causa lesões sérias. As feridas abertas servem como um portal para diversos microorganismos causadores de doenças. À infecção bacteriana dos ferimentos pode seguir-se de tétano e gangrena.

Reações alérgicas
Tanto seres humanos como cães e gatos podem apresentar reações alérgicas ao serem picados por pulgas. Esse é um grande desconforto, pois a região mordida apresenta forte prurido. O ato de coçar-se aumenta a ferida, que pode infeccionar. Há casos de cães e gatos em que a pelagem dá lugar a lesões sérias.

Prevenção
Em ambiente doméstico, em especial quando se possui animais de estimação, deve-se manter a higiene. Além desse cuidado, recomenda-se a dedetização periódica do ambiente, sempre com orientação profissional.

É importante lembrar que todos os produtos antipulgas podem intoxicar animais de estimação e crianças se não forem utilizados segundo as recomendações do fabricante.

Também é recomendável procurar orientação veterinária, para que o combate às pulgas seja eficaz e não prejudique outros seres que vivam no mesmo ambiente.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Daltonismo


Daltonismo é um distúrbio que atinge a percepção visual do indivíduo, provocando a incapacidade de distinguir cores, principalmente entre o verde e o vermelho. O daltonismo geralmente é de origem genética, contudo também pode ser resultado de lesões nos órgãos responsáveis pela visão.

O distúrbio foi estudado pela primeira vez pelo químico John Dalton, próprio portador da anomalia, no século XVIII. O problema ocorre em função de anomalias no cromossomo X, resultado da ausência de alguns tipos de cones e pigmentos nos fotoreceptores e na perda da capacidade de diferenciação da informação luminosa da cor.

Uma pessoa daltônica pode comprovar seu problema através do teste de cores de Ishihara. Esse método consiste na exibição de vários cartões pontilhados em uma cor. Coloca-se uma figura ou algarismo no centro do diagrama com tonalidades de cores ligeiramente diferentes da maioria do diagrama. Assim, os daltônicos não conseguem fazer a diferenciação entre a cor do algarismo e a do restante do diagrama.

O daltonismo é mais comum em homens (5%) do que mulheres (0,25%), pois os homens precisam de apenas um alelo para serem daltônicos, já as mulheres necessitam de dois.
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quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Lipídios


São substâncias caracterizadas pela baixa solubilidade em água e outros solvente polares e alta solubilidade em solventes apolares. São vulgarmente conhecidos como gorduras e suas propriedades físicas estão relacionadas com a natureza hidrófoba das suas estruturas, sendo todos sintetizados a partir da acetil-CoA.

Na verdade, todas a relevância do metabolismo lipídico advém desta característica hidrófoba das moléculas, que não é uma desvantagem biológica (mesmo o corpo possuindo cerca de 60% de água). Justamente por serem insolúveis, os lipídios são fundamentais para estabelecer uma interface entre o meio intracelular e o extracelular, francamente hidrófilos.

Todos os seres vivos possuem a capacidade de sintetizar os lipídios, existindo, entretanto, alguns lipídios que são sintetizados unicamente pelos vegetais, como é o caso das vitaminas lipossolúveis e dos ácidos graxos essenciais.

Classificação

Muitas classificações são propostas dependendo do ponto de vista, se químico ou biológico. Desta forma, encontra-se na literatura especializada, várias formas de organizar os lipídios de acordo com a abordagem, o que pode complicar a compreensão do assunto.

Entretanto, todas as classificações propostas baseiam-se em características comuns às diversas moléculas de lipídios existentes na natureza, sendo apenas uma forma didática de agrupá-las. Assim sendo, vamos agrupar os lipídios em dois grandes grupos para melhor entendê-los: aqueles que possuem ÁCIDOS GRAXOS em sua composição e aqueles que não possuem.
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Recifes de corais (1) Barreira, atol e franja são tipos desse ambiente marinho


Atol Rose, no arquipélago de Samoa, Oceano Pacífico
O termo recife de corais refere-se a um habitat marinho que está entre os ambientes de maior biodiversidade do planeta. O recife é formado por algumas espécies de corais (animais pertencentes ao grupo dos cnidários) capazes de secretar um exoesqueleto calcário, juntamente com algas calcárias que produzem finas lâminas de carbonato de cálcio, que vão se acumulando e cimentando a estrutura do recife.

Os corais formadores de recife vivem em simbiose com pequenas algas unicelulares, chamadas zooxantelas, que vivem no interior de seus tecidos. Nesta relação, o coral recebe grandes quantidades da matéria orgânica produzida pela fotossíntese da alga e depende dela para sobreviver. A zooxantela, por sua vez, recebe nutrientes provenientes da excreção do coral e um habitat seguro para se fixar. Embora esta relação seja também vantajosa para a alga, ela pode sobreviver sem o coral.

Águas claras
Devido a esta relação entre os corais e as zooxantelas, os recifes só se formam em águas claras, geralmente acima de 50 metros de profundidade. Para que as algas realizem a fotossíntese é necessário que haja uma boa penetração dos raios luminosos na água do mar.

O ambiente proporcionado pelo recife serve como habitat para centenas ou mesmo milhares de espécies de invertebrados e vertebrados marinhos, além de algas de todos os tipos. Muitas espécies habitam a própria estrutura do recife, se fixando sobre os corais ou vivendo em suas inúmeras tocas e fendas. Outras habitam as imediações do recife e vão até ele para se alimentar ou se reproduzir. Alguns dos animais que podemos encontrar nesse meio são: esponjas, moluscos, crustáceos, equinodermatas, peixes, tartarugas marinhas, entre muitos outros.

Tipos de recifes
Dependendo da sua forma, tamanho e distância da terra firme, os recifes podem ser classificados como franja, barreira ou atol.

Os recifes em franja são formações simples e próximas aos continentes ou a ilhas. Este é o tipo mais comum de recife. Diversas formações em franja ocorrem no Caribe, próximo à Florida e às Bahamas.

As barreiras são formações lineares ou semicirculares, separadas do continente por canais. Um exemplo é a Grande Barreira de Corais da Austrália, a maior do mundo, que se estende por mais de mil quilômetros ao longo do litoral australiano.

Os atóis são recifes em forma de um grande anel, no centro do qual se forma uma lagoa de água salgada. Os atóis emergem em águas mais distantes dos continentes e geralmente se formam sobre antigos vulcões submersos. Um dos mais conhecidos é o Atol de Bikini, situado no oceano Pacífico e palco de testes nucleares nas décadas de 40 e 50.

Distribuição dos recifes
Os recifes se formam em águas tropicais quentes, rasas e claras. As altas temperaturas da água (acima de 20°C) são necessárias para que ocorra a secreção de carbonato de cálcio pelos corais e algas calcárias, processo essencial para a construção do recife.

A claridade e a baixa profundidade da água estão relacionadas, como dito antes, à fotossíntese das zooxantelas. Outra exigência para que ocorra a formação de um recife é que a água deve ter poucas partículas em suspensão, ou seja, deve ser límpida. Isso porque o excesso de material em suspensão entope o mecanismo filtrador dos corais, responsável pela sua alimentação.

Considerando a totalidade de recifes de corais existentes no mundo, temos que 60% localizam-se no oceano Índico, 25% no Pacífico e 15% no Atlântico.
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Algas (1) A importância ecológica e econômica das algas 29/10/2010


Talo do Wakame, alga utilizada na culinária oriental
As algas são organismos autótrofos e fotossintetizantes que diferem das plantas por não formarem tecidos nem órgãos ordenados, ou seja, não apresentam uma estrutura dividida em raiz, caule e folhas. Podem ser unicelulares ou pluricelulares.

O corpo de uma alga multicelular é chamado de talo. As algas habitam ambientes terrestres úmidos ou meios aquáticos, de água doce ou salgada. Embora muitas vezes microscópicas, elas possuem grande importância ecológica e econômica, pois estão presentes, como veremos adiante, em vários produtos utilizados pelo homem.

Algas são fonte de oxigênio
Ao conjunto de organismos fotossintetizantes que ocorrem no meio aquático, vivendo à deriva na coluna d'água, é dado o nome de fitoplâncton. O fitoplâncton serve de alimento para o zooplâncton, ou seja, para os microrganismos heterótrofos presentes no plâncton, que, por sua vez, são a base da alimentação de animais maiores.

Além de estar na base dessa cadeia alimentar, o fitoplâncton é responsável por uma grande produção de oxigênio. Estima-se que cerca de 90% do oxigênio presente na atmosfera terrestre seja gerado pela fotossíntese das algas planctônicas. Assim, essas pequenas algas possuem papel fundamental na manutenção da vida no planeta.

Algas na culinária
Em muitos países, principalmente no Oriente, as algas fazem parte da alimentação diária. Elas são fonte de proteínas, vitaminas e sais minerais. Entre os grupos mais consumidos estão as algas vermelhas (Rhodophyta) e as pardas (Phaeophyta), que podem ser cultivadas em viveiros ou simplesmente coletadas no ambiente marinho.

Algumas das algas comestíveis mais conhecidas são o nori, utilizado pelos japoneses no preparo do sushi, e o kombu e o wakame, duas algas que fazem parte de pratos chineses e japoneses, como sopas, molhos e carnes.

As algas também podem ser encontradas entre os ingredientes de rações para animais. Muitos alimentos utilizados na pecuária possuem como base uma farinha feita de algas desidratadas e moídas.

Algas e colóides
O ágar, os alginatos e os carragenanos são colóides que podem ser extraídos de algas marinhas. Um colóide é uma mistura de substâncias com moléculas muito pequenas, que pode formar soluções viscosas, como géis de diferentes texturas.

O ágar é utilizado em laboratórios para preparar meios de cultura para bactérias e outros organismos. Também é muito empregado nas áreas de biologia molecular e biotecnologia, na fabricação de géis utilizados nos processos de extração e amplificação de material genético.

Os alginatos estão presentes na composição de diversos alimentos e bebidas industrializadas, como sorvetes e cervejas. Eles atuam como substâncias gelificantes, estabilizantes e emulsificantes.

Os carragenanos são empregados principalmente na fabricação de alimentos com consistência gelatinosa ou cremosa, como gelatinas e patês. Também são utilizados na produção de tintas e cosméticos, como cremes e pasta de dente.

Fertilizantes e adubos
As algas podem ser utilizadas como uma forma de adubação natural e eficaz. Seus talos são ricos em minerais essenciais ao desenvolvimento das plantas, como o nitrogênio e o potássio.

Os fertilizantes para uso agrícola são fabricados a partir de talos desidratados e comercializados na forma de pequenos grãos ou em pó. Também existem extratos líquidos de algas, que, por serem concentrados, podem ser diluídos e aplicados em jardins ou vasos de plantas.

Uso medicinal
O uso medicinal de algas na cura e prevenção de doenças faz parte da cultura milenar de muitos países, como China, Coréia e Japão. A eficácia de uma espécie de alga parda já foi reconhecida, pelo meio científico, no tratamento do bócio, doença que afeta o metabolismo do iodo.

Alguns medicamentos, utilizados na regulação do apetite, contêm substâncias extraídas de algas, que, ao entrarem em contato com soluções aquosas, se expandem no interior do estômago, transmitindo uma sensação de saciedade ao cérebro.

Pesquisas vêm sendo realizadas para analisar a eficácia das algas no tratamento de diversas doenças, tais como asma, bronquite, verminoses, artrite e hipertensão.

Embora já tenham sido desenvolvidas tantas aplicações para as algas e suas substâncias, diversos setores, como as indústrias química, alimentícia e farmacêutica, continuam realizando estudos em busca de novas descobertas. E, com certeza, ainda há muito a ser explorado sobre esses incríveis organismos.
Alice Dantas Brites

Recifes de corais (2) As ameaças de destruição aos recifes de corais

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Uma das maiores ameaças aos recifes de corais é o chamado "branqueamento de corais", processo que leva à morte centenas de corais ao redor do mundo. O fenômeno ocorre quando a temperatura da água aumenta, devido a causas naturais, como o El Niño, ou provocadas pelo homem, como o aquecimento global.

Com o aquecimento da água, as zooxantelas elevam sua taxa de fotossíntese e passam a produzir uma quantidade de oxigênio que é tóxica para os corais, que então as expulsam de seus tecidos. Como conseqüência, os corais se tornam quebradiços e esbranquiçados (daí o nome branqueamento) e acabam morrendo e desestruturando os recifes.

A fauna habitante dos corais também é ameaçada pela pesca excessiva e pela coleta de peixes ornamentais para aquários. Uma das técnicas de captura consiste em jogar uma substância tóxica na água do mar, ao redor do recife. Essa substância possui efeito anestésico nos peixes, tornando a sua coleta mais fácil.

Química tóxica
Essa química é, porém, extremamente tóxica para os peixes, que, freqüentemente, acabam morrendo poucos meses após a captura. Além disso, o método atinge indiscriminadamente outras espécies de peixes e animais marinhos, que também acabam morrendo.

Outra ameaça ao habitat é a acidificação dos oceanos. O aumento do gás carbônico na atmosfera, devido à queima de combustíveis fósseis, entre outras causas, leva ao aumento da concentração desse gás dissolvido na água do mar. O gás carbônico reage com a água e forma um ácido que faz com que o pH dos oceanos diminua (fique mais ácido). A diminuição no pH prejudica a secreção de calcário pelos corais e algas, interferindo negativamente na formação dos recifes.

Conservação
As ameaças aos recifes de coral vêm aumentando nas últimas duas décadas. Cientistas calculam que, se a taxa de destruição dos recifes não diminuir, dentro de 50 anos cerca de 70% dos recifes do mundo terão desaparecido.

Assim, para que estes incríveis ambientes marinhos não desapareçam, são necessárias medidas de proteção e conservação, como a criação de áreas de proteção ambiental nas regiões onde os recifes ocorrem e a promoção de atividades pesqueiras sustentáveis. Além disso, são necessárias medidas gerais de proteção ao meio ambiente, como a redução na emissão de gás carbônico para o combate ao aquecimento global.
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Anelídeos


Professor de Matemática e Biologia Antônio Carlos Carneiro Barroso
Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Anelídeos




O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).

A minhoca pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre.



Características gerais dos anelídeos

Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como a sanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de grande porte - como o minhocuçu, que atinge dois metros.

Sanguessuga


Minhocuçu

O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistema circulatório fechado, isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.

O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases respiratórios não atravessam superfícies secas.

Na maioria das vezes, os anelídeos são hermafroditas, isto é, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.

Classificação dos anelídeos

Podemos classificar os anelídeos utilizando como critério a presença ou a ausência de estruturas semelhantes a pelos e a quantidade dessas cerdas.

Há três grupos de anelídeos: oligoquetos, poliquetos e aquetos. Pelo significado dessas palavras, é possível identificar como são as cerdas (quetos) desses animais: oligo significa "poucos"; poli significa "muitos"; e a significa "sem".



Oligoquetos

Apresentam poucas cerdas por anel. Não há parapódios (pequenas projeções do corpo que auxiliam a locomoção) nem cabeça diferenciada do restante do corpo.

O principal representante desse grupo é a minhoca. Ela tem a pele coberta por uma fina película e produz uma substância viscosa; esse muco diminui o atrito com o solo, protege a pele do contato com possíveis substâncias tóxicas e mantém a umidade, que é fundamental para a respiração cutânea.

Nesse animal, é visível o clitelo - um anel mais claro por onde os animais se unem na fecundação cruzada, trocando espermatozóides. Após a reprodução, cada um dos vermes libera no solo um casulo cheio de ovos. Alguns dias depois, saem desses ovos vermes jovens.

* O sistema digestório é formado por uma boca; um papo, que parece uma grande câmera; uma moela, por onde o alimento é triturado; um longo intestino, que termina no ânus, situado no ultimo anel do corpo.
* O sistema circulatório é fechado, e nele o sangue circula dentro dos vasos. O sangue possui hemoglobina, o mesmo pigmento vermelho que nós, seres humanos, possuímos.
* O sistema nervoso é formado por células nervosas que coordenam várias funções do corpo.

A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ela cava "túneis", atua como arado, aumentando a aeração e a circulação da água. Além disso, as suas fezes contêm, substâncias nutritivas que se misturam com a terra e agem como adubo, fertilizando o solo.



Poliquetos

Possuem muitas cerdas em cada segmento, ou seja, em cada anel. Cada anel tem um par de projeções laterais, os parapódios, no qual estão implantadas as cerdas.

Os poliquetos são carnívoros. Muitas vezes, são canibais, isto é, devoram outros poliquetos.

Aquetos

Os aquetos (também chamados hirudíneos) não possuem cerdas e apresentam ventosas, que ajudam na fixação e na locomoção.

Nesse grupo, está a sanguessuga. Ela é hermafrodita e vive em solo úmido e pantanoso ou em água doce. Existem também algumas espécies marinhas.

A sanguessuga chupa o sangue de outros animais pelas ventosas, mas também pode se alimentar de minhocas e de restos de animais. É de pequeno porte, o seu comprimento varia de 1 a 20 centímetros.


Sanguessuga
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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Aditivos de alimentos


Alimentos coloridos: como eles adquirem este aspecto?

Para os alimentos industrializados ganharem a forma como chegam às prateleiras de supermercados, precisam contar com substâncias químicas denominadas de aditivos.

Os aditivos se definem como substâncias dotadas ou não de valor nutritivo intencionalmente adicionadas aos alimentos com a finalidade de impedir alterações, manter, conferir ou intensificar seu aroma, cor e sabor, modificar ou manter seu estado físico.

Pequenas porções de aditivos, quando acrescentadas nos alimentos, garantem visual e aspecto favoráveis ao consumo do produto. Vejamos as principais substâncias adicionadas para melhorar a aparência de alimentos e garantir a saúde ao consumidor.

Antioxidantes: a margarina e outros produtos gordurosos possuem a desvantagem de ficarem rançosos quando ficam armazenados por muito tempo. Os antioxidantes foram criados para amenizar esta característica comum dos produtos gordurosos, uma vez presentes, retardam a ação do oxigênio sobre o produto.

Conservantes: inibem o aparecimento e reprodução de micróbios e por isso são adicionados a alimentos para auxiliar na conservação dos mesmos.

Acidulantes: proporcionam uma maior acidez ao produto, dificultando o ataque de micro-organismos e consequente deterioração.

Corantes: agora entra o aspecto visual do produto, a indústria usa de artifícios para chamar a atenção: na seção alimentícia, um alimento colorido e com aspecto saudável ganha a preferência do consumidor. São os corantes que garantem este aspecto, se não existissem, como as balas, pirulitos e guloseimas em geral ficariam tão atrativas às crianças? A variedade de cores desses produtos é um dos estímulos ao consumo.

Espessantes: já reparou que alguns alimentos possuem uma consistência característica, como por exemplo, o creme de leite, os iogurtes, as geleias. Graças aos chamados espessantes os produtos adquirem a viscosidade desejada pelo fabricante.

Estabilizantes: aditivo para garantir que o produto não perca as características (cor, consistência, etc.) adquiridas durante seu processamento.

líria alves de souza

Biodiversidade


A biodiversidade (do grego bios, vida) é um termo que designa a variedade da natureza viva. Ultimamente empregada para indicar a preocupação ambiental e social, tendo em vista o processo de extinção de algumas espécies.

Contudo o termo biodiversidade ou diversidade biológica representa a variedade biótica de um ecossistema, isto é, o conjunto de animais e vegetais de uma região. Quanto maior a quantidade de nichos ecológicos, maior a diversidade de espécies no ambiente e conseqüentemente maior será a biodiversidade local.

Toda a abundância de organismos, desde os já extintos aos viventes, estão diretamente conectados a um funcionamento intrínseco, específico de cada espécie, sendo determinado pela composição genética transmitida hereditariamente − A identidade adquirida por uma quantidade padrão de cromossomos e genes correspondentes. E também por relações extrínsecas ecológicas, na qual uma espécie expressa considerável potencial de interferência (favorável ou desfavorável) no contingente populacional de uma outra, através de mecanismos naturais como: a competição, o predatismo, o parasitismo, o comensalismo, o mutualismo, a protocooperação e o inquilinismo.

Assim, essa diversidade biológica, dinâmica e complexa dos organismos, se faz presente em toda a biosfera, da mais alta cadeia montanhosa à profundeza marinha. Cada ecótopo (tipo de paisagem) regido por particularidades abióticas (fatores físico-químicos: o regime climático, a temperatura, o vento, a umidade, a luminosidade, o pH, a oxigenação − o solo o ar e a água), subsidiando uma distinta biocenose (conjunto tipológico de vida, específico de uma localidade).
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Dilatação dos sólidos

O estudo da dilatação dos sólidos possui importantes aplicações práticas, como a compensação da dilatação dos pêndulos, a dilatação dos trilhos e das pontes (e o conseqüente cálculo da separação entre os segmentos) ou o fabrico da vidraria de laboratório resistente ao calor.

Chama-se dilatação todo acréscimo às dimensões de um corpo por influência do calor que lhe é transmitido. O fenômeno é explicado pela variação das distâncias relativas entre as moléculas, associada ao aumento de temperatura. Normalmente, são estudadas em separado a dilatação dos sólidos, a dos líquidos e a dos gases, distinguindo-se, no caso dos sólidos, a dilatação linear, a superficial e a volumétrica.

Os estudos teóricos partem do conceito de coeficiente de dilatação, definido como o aumento de volume, área ou comprimento experimentado pela unidade de volume (área ou comprimento) quando a temperatura varia de 1o C. Ao denominar-se o coeficiente, se a temperatura varia de tO C, o aumento será; se o volume inicial era vo, o aumento total será, de forma que o volume v após a dilatação pode ser escrito como.

De modo geral, os sólidos se dilatam menos do que os líquidos e estes menos do que os gases. Uma barra de ferro com um metro de comprimento a 0o C dilata-se apenas 1,2mm se a temperatura aumenta para 100o C (seu coeficiente de dilatação linear é, portanto, 1,2 x 10-5). Caso se deseje alongar a mesma barra por meio de uma força de tração, para idêntico acréscimo de comprimento seria necessário aplicar-lhe uma força de 2.400kg por unidade de área. Pode-se introduzir um conceito um pouco mais rigoroso de coeficiente de dilatação. Chamando de, respectivamente, os coeficientes linear, superficial e volumétrico, ter-se-ia:

Um fio de aço apresenta curiosa anormalidade de dilatação, pois quando a temperatura atinge cerca de 700o C o fio experimenta uma contração para voltar a dilatar-se pouco depois. O fenômeno, reversível, denomina-se recalescência. As ligas de aço-níquel dilatam-se muito pouco e o coeficiente de dilatação varia com a maior ou menor percentagem de níquel nelas contida. O menor valor de corresponde a 36% de níquel, sendo a liga denominada invar; para 46% de níquel, esse coeficiente torna-se igual a 0,9 x 10-5, valor igual ao da platina e ao do vidro comum, sendo a liga denominada platinite.

Alguns corpos como a borracha e a argila contraem-se quando a temperatura se eleva. Esses corpos se aquecem quando são alongados por uma força de tração, ao contrário dos demais, que têm sua temperatura reduzida. A água dilata-se irregularmente. Um volume de água aquecido a partir de 0o C se contrai até 4o C; aí começa a dilatar-se. A água a 4o C possui, portanto, sua maior densidade, sendo tomada como unidade. Por isso as camadas profundas de mares e lagos estão à temperatura constante de 4o C.

Dilatação Térmica

Um dos efeitos da temperatura, é provocar a variação das dimensões de um corpo.

Pois se aumentarmos a temperatura de um corpo, aumenta a agitação das partículas de seu corpo e conseqüentemente, as partículas se afastam uma das outras, provocando um aumento das dimensões (comprimento, área e volume) do corpo.

A esse aumento das dimensões do corpo dá-se o nome de dilatação térmica.


Dilatação Linear

Dilatação linear é aquela em que predomina a variação em uma única dimensão, ou seja, o comprimento. (Ex: dilatação em cabos, barras, etc....)


Dilatação Superficial e Volumétrica

Verifica-se experimentalmente que a dilatação superficial e a dilatação volumétrica dos sólidos são inteiramente semelhante à dilatação linear.

Autoria: Eloi Batista

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Animais homeotérmicos e heterotérmicos


Durante a evolução, um dos critérios que permitiram maior adaptação e dispersão dos animais foi o controle da temperatura corporal, independente da variação térmica do ambiente.

Entre os animais, apenas as aves e os mamíferos conseguem manter suas temperaturas em um nível constante, favorecendo o metabolismo mesmo diante de oscilações térmicas, recebendo, portanto, a denominação de homeotérmicos ou endotérmicos (animais de sangue quente).

Assim, semelhante a um motor à combustão, que durante o seu funcionamento gera calor e aquece o sistema mecânico, de forma equivalente ocorre com esses organismos. A contínua e necessária atividade funcional dos órgãos e sistemas orgânicos, ao utilizarem do combustível biológico (molécula de adenosina trifosfato - ATP) para promoção das reações de catabolismo e anabolismo, “deixam escapar” parte da energia pertinente ao mecanismo de termorregulação, em associação a outros aspectos como: presença de penas, pelos e camada adiposa.

O contrário ocorrendo com os demais animais, denominados de heterotérmicos ou ectotérmicos (animais de sangue frio), os quais, por exemplo, os répteis, manifestam variações térmicas corpóreas de acordo com as oscilações termais do meio onde vivem.

De modo geral, passam por adaptações (reduzida dimensão corpórea, tecido de revestimento mais espesso) ocasionando uma dispersão mais “restrita”, pois necessitam absorver energia térmica do ambiente para ativação de suas atividades vitais.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Digestão


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Órgãos do aparelho digestório humano.

O aparelho digestório humano é formado por um sistema de órgãos interligados formando um extenso ducto com aproximadamente 9 metros de comprimento linear, constituído pela boca, seguido pela faringe, estômago, intestino e ânus.

Dispostas ao longo da superfície desse aparelho, interna ou externamente, existem estruturas anexas, como por exemplo, os dentes, a língua e diversas glândulas (salivares, estomacais, vesícula biliar, fígado e pâncreas), colaborando diretamente com o mecanismo de digestão dos alimentos, seja por processo mecânico ou químico. Sendo o princípio básico da digestão, o processamento de substâncias resultantes na degradação de partículas e moléculas absorvíveis pelo organismo.

No interior da boca inicia-se o fracionamento das partículas alimentares através da mastigação, aumentando a superfície de contato do alimento com as enzimas (amilase salivar ou ptialina, quebrando amido em maltose e glicose), secretadas pela glândula salivar, formando uma massa (bolo alimentar) revolvida pela movimentação da língua, facilitando a deglutição.

Em seguida, na região da faringe, a epiglote efetua o fechamento da laringe (canal respiratório), funcionando como uma válvula, permitindo a passagem do bolo alimentar em direção ao esôfago, impedindo que o mesmo passe para a via respiratória (traquéia / pulmão).

Porém, a glote pode falhar, permitindo que o alimento ingerido ao invés de passar pelo esôfago, em direção errada, entre pela laringe, causando obstrução da via respiratória (ato de engasgar), podendo o indivíduo nessa situação ficar sufocado. Em resposta, o organismo induz um refluxo através da tosse, redirecionando o alimento para a boca.

Em condições normais, o bolo alimentar desce pelo esôfago através de contrações peristálticas, empurrando o alimento por esse segmento do tubo digestório, desembocando na cavidade do estômago. Entre o esôfago e o estômago existe uma válvula denominada cárdia, cuja musculatura (esfíncteres) interrompe o retorno do bolo.

No estômago, as glândulas presentes na parede desse órgão, sintetizam e secretam enzimas digestivas (pepsina) que degradam as proteínas em peptídeos. Diferente da amilase salivar, que atua em pH levemente ácido tendendo a neutro (6 a 7), a pepsina necessita de um meio ácido (2 a 3) para quebrar os polipeptídios.

Nesse local o bolo alimentar permanece durante um período de 2 a 4 horas, sendo transformado em uma massa ácida de textura pastosa e coloração esbranquiçada, conhecida por quimo. É no estômago que ocorre parte da absorção da água e sais minerais.

O quimo formado no estômago é encaminhado para o intestino, órgão dividido em delgado e grosso, sendo o delgado subdividido em duodeno, jejuno e íleo. No duodeno estão inseridos pequenos condutos por onde são transportados fluidos enzimáticos armazenados na vesícula biliar (bile) e no pâncreas (insulina, glucagon e suco pancreático).

Essa porção no intestino continua absorvendo, por meio das vilosidades de sua superfície interna, água e sais minerais, bem como aminoácidos, alterando a consistência do quimo.

Já o intestino grosso, subdividido em: seco, cólon e reto, continua a absorver substâncias e também vitaminas. Em sua porção terminal (o reto), as fezes ficam armazenadas e eliminadas pelo ânus (orifício final do trato digestório).

Moluscos



Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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Representantes do filo Mollusca.

Os moluscos são animais predominantemente marinhos e de vida livre, podendo, inclusive viver fixos ou enterrados. Embora exista grande diversidade de espécies, todos apresentam um mesmo plano estrutural e funcional. São conhecidas aproximadamente 50.000 espécies viventes, divididas em oito classes - entre as quais se destacam a classe dos gastrópodes, pelecípodes e cefalópodes - e 35.000 fósseis.


Gastrópodes são representados por caracóis, lapas, lesmas terrestres e marinhas, búzios, lotirinas, lebres-do-mar e borboletas-do-mar. É a classe mais diversificada do filo. Quando possuem concha, é uma peça única, podendo ser enrolada. São geralmente vagarosos, devido ao peso desta, principal forma de defesa. Para alimentação, todos utilizam rádula (órgão que permite ao animal raspar o alimento).

Pelecípodes, também conhecidos como bivalves, são representados pelos mexilhões, vieiras, ostras e teredos. Seus pés possuem forma de machado e há a presença de concha com duas valvas. A maioria são comedores de materiais filtrados e não possuem cabeça nem rádula.

Na classe dos Cefalópodes, lulas, polvos, náutilos e sibas são representantes, podendo ter conchas internas ou ausentes. São predadores ativos, encontrados em altas profundidades.

Este filo abriga animais de corpo mole (mollusca!) e com simetria bilateral; triblásticos (três folhetos embrionários) e não segmentados; com corpo revestido por um epitélio simples, com cílios e glândulas mucosas. Além disso, são protostômios (no desenvolvimento embrionário, formam primeiro a boca e, depois, o ânus) e possuem celoma, um espaço preenchido por líquido no interior do organismo que, no caso dos moluscos, está localizado ao redor do coração e ao redor das gônadas e dos rins.

A reprodução é exclusivamente sexuada. Na maioria, os sexos são separados, embora existam espécies hermafroditas. A fecundação pode ser interna ou externa. O desenvolvimento pode ser direto ou indireto, alguns possuindo larva trocófora, similar à dos anelídeos marinhos, indicando que esses animais possuem ancestral em comum.

É presente uma estrutura denominada manto, que se apresenta com modificações para desempenhar diversas funções e, na maioria dos casos, secreta uma concha. Além do manto, possuem pés e olhos bastante desenvolvidos – estes dois localizados na cabeça.

Quanto à alimentação, podem ser herbívoros, carnívoros predadores, comedores de materiais filtrados, detritívoros e parasitas. O sistema digestivo é completo e alguns possuem rádula.

A excreção se faz por rins. O sistema nervoso é muito centralizado e do tipo ganglionar. Há estruturas sensoriais, tácteis, visuais, quimiorreceptoras e de equilíbrio. O sistema circulatório possui coração, vasos e seios sanguíneos e é, na maioria dos representantes, aberto, embora a maioria dos cefalópodes possuam ele fechado. A respiração pode ser cutânea, branquial ou pulmonar.

Muitas espécies são utilizadas como alimento. Botões de madrepérola e pérolas são oriundas de conchas de bivalves e “tinta” usada por polvos como defesa era bastante usada em canetas de artistas e arquitetos. Alguns moluscos podem, também, ser danosos: alguns podem perfurar cascos de navios e âncoras de madeira (alguns bivalves), devastar plantações e jardins (caracóis e lesmas), ser hospedeiros de agentes patológicos (caramujos do gênero Biomphalaria), destruir ostras (caramujo perfurador), etc.



Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola

O Surgimento das Células Eucarióticas


Professor de Matemática Antonio Carlos Carneiro Barroso
Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com

A origem das células eucariontes a partir de organismos ancestrais anaeróbios procariontes, provavelmente cerca de 1,7 bilhões de anos, promoveu maior complexidade, portanto especialização da estrutura celular.

O surgimento dos eucariotos, por exemplo: os unicelulares (amebas) e pluricelulares (plantas e animais), constituídos de membrana plasmática, hialoplasma, organelas e núcleo individualizado, fundamenta-se no desenvolvimento de dobras membranosas que invaginaram formando compartimentos com formas e funções diferenciadas, além de propiciar proteção do material genético envolto pela cariomembrana.

Assim, as diversas organelas: os lisossomos, os retículos liso e rugoso, os peroxissomos, o complexo de Golgi, os plastos (de reserva ou de pigmentação) e as mitocôndrias, dinamizaram evolutivamente o metabolismo celular.

Existem teorias com suporte nas relações mutualísticas (teoria simbiótica), supondo que os primeiros eucariontes eram anaeróbios heterotróficos que se alimentavam de arqueobactérias fagocitadas.

Durante a evolução, algumas primitivas bactérias se capacitaram em maior proveito energético no processo respiratório (tornaram-se aeróbias), enquanto outras passaram a converter substâncias inorgânicas em orgânicas, realizando a princípio, gradativamente os processos de quimiossíntese, fermentação e posteriormente fotossíntese (tornando-se autotróficos).

Essas bactérias, engolfadas pelos eucariotos simples, mantiveram harmoniosas interações com mútuo benefício entre as partes. As bactérias recebem proteção e nutrientes, enquanto os eucariotos de estrutura celular rudimentar passaram então a aproveitar do processo aeróbio e fotossintético realizado pelas bactérias, sugerindo a existência das mitocôndrias e cloroplastos no interior das células eucariontes atuais.

Doenças bacterianas


Clostridium botulinum: bactéria cuja toxina causa os sintomas do botulismo.

Acne: ao se alimentar da secreção formada pelo entupimento dos ductos secretores das glândulas sebáceas dos pelos, bactérias como a Propionibacterium acnes libera ácidos graxos que causam inflamação, que pode deixar manchas na pele do indivíduo acometido. Limpar bem a pele, utilizando antissépticos, pode prevenir esta incidência; e o uso de antibióticos tópicos ou orais, aliados a este método citado, podem aliviar ou, de fato, eliminar os sintomas.

Antraz: Causada pelo Bacillus anthracis, o indivíduo pode contrair esta doença pelo manuseio de produtos animais infectados, como lãs e couro e, mais raramente, pela ingestão da carne destes, inalação de esporos e picada de insetos hematófagos contaminados. Pode causar úlceras com tecido necrosado, no caso de contato cutâneo; complicações respiratórias, quando a infecção se deu por esta via; ou complicações intestinais. Em muitos casos, pode ser fatal, caso não seja tratado de forma precoce, com antibióticos ministrados pelo médico. Pessoas que vivem em situação de alto risco, como laboratoristas, podem fazer o uso da vacina preventiva.

Botulismo: Encontrada em conservas e alimentos enlatados mal processados, a Clostridium botulinum libera uma toxina que causa tremores, vômito e paralisia muscular, podendo levar o indivíduo a óbito por parada respiratória. Para evitar esta doença, é necessário um cuidado especial ao escolher e consumir alimentos, como por exemplo, evitar aqueles cuja lata se apresenta estufada – característica esta que pode indicar a presença da bactéria viva, liberando gás carbônico pelo processo de fermentação.

Indivíduo acometido pela difteria. Observe a membrana localizada em sua garganta.

Cólera: causada pela Vibrio cholerae, graças às suas toxinas liberadas no intestino, provoca um quadro de diarreia (de aspecto semelhante à água de arroz) e, em alguns casos, náuseas e vômitos. Devido à desidratação, os órgãos podem entrar em colapso, levando o indivíduo à morte. A infecção se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados pelo vibrião.

Coqueluche: de incidência predominante em crianças, a infecção pela bactéria Bordetella pertussis provoca tosse seca, podendo desenvolver complicações como pneumonia, convulsões e hemorragias cerebrais. O contágio se dá pela inalação de bactérias anteriormente eliminadas pelas vias aéreas de pessoas doentes. Existe vacina que previne esta doença.

Difteria (crupe): a Corynebacterium diphteriae, transmitida por meio da inalação de gotículas infectadas, libera uma toxina que provoca dor de garganta e febre como sintomas iniciais; seguidos de inchaço no pescoço e formação de uma membrana na garganta – esta constituída de fibrina, tecidos mortos e células bacterianas; e que pode provocar asfixia. Para esta doença, também existe vacina.

Disenterias bacilares (shigelose): transmitida pela ingestão de água e alimentos contaminados por bactérias do gênero Shigella, liberam no intestino delgado uma toxina que destrói células do intestino grosso e causa um quadro de diarreia. É uma doença típica de locais onde o saneamento básico é precário ou inexistente.

Doença péptica (gastrite): a gastrite pode ou não estar associada a uma infecção. Neste segundo caso, o micro-organismo responsável é a Helicobacter pylori que, ao romper a camada protetora de muco do estômago, causa dor, mal estar e aumenta as chances do indivíduo desenvolver úlceras.


Erisipela: infecção bacteriana.

Erisipela: causada pela Streptococcus pyogenes, ocorre predominantemente em crianças e idosos. A infecção se dá pela entrada destes patógenos por meio de fissuras superficiais da pele, como frieiras. Migrando para os vasos linfáticos, provocam uma reação inflamatória que tem como característica a formação de manchas avermelhadas, quentes e doloridas; de bordas nítidas e bem definidas. As toxinas liberadas pela bactéria provocam febre, mal estar e dor de cabeça.

Escarlatina: doença que, assim como a erisipela, tem a Streptococcus pyogenes como agente infeccioso. A toxina que esta bactéria libera causa dor de garganta, febre, dores musculares, náuseas e vômitos; inflamação purulenta das amígdalas, saliências na língua e erupções na pele, principalmente nas partes mais aquecidas do corpo, como axilas e púbis. A escarlatina é transmitida via gotículas de saliva infectada por este micro-organismo.

Febre maculosa: causada pela Rickettsia rickettsii, é transmitida pela picada do carrapato-estrela (Amblyomma cajannense) infectado. Causa febre, vômito, dores musculares e manchas vermelhas na pele – devido a hemorragias subcutâneas. Pode evoluir à morte.

Febre reumática: desenvolvendo-se em decorrência da infecção pela Streptococcus pyogenes (responsável também pela erisipela e escarlatina), pelo contato com a saliva ou secreção nasal de indivíduos doentes. Pode causar artrite, inflamação cardíaca e complicações neurológicas.

Febre tifoide: esta infecção, causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela Salmonella typhi, provoca febre, dor de cabeça, úlceras intestinais e diarreia. Como podem se multiplicar no interior das células de defesa do organismo, podem comprometer fígado, baço, medula óssea, vesícula e intestino; podendo levar o indivíduo a óbito.


Dente acometido pela cárie.

Brucelose: também denominada febre de malta, é causada por bactérias do gênero Brucella, sendo a Brucella mellitensis uma das que causam quadros mais sérios em nossa espécie. A infecção se dá pelo contato com animais infectados ou pela ingestão de seus produtos ou derivados, como carne, queijo e leite. Com sintomas inespecíficos, como calafrios, febre, perda de apetite e dor de cabeça, pode, em casos mais graves, comprometer rins, fígado e coração; e perdurar no indivíduo por meses ou anos. O diagnóstico é feito pela análise de amostras de sangue. Evitar o contato e a ingestão de carne e leite de animais oriundos de matadouros clandestinos são excelentes medidas para evitar o contágio por esta bactéria.

Cancro mole: causada pelo Hemophilus ducreyi, esta DST tem como manifestação clínica a presença de lesões nas áreas genitais, autoinoculáveis e geralmente doloridas. É mais frequente em indivíduos do sexo masculino.

Cárie dentária: identificada pela destruição parcial ou completa dos dentes, pela ação das secreções liberadas pela Streptococcus mutans: responsáveis também pela formação das placas dentárias. Uma boa higiene bucal evita a ação destes organismos, comumente encontrados na boca.

Cistite: caracterizada pela inflamação da bexiga urinária, pode ter a Escherichia coli ou Staphylococcus saprophyticus como agentes infecciosos, estas geralmente encontradas no sistema urogenital. Cuidados com a higiene pessoal são a principal medida para evitar a cistite.

Lesão na pálpebra característica do tracoma.

Tifo endêmico (ou murino): doença causada pela Rickettsia typhi. Esta bactéria é transmitida por meio da picada da pulga-do-rato (Senopsylla cheopis). Os sintomas iniciais são calafrios com tremores, cefaleia e febre. Mais tarde, surgem erupções cutâneas.

Tifo epidêmico: a Rickettsia prowazekii é o parasita responsável por esta doença. Transmitida pelas fezes do piolho contaminado, penetra no corpo quando a picada destes insetos é coçada. No organismo, as bactérias se reproduzem nos vasos sanguíneos, provocando febre alta e persistente, além de hemorragias subcutâneas. Existe vacina, mas só é utilizada eventualmente.

Tracoma: a bactéria responsável por esta doença é a Chlamydia trachomatis. Esta é transmitida pelo contato direto, ou com insetos ou objetos contaminados por secreções oculares de indivíduos infectados. Causa inflamação na conjuntiva e córnea, apresentando folículos na pálpebra superior. Devido às reincidivas, tais formações podem alterar a fisionomia da pálpebra e, consequentemente, a disposição dos cílios, propiciando a arranhadura da córnea. Este atrito aumenta as chances do indivíduo ficar permanentemente cego, a longo prazo.

Tuberculose: é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), por meio da inalação de gotículas de saliva e secreções nasais contaminadas. Tais organismos atingem os pulmões, provocando tosse persistente, febre, fadiga e, em casos mais graves, expectoração com sangue. Tais micro-organismos podem se espalhar pelo sangue e linfa, infectando órgãos como medula óssea e rins. Existe vacina preventiva.

Pneumonia bacteriana: caracterizada pela inflamação do trato respiratório provocada por bactérias como a Streptococcus pneumoniae e Diplococcus pneumoniae. Com sintomas que incluem febre alta, dor no peito, tosse com secreção e dificuldade respiratória; a transmissão se dá pela inalação do ar contendo estes micro-organismos.

Salmonelose: provocada por bactérias do gênero Salmonella. Hospedando-se no trato intestinal, provocam febre, dores abdominais e diarreias. O contágio se dá por meio da ingestão de alimentos contaminados, principalmente os de origem vegetal, como ovos e carne de galináceos crus ou malcozidos.

Sífilis: DST causada pela Treponema pallidum. Esta bactéria provoca o surgimento de uma lesão de borda endurecida e pouco dolorosa na região genital que tende a regredir espontaneamente. Entretanto, sem tratamento, podem surgir mais tarde lesões escamosas na pele e mucosas; acompanhadas de febre, dor de cabeça e indisposição. Em estágio mais avançado, o sistema nervoso pode ser atingido, provocando confusão mental, problemas na coordenação motora e até cegueira. Gestantes contaminadas podem sofrer aborto espontâneo ou dar a luz a bebês contaminados.

Tétano: os esporos da Clostridium tetani, encontrados no solo, podem causar a infecção quando ocorre um ferimento com objeto contaminado. Bebês recém-nascidos, ao terem o cordão umbilical cortado com tesoura que não foi previamente esterilizada, podem também adquiri-la. Desenvolvendo-se no organismo, as toxinas desta espécie provocam febre, dor de cabeça e contrações musculares, podendo provocar parada cardíaca ou respiratória. Existe vacina preventiva e soro para esta doença.
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Sistema Nervoso

O sistema nervoso é o responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente.

Função

Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições.

A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.

As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.

Neurônios: células nervosas

Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônio.

No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas.

Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras células em direção ao corpo celular.

O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do corpo celular.

Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.

Células Glia

Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo, dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos neurônios, formando envoltórios isolantes.

Impulso Nervoso

A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização. Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).

O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez, conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.

A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.

Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).

Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células

Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.

As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.

Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).

Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.

Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.

Sinapses Neuromusculares

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.

Sinapses Elétricas

Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
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