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terça-feira, 19 de maio de 2020

Colocação Pronominal

A posição normal dos pronomes átonos é depois do verbo (ênclise).

Isso acontece:

a) quando o verbo abrir o período.

Exemplos:

Ordeno-lhe que saía imediatamente.

Levantei-me assim que você saiu.

b) quando o sujeito - substantivo ou pronome (que não seja de significação negativa) - vier imediatamente antes do verbo, tanto nas orações afirmativas como nas interrogativas.

Exemplos:

O aluno queixava-se do calor.

João convidou-o para sair.

Desde então, ele afastou-se da nossa casa.

Os dois amavam-se desde a infância?



Próclise

A próclise é obrigatória:

a) nas orações negativas (não, nem, nunca, ninguém, nenhum, nada, jamais etc.), desde que não haja pausa entre o verbo e as palavras de negação.

Exemplos:

Ninguém me recuse este favor.

Ninguém o castigou.

Nunca se notou a ausência dele.

Não faz a felicidade dos outros, nem se sente feliz ele mesmo.

b) nas orações exclamativas, começadas por palavras exclamativas, bem como nas orações optativas.

Exemplos:

Como te iludes!

Quanto nos custa dizer a verdade!

Os céus te favoreçam!

Deus o abençoe, meu filho!

Raios o partam!

c) nas orações interrogativas, começadas por palavras interrogativas.

Exemplos:

Por que te afliges tanto?

Quem o obrigou a sair?

d) nas orações subordinadas.

Exemplos:

Quando o recebo em minha casa, fico feliz.

Há pessoas que nos querem bem.

É justo que o ampares.

e) com advérbios e pronomes indefinidos, sem que haja pausa.

Exemplos:

Aqui se aprende a defender a Pátria.

Tudo se fez como você recomendou.

Observação:

Se houver pausa depois do advérbio, prevalecerá a ênclise:

Depois, encaminhei-me para ele.

Com verbos no gerúndio, a regra geral é ainda a ênclise:

Cumprimentou os presentes, retirando-se mudo como entrara.

Porém haverá próclise se o gerúndio vier precedido de:

preposição EM;

advérbio que o modifique diretamente, sem pausa.

Exemplos:

Em se tratando de minorar o sofrimento alheio, podemos contar com a sua colaboração.

Não nos provando essa grave denúncia, a testemunha será processada.



Mesóclise

Ocorrerá mesóclise com futuro do presente e futuro do pretérito, se não houver fator de próclise.

Exemplos:

Far-te-ei o prometido.

Dir-lhe-ia, se viesse.

Colocação dos pronomes átonos nos tempos compostos

Nos tempos compostos, os pronomes átonos ficam junto do verbo auxiliar e nunca do particípio, podendo ocorrer próclise, ênclise ou mesóclise.

Exemplos:

Os alunos tinham-se levantado. (ênclise ao auxiliar)

Nunca a tínhamos encontrado. (próclise ao auxiliar)

Ter-lhe-ia sido nociva alguma de minhas prescrições? (mesóclise ao auxiliar)

Colocação dos pronomes átonos nas locuções verbais

a) Verbo auxiliar + infinitivo

NÃO HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE:

Devo dizer-lhe a verdade. (ênclise ao infinitivo)

Devo-lhe dizer a verdade. (ênclise ao auxiliar)

HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE:

Não me devo calar. (próclise ao auxiliar)

Não devo calar-me. (ênclise ao infinitivo)

b) Verbo auxiliar + preposição + infinitivo

NÃO HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE:

Deixou de contratá-la. (ênclise ao infinitivo)

Deixou de a contratar. (próclise ao infinitivo)

HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE:

Não a deixou de contratar. (próclise ao auxiliar)

Não deixou de contratá-la. (próclise ao infinitivo)

c) Verbo + auxiliar + gerúndio

NÃO HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE:

Vou-me arrastando.

Vou arrastando-me.

HAVENDO FATOR DE PRÓCLISE:

Não o estou criticando.

Observação:

Na literatura já aparece o pronome átono proclítico ao verbo principal, pois isso ocorre na linguagem falada do Brasil.

"Você está me machucando."

(Fernando Sabino)

"Mas aos poucos foi se adaptando."

(Vivaldo Coaracy)

Autoria: Fernando Sérgio Zucoloto

Análise Sintática

Conceitos essenciais

Em uma análise sintática podemos ter:

1- Frase

É a reunião de palavras que expressam uma idéia completa, constitui o elemento fundamental da linguagem, não precisam necessariamente conterem verbos.
Ex.:"Final de ano, início de tormento". ( Revista Nova Escola, 11/00)

2- Oração

É idéia que se organiza em torno de um verbo.
Ex.: "Tudo começa com o pagamento da dívida." ( Revista Vida Pessoal, 12/99, p.07)

O verbo pode estar elíptico (não aparece, mas existe)
Ex.: "O Jeca-Tatu de Monteiro Lobato fez tanto sucesso quanto (fizeram) os Fradinhos que Henfil lançou nas páginas do Pasquim." ( Revista Época, 24.05.99, p.06 )

3- Período

É o conjunto de orações. Ele pode ser constituído por uma ou mais orações.
O período pode ser:
simples- constituído por apenas uma oração
Ex.: "Macunaíma é o herói com muita preguiça e sem nenhum caráter". (Época, 24.05.99, p.7)

Composto- constituído por mais de uma oração.
Ex.: "Nós não podemos fingir /que as crianças não têm inconsciente".
(Nova Escola, 11/00)

Autoria: Judson Nascimento Rios

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Pronome relativo

Esse módulo trata do uso do pronome relativo QUE . Em certos casos ele deve ser acompanhado da preposição EM ,
como no caso da letra da música “GOSTAVA TANTO DE VOCÊ” (Edson Trindade). Tim Maia canta:

“...Pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você ...”.
Leila Pinheiro corrige e canta:
“... lugar qualquer em que não exista o pensamento em você ...” Leila Pinheiro tem razão. Afinal,, se esse pensamento
existe em algum lugar, o correto seria dizer “lugar qualquer em que não exista o pensamento em você”. Trata-se do emprego da preposição com o pronome relativo “que”.

Na linguagem do dia-a-dia essa preposição desaparece. É comum as pessoas dizerem “A empresa que eu trabalho”. Se eu trabalho em algum lugar, deverei dizer “A empresa em que trabalho”.

PRONOME RELATIVO E REGÊNCIA

Há pouco tempo foi exibido na televisão um anúncio cujo texto dizia: “... a marca que o mundo confia.”
Acontece que, “quem confia, confia em”. Logo, o correto seria dizer: “... a marca em que o mundo confia.”

As pessoas falam “A rua que eu moro”, “Os países que eu fui”, “A comida que eu mais gosto”. O correto seria dizer “A
rua em que moro”, “Os países a que fui”, “A comida de que mais gosto”.

O problema também está presente em uma letra da dupla Roberto e Erasmo Carlos, “Emoções”.

“... são tantas já vividas são momentos que eu não me esqueci...”
Se eu me esqueci, eu me esqueci de Quem esquece, esquece algo Quem se esquece, esquece-se de algo Logo, o correto seria “são momentos de que não
me esqueci.”

Pode-se, também, eliminar a preposição de e o pronome me. Ficaria “são momentos que eu não esqueci”
Em um jornal de grande circulação o texto de uma campanha afirmava: “A gente nunca esquece do aniversário de um
amigo..”
O correto seria: “A gente nunca esquece o aniversário de um amigo” ou “A gente nunca se esquece do aniversário de
um amigo.”

Vale o mesmo esquema para o verbo lembrar.
Quem lembra, lembra algo Quem se lembra, lembra-se de algo Ex: Eu não lembro o seu nome.
Eu não me lembro do seu nome.
Como você pode notar, esses erros de regência são muito comuns. É necessário redobrar a atenção para não cometê-los mais.
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Gerúndio

É uma forma verbal conhecida como forma nominal do verbo, juntamente com o infinitivo e o particípio. Os gerúndios são terminados em “ndo”.

É chamado de forma nominal, porque o verbo pode em certas situações atuar como nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).

Esta forma nominal pode e deve ser usada para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra, ou para exprimir a idéia de progressão indefinida.

No Brasil o gerúndio é usado de uma maneira exagerada, talvez por ter influência da língua inglesa.

O uso do gerúndio será cada vez mais impróprio quanto mais próximo estiver da função adjetiva, ou da expressão de qualidades ou estados, ou quanto maior a distância entre o tempo da ação expressa por ele e o tempo da ação do verbo principal.

Exemplos:

Você pode estar passando o número do seu telefone.
Eu vou estar indo pessoalmente levar os seus pertences.
Ela vai estar mostrando como tudo aconteceu.


O gerúndio é usado corretamente quando expressa ações que estão acontecendo, no presente. Não deve ser utilizado para o futuro.

Exemplos:

Presente
Vamos enviar os materiais na semana que vem. (correta)
Nesta semana estou estudando para o vestibular. (correta)


Futuro
Estarei enviando os materiais na semana que vem. (incorreta)
Nesta semana estarei estudando para o vestibular. (incorreta)


O gerúndio também está bem-empregado quando:

* há predominância do caráter verbal ou adverbial;

* caráter durativo da ação está claro;

* a ação expressa é coexistente ou imediatamente anterior à ação principal.
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Preposição

1. VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS
Transitivo indireto é o verbo que exige complemento com preposição. O complemento chama-se objeto indireto.

2. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE VTI

PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA

A preposição é obrigatória para verbos transitivos indiretos. É comum, na linguagem popular, a construção de frases sem o devido emprego da preposição.

COMPLEMENTO DOS VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS

Os verbos transitivos indiretos admitem como complemento:

a) lhe, lhes (para pessoas ou seres vivos); só podem ser usados com verbos que combinem com as preposições “a” ou “para”

b) a ele, a ela, a eles, a elas, a isso (para pessoas ou coisas);

c) me, te, se, nos, vos (para pessoas).

OD x OI

Os pronomes átonos me, te, se, nos e vos podem fazer o papel tanto de objeto direto quanto de objeto indireto. A diferença está na regência do verbo a que se filiam.

VTI x VOZ PASSIVA

Os verbos transitivos indiretos não aceitam, em rigor, voz passiva. Alguns verbos, porém, por força do uso, são apassivados. É o caso de obedecer, pagar, perdoar, responder. Mas em provas de concursos, em que a língua culta padrão é preservada, tais construções são condenadas, com exceção daquelas com o verbo obedecer.

VTI + SE
Os verbos transitivos indiretos, acompanhados do pronome “se”, não admitem plural. É que, nesse caso, o “se” indica sujeito indeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.

OBJETO INDIRETO ORACIONAL

O complemento do verbo transitivo indireto, o objeto indireto, pode ser uma oração inteira: é a oração subordinada substantiva objetiva indireta.
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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Três maneiras de se elaborarem dissertações

Antes de iniciar os estudos, vejamos a estrutura da dissertação: A dissertação é dividida em três partes - Introdução, desenvolvimento e conclusão.Introdução:
O primeiro parágrafo da dissertação deve conter a informação do que será argumentado e/ou discutido no desenvolvimento.
A introdução deve ser elaborada em um parágrafo de aproximadamente cinco (05) linhas, só em um parágrafo, nunca mais do que um parágrafo.
Tudo o que for citado na introdução deve ser discutido no desenvolvimento; o que não for citado na introdução não deve ser discutido no desenvolvimento.
A introdução é uma espécie de índice do desenvolvimento.
Desenvolvimento:
É a redação propriamente dita. É onde os argumentos devem ser discutidos.
Cada argumento deve ser discutido em apenas um parágrafo. Um argumento nunca deve ultrapassar um parágrafo só e, em um mesmo parágrafo, não se devem discutir dois argumentos.
Os assuntos a serem inclusos no desenvolvimento devem ser importantes para a sociedade de um modo geral. Os assuntos pessoais, ou os muito próximos dos acontecimentos cotidianos, devem ser evitados.
Tenha sempre em mente que o examinador de sua dissertação provavelmente seja uma pessoa culta, que lê bons jornais e revistas e tem bastante conhecimento geral, portanto não generalize.
O desenvolvimento deve ser elaborado em três (03) parágrafos de aproximadamente cinco (05) linha cada um, ou em dois (02) parágrafos de aproximadamente oito (08) linhas cada um.
Conclusão:
A conclusão é o encerramento da dissertação, portanto nunca apresente informações novas nela; se ainda há argumentos a serem discutidos, não inicie a conclusão.
Procure terminar a redação com conclusões consistentes, e não com evasivas.
Este parágrafo deve concluir toda a redação, e não apenas o argumento do último parágrafo do desenvolvimento.
A conclusão deve ser elaborada em um parágrafo de aproximadamente cinco (05) linhas; só em um parágrafo, nunca mais do que um parágrafo.
Obs.: Apesar de a conclusão ser o encerramento da redação, ela já deve estar praticamente preparada no momento de escrevê-la. Quando fizer o planejamento, antes de começar a redação, pergunte-se A que conclusão quero chegar com os argumentos que apresentarei?

As três maneiras

01) Resumo / Argumentação / Perspectiva.
Este é o método da pergunta ao tema. Lembra-se? Pergunta-se ao tema Por quê?, dando, posteriormente, três respostas com frases completas, que tragam argumentos importantes.
Trabalhe com o tema:
Um dos únicos bens que a miséria não extingue é a solidariedade.
Introdução - Resumo:
Na introdução, pode-se apresentar o resumo daquilo que será discutido no desenvolvimento.
Procede-se da seguinte maneira: Reescreva o tema com suas próprias palavras (Paráfrase), acrescentando a isso as três frases apresentadas como respostas à pergunta feita ao tema.
Importante:
Tente REESCREVER o tema mesmo. Evite apenas trocar as palavras por sinônimos. Tente reestruturar sintaticamente o tema.
Algumas idéias para o tema apresentado:
1- O homem é bom por natureza. A solidariedade é inerente ao ser humano.
2- Mesmo o homem que perde sua bondade, que é corrompido pela sociedade, pode ser solidário com seus semelhantes. Por exemplo os traficantes do Rio de Janeiro que ajudam a comunidade.
3- A solidariedade pode existir até por necessidade. Alguns podem agir solidariamente, porque, se assim não o fizerem, correm o risco de também não serem ajudados.
4- Os miseráveis são solidários entre si, pois, se não o forem, ninguém o será, nem a elite, nem o governo.

Desenvolvimento - Argumentação
:

Discuta sobre cada frase apresentada.
Não se esqueça de que cada argumento deve ser discutido em um parágrafo, só em um parágrafo, e também não se esqueça de que não se discutem dois argumentos em um só parágrafo.
Não generalize.
Trabalhe com argumentos concretos, consistentes, que realmente sejam importantes para a sociedade de um modo geral.
Escolha dois ou três argumentos apenas, para serem discutidos no desenvolvimento. Não se empolgue. É melhor discutir profundamente poucos argumentos do que superficialmente muitos.
Conclusão - Perspectiva:
Apresentar perspectiva na conclusão é trabalhar visando à conscientização geral. É iniciar a conclusão com frases como:
É necessário que todos se conscientizem de que...
É imprescindível que a sociedade se conscientize de que...
É preciso que haja uma conscientização por parte dos cidadãos para que...

02) Trajetória histórica / Comprovação / Conclusão.
Introdução - Trajetória histórica:
Buscar a argumentação no passado, trazendo-a posteriormente para o presente, ou seja, apresentar um fato histórico ou uma personagem importante para a sociedade de um modo geral do passado e outro fato ou personagem do presente.
Duas idéias para o tema apresentado:
Passado (Séc. XVII) - Zumbi
Presente (Séc. XX) - Madre Tereza de Calcutá

Desenvolvimento - Comprovação:
Discutir sobre os fatos ou personagens apresentados, cada um em um parágrafo.
Conclusão - Conclusão:
Iniciar a conclusão com uma conjunção coordenativa conclusiva (logo, portanto, por conseguinte, por isso, então...).
Deve-se tomar muito cuidado nessa conclusão, pois uma conjunção liga orações, no entanto, nesse caso, ela estará ligando a conclusão ao resto da redação. Deve-se concluir a redação toda, e não somente o último parágrafo do desenvolvimento.
03) Paráfrase / Exemplificação / Retomada da tese.
Introdução - Paráfrase:
Parafrasear o tema é reescrevê-lo.
Tome cuidado para não apenas substituir as palavras por sinônimos. Tente reestruturar sintaticamente o período.
Veja o que o Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa registra como sinônimo de paráfrase: Explicação ou tradução mais desenvolvida de um texto por meio de palavras diferentes das nele empregadas. Portanto sua frase deve ser mais desenvolvida que a frase apresentada como tema, e as palavras devem ser diferentes, e não sinônimas.
Desenvolvimento - Exemplificação:
Buscar exemplos importantes para a sociedade de um modo geral. Exemplos que mostrem sua cultura, seu conhecimento do mundo, seu grau de informação.
Anda mal de informações? Então leia jornais, revistas, livros. Interesse-se pelo mundo. Busque informações as mais variadas possíveis.
Conclusão - Retomada da tese:
Retornar à introdução para concluir a redação. É parafrasear a sua introdução, ou seja parafrasear a paráfrase feita anteriormente, com o intuito de encerrar o assunto.
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Absolutismo

O conceito de absolutismo
O absolutismo se insere no quadro do Antigo Regime, que por sua vez se compõe de três outros elementos: o capitalismo comercial e a política mercantilista, a sociedade de ordens e o sistema colonial. Dessa forma, o absolutismo deve ser entendido como a manifestação do poder político dentro do Antigo Regime.
Este poder se caracterizava pela autoridade total concentrada na pessoa do soberano. Existia de fato e de direito divino. Sustentava-se sobre o conflito das ordens sociais: nobreza, clero e Terceiro Estado, no qual se inseria a burguesia.
As leis fundamentais da nação, costumeiras e religiosas, eram os únicos limites ao poder do rei.
Essa forma de poder apresentava dois momentos bem demarcados. Num primeiro momento, era rotulada simplesmente de absolutismo. Em seguida, recebeu a denominação de Despotismo Esclarecido, que significava, em última instância, uma reformulação aparente do antigo absolutismo, já no século XVIII.
Os progressos do absolutismo na Europa se deram ao mesmo tempo da formação das Monarquias Nacionais, no início dos Tempos Modernos. Podemos dizer que o progresso do absolutismo é conseqüência da evolução das monarquias nacionais.
Foi durante o século XVI que o absolutismo ficou caracterizado em alguns países da Europa, como, por exemplo, a Espanha e a Inglaterra. Na França, este processo foi retardado pelas questões internacionais, primeiro, e pelas guerras religiosas, depois.
Não obstante, foi na França que o absolutismo atingiu a sua máxima expressão, na figura de Luís XIV, o protótipo do rei absoluto, durante o século XVII.

No século XVffl, o absolutismo foi substituído, em termos de rotulação, pelo Despotismo Esclarecido. Os movimentos revolucionários liberais, iniciados em 1789 com a Revolução Francesa, poriam fim ao Antigo Regime, em certos países da Europa, no transcurso do século XIX.
O progresso do absolutismo
O poder real cresceu ao mesmo tempo em que progrediu o Estado Nacional, cuja formação já vimos. O rei encarnava o ideal nacional, o interesse da nação. Exercia de fato o poder: impunha leis, organizava a justiça, arrendava a cobrança de impostos, mantinha o exército, nomeava funcionários, tudo em nome do Estado, que ele representava.
As guerras acentuaram o sentimento de amor à pátria, o rei era o seu defensor, espécie de herói nacional cultivado pelo humanismo, herdeiro das tradições cavaleirescas cristãs. A concorrência comercial com outros países e a disputa dos mercados coloniais aguçaram ainda mais as rivalidades e contribuíram para o fortalecimento do poder real.
Este poder crescente não resultou somente da vontade dos reis, era uma necessidade do corpo social. O poder forte era indispensável para que as decisões fossem tomadas rapidamente, impostas pela luta entre as nações.
O rei reprimia os particularismos das comunidades territoriais, províncias, regiões, municípios e aldeias, contribuindo para a uniformização do Estado. Com cada uma das ordens e instituições da sociedade (clero, nobreza, Terceiro Estado, corpo de oficiais, universidades, corporações), o soberano estabeleceu um acordo específico, preservando suas leis próprias, mas exercendo o arbítrio nos seus conflitos, o que lhe dava o direito de intervenção.
As rivalidades familiares, revivescência dos laços feudais de vassalidade, que dão origem às lutas entre os partidos envolvendo parentes e agregados, são eliminadas.
A luta entre as ordens sociais é, entretanto, o traço essencial desse fortalecimento. Talvez não fosse excessivo dizer que a monarquia nacional e o poder real resultam desse conflito. O rei protege o burguês, dá-lhe monopólios comerciais e industriais, arrenda a cobrança de impostos, protege-o na concorrência comercial externa, bem como contra os nobres e contra a Igreja. Por outro lado, protege os artesãos contra os empresários capitalistas, assegurando seus direitos.

Houve burgueses nobilitados. A velha nobreza apreciava as atividades militares, e não as comerciais. Tinha nível de vida elevado, despesas com vestuário, habitação, bailes, que consumiam suas rendas diminuídas pela inflação. Por isso foi obrigada a aproximar-se do rei para se manter. Recebia o governo das províncias, postos de chefia na guarda real, nas praças-fortes, pensões para os filhos. O nobre cortesão dependia economicamente do rei.
Os únicos limites ao poder real eram a lei divina cristã, os direitos costumeiros do povo, o pequeno número de funcionários reais e a precariedade das comunicações. Sem considerarmos o problema da hereditariedade de certos cargos administrativos, que assim escapavam ao controle do monarca.

Interpretação de charges Relacione a imagem a seus conhecimentos prévios de atualidades

A charge ou cartum é um desenho de caráter humorístico, geralmente veiculado pela imprensa. Ela também pode ser considerada como texto e, nesse sentido, pode ser lida por qualquer um de nós. Trata-se de um tipo de texto muito importante na mídia atual, graças à sua capacidade de fazer, de modo sintético, críticas político-sociais.

Um público muito amplo se interessa pela charge, tanto pelo uso do humor e da sátira, quanto por exigir do leitor apenas um pequeno conhecimento da situação focalizada, para se reconhecerem as referências e insinuações feitas pelo autor.

Há cerca de dez anos, os exames escolares passaram a se utilizar de charges para avaliar a capacidade de interpretação dos alunos. No ENEM 2010, por exemplo, o tema proposto para a prova de redação era "O indivíduo frente à ética nacional", que vinha, como de costume, acompanhado de uma coletânea composta por dois textos opinativos, publicados na mídia impressa, e a seguinte charge:

Reprodução

De autoria de Millôr Fernandes, a charge discute a honestidade social a partir de uma cena irônica: a lamentação de um indivíduo que, por só poder lidar com gente honesta, encontra-se num deserto.

A charge, associada aos textos da coletânea e ao tema anunciado na proposta, compunham um panorama mais amplo do problema incluído na proposta, conduzindo o leitor a alguns questionamentos que poderiam direcionar a elaboração de seu texto:

1) Existe alguma pessoa completamente honesta no mundo? O que isso significa?
2) O indivíduo que chama os outros de desonestos e antiéticos apresenta realmente um comportamento ético que o diferencie dos demais?
3) O fato de acharmos que a maioria age de modo antiético nos daria o direito de assim também o fazer, para não sermos os únicos diferentes?
4) A ética que deveria nortear as relações humanas é hoje característica de poucos? Ela se tornou uma exceção?

Essa proposta de redação do ENEM possibilitou aos alunos construírem sua argumentação a partir dos exemplos que melhor se adequassem à sua linha de raciocínio.

Os temas de charges, porém, nem sempre são assim tão amplos. Podem estar ligados a acontecimentos específicos de uma época ou local, o que é muito frequente nas charges diárias. Quando são publicadas em jornais regionais, por exemplo, as charges podem fazer referência a fatos que não são conhecidos por moradores de outras cidades ou Estados, o que lhes dificulta a compreensão.

Nos jornais de grande alcance, as charges normalmente recuperam os assuntos que ganharam destaque nacional nos dias anteriores. Abaixo veremos três exemplos de charges, todas referentes ao mesmo tema e publicadas no dia 03 de março de 2010. As três tratam do mesmo tema: a queda do governador de São Paulo, José Serra, nas pesquisas que avaliam a intenção de voto do eleitor brasileiro para a próxima campanha presidencial.

Para compreendê-las, o leitor precisa acionar uma série de conhecimentos prévios que já possui no seu próprio repertório cultural. Vamos examinar cada um dos casos:

Reprodução

Charge da Folha de S. Paulo

Criada por Glauco, não possui texto verbal. Assim, toda a informação deve ser identificada no desenho. Nele, pode-se ver um avião sendo consertado por um mecânico, um homem careca dentro do aparelho, com expressão aborrecida, e um triângulo usado no trânsito para indicar que o veículo está quebrado (esta já é uma informação prévia do leitor).

Após a identificação desses elementos básicos, entram outros mais específicos que também precisam ser conhecidos pelo leitor: o reconhecimento dos personagens e das situações específicas a que se refere o desenho: o avião tem formato de tucano, uma referência ao símbolo de um partido político, o PSDB; o piloto do avião deve ser associado a José Serra, por ser careca e pertencer ao partido tucano; o avião quebrado é uma referência à dificuldade de Serra para "decolar" (metáfora política para designar avanço nas intenções de voto) no início da campanha para Presidência da República de 2010.

Assim o leitor também precisa saber que haverá eleição, que Serra é pré-candidato, que pertence ao PSDB, cujo símbolo é um tucano, que houve uma pesquisa de intenção de voto e que o candidato tucano teve desempenho ruim nessa pesquisa.

Reprodução

O povo (Fortaleza, CE)

Aqui também não há texto verbal. A imagem traz uma caricatura de José Serra, com a expressão tensa, de quem passa por apuros, caminhando como um equilibrista sobre a corda bamba. A corda, porém, tem a forma de uma escada, que termina numa seta vermelha, referência aos indicadores dos gráficos cartesianos.

Mais uma vez, para interpretar a charge, o leitor precisará relacionar a imagem a seu conhecimento sobre fatos divulgados pela mídia nacional naquela ocasião, ou seja, à queda que o candidato à Presidência teve naquela pesquisa de intenção de voto.

Reprodução

Agora São Paulo

Dos três casos, este é o único em que imagem e texto mesclam-se. No desenho de Claudio vemos o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, reconhecido pelos traços da caricatura. Ele abre a porta de um armário, no qual está escondido José Serra, e, apontando para fora do móvel, grita para que Serra assuma.

Enquanto isso, segurando a pesquisa em que cai de 37 para 32% e sua concorrente sobe de 23 para 28%, Serra afirma estar indeciso. Além das falas e dos dados da pesquisa, a charge ainda tem título - Eleição para presidente - e um texto complementar - Tucanos cobram que Serra se declare candidato.

Assim, todo o contexto fica identificado, facilitando o trabalho de interpretação do leitor, mas a este ainda cabe acionar seu conhecimento de mundo para completar informações, como a associação feita entre "assumir-se candidato à Presidência" e a imagem de "sair do armário", expressão usada principalmente para fazer referência a pessoas que escondem publicamente sua condição sexual.

O leitor deve perceber, porém, que não há na charge intenção de questionar a opção sexual do candidato. Apenas fez-se uma associação livre para gerar efeito de humor, criticando o medo de Serra de mostrar-se candidato diante da crescente rejeição popular.


A leitura interpretativa de charges é uma habilidade cada vez mais cobrada em provas de vestibulares e de concursos em geral, tanto nas questões de língua portuguesa quanto nos temas de redação. Isso acontece porque a charge é um modelo de texto que extrapola a linguagem verbal (por vezes até nem usada), exige um bom nível de conhecimento de mundo e competência para inferir críticas e relacionar fatos sociais. Por isso, treine a leitura de charges, procure ampliar seu nível de compreensão e evite ser surpreendido na próxima prova.
Sueli de Britto Salles é mestra em língua portuguesa, leciona em cursos universitários e participa de bancas corretoras de redações em vestibulares.

domingo, 3 de maio de 2020

Hífen: Pronto-Socorro Guia prático do uso do sinal segundo a nova ortografia

Quando o primeiro
elemento é:
Use o hífen se o
segundo elemento:
aerohidronefrofor iniciado por h ou se a sua vogal inicial for igual à vogal final do primeiro elemento.
agrohiponeo
antehomoneuro
anti ilipaleo
anfiilioperi
arquiin1pluri
autoinfrapoli
betaintraproto
biissopseudo
biolactopsico
contraliporetro
des1macro semi
dimaxisobre
eletromegasupra
entremesotele
extramicrotetra
fotominitri
gamamonoultra
geomorfovaso
gigamultivideo
hetero

ab
for iniciado por b, h, r.
ob
sob
sub

cibersuper for iniciado por h, r.
hipernuper
inter

adfor iniciado por d, h, r.

panfor iniciado por vogal, h, m, n (diante de b e p = pam).

circum
for iniciado por vogal, h, m, n.

alémrecémfor iniciado por qualquer elemento.
ânterosem
aquémsota
exsoto
êxterosúpero
ínferovice
pósterovizo

póssempre que houver autonomia vocabular.
pré2 (acentuados)
pró2

malfor iniciado por vogal, h ou l.
1Não haverá hífen se o segundo termo perdeu o H: desumano, inábil, inumano.
2Quando átonos com pronúncia fechada, ligam-se sem hífen: preencher, posposto, proeminente.
*Márcia Lígia Guidin é doutora em Letras pela USP, ensaísta e editora.

Sinônimos, Antônimos, Homônimos e Parônimos

O que são Sinônimos e Antônimos:

* Sinônimos
São palavras de sentido igual ou aproximado:
  • alfabeto - abecedário;
  • brado, grito - clamor;
  • extinguir, apagar - abolir.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela existência de numerosos pares de sinônimos:
  • adversário e antagonista;
  • translúcido e diáfano;
  • semicírculo e hemiciclo;
  • contraveneno e antídoto;
  • moral e ética;
  • colóquio e diálogo;
  • transformação e metamorfose;
  • oposição e antítese.

* Antônimos

São palavras de significação oposta:
  • ordem - anarquia;
  • soberba - humildade;
  • louvar - censurar;
  • mal - bem.
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo:
  • bendizer e maldizer;
  • simpático e antipático;
  • progredir e regredir;
  • concórdia e discórdia;
  • ativo e inativo;
  • esperar e desesperar;
  • comunista e anti­comunista;
  • simétrico e assimétrico.

O que são Homônimos e Parônimos:

* Homônimos

a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia:
  • rego (subst.) e rego (verbo);
  • colher (verbo) e colher (subst.);
  • jogo (subst.) e jogo (verbo);
  • apoio (subst.) e apóio (verbo);
  • denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
  • providência (subst.) e providencia (verbo).
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita:
  • acender (atear) e ascender (subir);
  • concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
  • cela (compartimento) e sela (arreio);
  • censo (recenseamento) e senso (juízo);
  • paço (palácio) e passo (andar).
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
  • caminho (subst.) e caminho (verbo);
  • cedo (verbo) e cedo (adv.);
  • livre (adj.) e livre (verbo).

* Parônimos

São palavras parecidas na escrita e na pronúncia:
  • coro e couro;
  • cesta e sesta;
  • eminente e iminente;
  • osso e ouço;
  • sede e cede;
  • comprimento e cumprimento;
  • tetânico e titânico;
  • autuar e atuar;
  • degradar e degredar;
  • infligir e infringir;
  • deferir e diferir;
  • suar e soar.
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Conjugações de Verbos

Verbo Cantar

Formas Nominais:

infinitivo: cantar
gerúndio: cantando
particípio: cantado


Presente do Indicativo

eu canto
tu cantas
ele canta
nós cantamos
vós cantais
eles cantam


Imperfeito do Indicativo

eu cantava
tu cantavas
ele cantava
nós cantávamos
vós cantáveis
eles cantavam


Perfeito do Indicativo

eu cantei
tu cantaste
ele cantou
nós cantamos
vós cantastes
eles cantaram


Mais-que-perfeito do Indicativo

eu cantara
tu cantaras
ele cantara
nós cantáramos
vós cantáreis
eles cantaram


Futuro do Pretérito do Indicativo

eu cantaria
tu cantarias
ele cantaria
nós cantaríamos
vós cantaríeis
eles cantariam


Futuro do Presente do Indicativo

eu cantarei
tu cantarás
ele cantará
nós cantaremos
vós cantareis
eles cantarão


Presente do Subjuntivo

que eu cante
que tu cantes
que ele cante
que nós cantemos
que vós canteis
que eles cantem


Imperfeito do Subjuntivo

se eu cantasse
se tu cantasses
se ele cantasse
se nós cantássemos
se vós cantásseis
se eles cantassem


Futuro do Subjuntivo

quando eu cantar
quando tu cantares
quando ele cantar
quando nós cantarmos
quando vós cantardes
quando eles cantarem


Imperativo Afirmativo

canta tu
cante ele
cantemos nós
cantai vós
cantem eles


Imperativo Negativo

não cantes tu
não cante ele
não cantemos nós
não canteis vós
não cantem eles


Infinitivo Pessoal

por cantar eu
por cantares tu
por cantar ele
por cantarmos nós
por cantardes vós
por cantarem eles



Verbo Escrever

infinitivo: escrever
gerúndio: escrevendo
particípio: escrevido


Presente do Indicativo

eu escrevo
tu escreves
ele escreve
nós escrevemos
vós escreveis
eles escrevem


Imperfeito do Indicativo

eu escrevia
tu escrevias
ele escrevia
nós escrevíamos
vós escrevíeis
eles escreviam


Perfeito do Indicativo

eu escrevi
tu escreveste
ele escreveu
nós escrevemos
vós escrevestes
eles escreveram


Mais-que-perfeito do Indicativo

eu escrevera
tu escreveras
ele escrevera
nós escrevêramos
vós escrevêreis
eles escreveram


Futuro do Pretérito do Indicativo

eu escreveria
tu escreverias
ele escreveria
nós escreveríamos
vós escreveríeis
eles escreveriam


Futuro do Presente do Indicativo

eu escreverei
tu escreverás
ele escreverá
nós escreveremos
vós escrevereis
eles escreverão


Presente do Subjuntivo

que eu escreva
que tu escrevas
que ele escreva
que nós escrevamos
que vós escrevais
que eles escrevam


Imperfeito do Subjuntivo

se eu escrevesse
se tu escrevesses
se ele escrevesse
se nós escrevêssemos
se vós escrevêsseis
se eles escrevessem


Futuro do Subjuntivo

quando eu escrever
quando tu escreveres
quando ele escrever
quando nós escrevermos
quando vós escreverdes
quando eles escreverem


Imperativo Afirmativo

escreve tu
escreva ele
escrevamos nós
escrevei vós
escrevam eles


Imperativo Negativo

não escrevas tu
não escreva ele
não escrevamos nós
não escrevais vós
não escrevam eles


Infinitivo Pessoal

por escrever eu
por escreveres tu
por escrever ele
por escrevermos nós
por escreverdes vós
por escreverem eles

Autoria: Leonardo Yuri de O. Piovesan

sábado, 25 de abril de 2020

Funções da Linguagem e Comunicação

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com
         



Quando um poeta descreve a Lua, suas impressões se dispõem de maneira especial, conforme a subjetividade de suas sensações. Quando um cientista descreve o mesmo objeto, submete-o à interpretação informativa, impessoal e científica. Assim, a Lua, que para o poeta seria “uma inspiração romântica”, para o cientista é “o satélite natural da Terra”.
Dessa forma, temos as funções da linguagem que apontam o direcionamento da mensagem para um ou mais elementos do circuito da comunicação.
Qualquer produção discursiva, lingüística (oral ou escrita) ou extralingüística (pintura, música, fotografia, propaganda, cinema, teatro etc.) apresenta funções da linguagem.
1. Elementos da comunicação
Ao elaborarmos uma redação, precisamos ter em mente que estamos escrevendo para alguém. Enquanto a redação literária destina-se à publicação em jornal, livro ou revista, e seu público é geralmente heterogêneo, a redação para vestibular tem em vista selecionar os candidatos cuja habilidade discursiva toma-os aptos a ingressar na vida acadêmica.
Seja um texto literário ou escolar, a redação sempre apresenta alguém que o escreve, o emissor, e alguém que o lê, o receptor. O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso para o receptor é o canal (no nosso caso, o canal é o papel). Os fatos, os objetos ou imagens, os juízos ou raciocínios que o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor utiliza (no nosso caso, obrigatoriamente, a língua portuguesa) constitui o código.
Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma mensagem, que se reporta a um contexto ou referente.
Nesse mecanismo, temos:
Num CONTEXTO,
o EMISSOR (codificador) elabora uma MENSAGEM,
através de um CÓDIGO,
veiculada por um CANAL
para um RECEPTOR (decodificador).

2. Funções da linguagem
A ênfase num elemento do circuito de comunicação determina a função de linguagem que lhe corresponde:
ELEMENTO
FUNÇÃO
contexto
referencial
emissor
emotiva
receptor
conativa
canal
fática
mensagem
poética
código
metalingüística
Cada um desses seis elementos determina uma função de linguagem. Raramente se encontram mensagens em que haja apenas uma; na maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia de funções em que predomina ora uma, ora outra. Observe este trecho:
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.
(Carlos Drummond de Andrade)
No exemplo acima, predomina a função metalingüística (volta-se para a própria produção discursiva) e a poética (produz efeito estético através da linguagem metafórica); porém, menos evidentes, aparecem as funções referencial (evidencia o assunto) e emotiva (revela emoções do emissor).
A classificação das funções da linguagem depende das relações estabelecidas entre elas e os elementos do circuito da comunicação. Esquematicamente, temos:
Elementos da comunicação
Função referencial ou denotativa
Certamente a mais comum e mais usada no dia-adia, a função referencial ou informativa, também chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação sem qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há preocupação com estilo; sua intenção é unicamente informar. E a linguagem das redações escolares, principalmente das .dissertações, das narrações não- fictícias e das descrições objetivas. Caracteriza também o discurso científico, o jornalístico e a correspondência comercial. Exemplo:
Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de funcionários públicos, aposentados por regimes especiais, consomem mais recursos do que os quinze milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS. Enquanto a média dos benefícios aos aposentados do INSS é de 2,1 salários mínimos, nos regimes especiais tem gente que ganha mais de 100 salários mínimos.
(Programa Nacional de Desestatização)
Função emotiva ou expressiva
Quando há ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes, temos a função emotiva, também chamada expressiva ou de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente representada por interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações, reticências) e agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que representam a marca subjetiva de quem fala. Exemplo:
Oh? como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias?

(Vinícius de Moraes)
Observe que em “Luís, você é mesmo um burro!”, a frase perde seu caráter informativo (já que Luís não é uma pessoa transformada em animal) e enfatiza o emotivo, pois revela o estado emocional do emissor..
As canções populares amorosas, as novelas e qualquer expressão artística que deixe transparecer o estado emocional do emissor também pertencem à função emotiva. Exemplos:
E aí me dá uma inveja dessa gente...
(Chico Buarque)
Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo em sua vida
Eu vou viver

(Roberto Carlos & Erasmo Carlos)
Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fl1mando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver E sinto que um dia na primavera é que vou morrer De amor pungente e coração enfraquecido.
(Clarice Lispector)

Função conativa ou de apelo
A função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua expressão gramatical mais autêntica. Exemplos:
Antônio, venha cá!
Compre um e leve três.
Beba Coca-Cola.
Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente:
Mercedes-Benz.
Função fática
Se a ênfase está no canal, para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes, temos a função fática. Nas fórmulas ritualizadas da comunicação, os recursos fáticos são comuns. Exemplos:
Bom-dia!
Oi, tudo bem?
Ah, é!
Huin... hum...
Alô, quem fala?
Hã, o quê?
Observe os recursos fáticos que, embora característicos da linguagem oral, ganham expressividade na música:
Alô, alô marciano
Aqui quem fala é da Terra.

(Rita Lee & Roberto de Carvalho)
Blá, Blá, Blá, Blá, Blá
Blá, Blá, Blá, Blá
Ti, Ti, Ti, Ti, Ti,
Ti, Ti, Ti, Ti
Tá tudo muito bom, bom!
Tá tudo muito bem, bem!

(Evandro Mesquita)
Atente para o fato de que o uso excessivo dos recursos fáticos denota carência vocabular, já que des
titui a mensagem de carga semântica, mantendo apenas a comunicação, sem traduzir informação. Exemplo:
— Você gostou dos contos de Machado?
— Só, meu. Valeu.
Função metalingüística
A função metalingüística visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele lingüístico (a escrita ou a oralidade), seja extralingüístico (música, cinema, pintura, gestualidade etc. — chamados códigos complexos). Assim, é a mensagem que fala de sua própria produção discursiva. Um livro convertido em filme apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura que mostra o próprio artista executando a tela, um poema que fala do ato de escrever, um conto ou romance que discorre sobre a própria linguagem etc. são igualmente metalingüísticos. O dicionário é metalingüístico por excelência. Exemplos:
— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.
(Graciliano Ramos)
Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.
(Carlos Drummond de Andrade)

A palavra é o homem mesmo, Estamos feitos de palavras. Elas são a única realidade ou, ao menos, o único testemunho de nossa realidade.

(Octávio Paz)
“Anuncie seu produto: a propaganda é a arma do negócio.” Nesse exemplo, temos a função metalingüística (a propaganda fala do ato de anunciar), a conativa (a expressão aliciante do verbo anunciar no imperativo) e a poética (na renovação de um clichê, conferindo-lhe um efeito especial).
Função poética
Quando a mensagem se volta para seu processo de estruturação, para os seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético, através de desvios da norma ou de combinatórias inovadoras da linguagem, temos a função poética, que pode ocorrer num texto em prosa ou em verso, ou ainda na fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura, enfim, em qualquer modalidade discursiva que apresente uma maneira especial de elaborar o código, de trabalhar a palavra. Exemplos:
Que não há forma de pensar ou crer
De imaginar sonhar ou de sentir
Nem rasgo de loucura
Que ouse pôr a alma humana frente a frente
Com isso que uma vez visto e sentido
Me mudou, qual ao universo o sol
Falhasse súbito, sem duração
No acabar..

(Fernando Pessoa)
Observe, entretanto, que o discurso desviatório necessita de um contexto para produzir sensação estética, como no poema abaixo, cujo nonsense é altamente poético no contexto de Alice no País das Maravilhas:
Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!
Ele se ria jubileu.
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relvian nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas
E os momirratos davam grilvos.

(Lewis Carrol, traduzido por Augusto de Campos.)
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Emprego do Hífen

Usa-se o hífen:

1. nas palavras compostas em que os elementos da composição têm acentuação própria e formam uma unidade significativa: guarda-roupa, beija-flor, bem-te-vi;

2. com a partícula denotativa eis seguida de pronome pessoal átono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a queda do s);

3. nos adjetivos compostos: surdo-mudo, afro-brasileiro, sino-luso-brasileiro;

4. nos vocábulos formados pelos sufixos Açu, guaçu e mirim, se o primeiro elemento terminar com uma vogal acentuada graficamente ou for anasalada: sabiá-açu, acará-guaçu, capim-açu;

5. em vocábulos formados pro prefixos que têm acentuação: pré-história, pós-operatório, pró-socialista;

6. com os prefixos do quadro abaixo (mas observe que haverá hífen diante de determinadas letras):

Prefixos
Diante de
Exemplos:
auto, contra, extra, intra, infra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra
vogal, h, r e s
auto-escola, contra-ordem, extra-oficial, intra-renal, infra-som, neo-republicano, proto-revolucionário, pseudo-revelação, semi-selvagem, supra-humano, ultra-som
ante, anti, arqui, sobre, hiper, inter, super
h, r e s
ante-histórico, anti-rábico, ante-sala, anti-higiênico, arqui-rabino, sobre-solar, hiper-sensível, inter-regional, super-homem, sub-raça
sub
b e r
sub-bosque, sub-região
circum, pan, mal
vogal e h
circum-adjacente, pan-americano, mal-educado, mal-humorado
ad, ab, sob
r
ad-renal, ab-rogar, sob-roda
além, aquém, recém, sem, sota, soto, vice, ex ( = anterioridade)
qualquer palavra
além-mar, aquém-mar, recém-casado, sem-terras, soto-capitão, ex-aluno

Observações:

a) Fugindo à regra, a palavra extraordinário escreve-se sem hífen.

b) Nos compostos com o prefixo bem, usa-se hífen quando o segundo elemento tem vida autônoma ou quando a pronúncia assim o exigir.

Exemplos: bem-vindo, bem-estar, bem-aventurado, etc.

c) O prefixo sobre apresenta algumas exceções.

Exemplos: sobressair, sobressalto, sobressalente, etc.

d) O prefixo co é seguido de hífen quando tem o sentido de "a par" ou "juntamente" e o segundo elemento tem vida autônoma.

Exemplos: co-aluno, co-autor, co-proprietário.

Existem, no entanto, inúmeras composições consagradas pelo uso em que não se usa o hífen.

Exemplos: coexistir, colateral, correlação, coabitar, coadjuvante, etc.

Autoria: Josiel Alves Moreira

Ortografia

Ao escreve UMA Palavra com som de s, de z, de x ou de j, DEVE-se procurar a Origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deverá escreve a palavra derivada.
Ç

1. escreve com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, Teve e os substantivos formados Pela posposição do -ção ao tema de Um verbo (Tema é o que sobra, Quand se retira a desinência de infinitivo - R - do verbo).

Portanto DEVE-se procurar a Origem da Palavra terminada em -ção. Por exemplo: Onde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por Issos, escrevemo-la com ç.

Exemplos:

* Erudito = erudição
* Exceto = exceção
* Setor = SEÇÃO
* Intuitivo = intuição
* Redator = redação
* Ereto = ereção
* Educar - r + ção = Educação
* Exportar - r + ção = Exportação
* Repartir - r + ção = repartição

2. escreve com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.

Exemplos:

* Manter = Manutenção
* Reter = retenção
* Parar = detenção
* Conter = contenção

3. escreve com ara os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.

Exemplos:

* Alcance = alcançar
* Lance = Láncara

S

1. escreve com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir

Exemplos:

* Pretender = pretensão
* Defender = defesa, defensivo
* Despender = despesas
* Compreender = compreensão
* Fundir = Fusão
* Expandir = expansão

2. escreve com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.

Exemplos:

* Perverter = perversão
* Converter = conversão
* Reverter = reversão
* Divertir = diversão
* Aspergir = aspersão
* Imergir = imersão

3. escreve -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr.

Exemplos:

* Expelir = expulsão
* Impelir = impulso
* Compelir = compulsório
* Concorrer = concurso
* Discorrer = discurso
* Percorrer = percurso

4. escreve com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de alegria.

Exemplos:

* Gostosa
* Glamorosa
* Saboroso
* Horroroso

5. escreve com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -esse, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize.

Exemplos:

* Fase
* Crase
* Tese
* Osmose

6. escreve com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.

Exemplos:

* Poetisa
* Profetisa
* Heloísa
* Marisa

7. escreve com -s- toda a conjugação dos verbos por, querer e usar.

Exemplos:

* Eu pus
* Ele quis
* Nós usamos
* Eles quiseram
* Quand nós quisermos
* Se eles usassem

C ou S?

Após ditongo, escreve com -ç-, Quand houver som de s, e escreve com -s-, Quand houver som de z.

Exemplos:

* Eleição
* Traição
* Neusa
* Coisa

S ou Z?

1.-a) escreve com -s- as palavras terminadas em És e essa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios.

Exemplos:

* Português
* Norueguesa
* Marquês
* Duquesa
* Inês
* Teresa

1.-B) escreve com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou sejas, palavras que indicam a existência de umha Qualidade.

Exemplos:

* Embriaguez
* Limpeza
* Lucidez
* Nobreza
* Acidez
* Pobreza

2.-a) escreve com -s- os verbos terminados em -isar, Quand a palavra primitiva Já possuir o -s-.

Exemplos:

* Análise = analisar
* Busca = pesquisar
* Paralisia = paralisar

2.-B) escreve com -z- os verbos terminados em -izar, Quand a palavra primitiva Não possuir -s-.

Exemplos:

* Economia = economizar
* Terror = aterrorizar
* Frágil = fragilizar

Cuidado:

* Catequese = catequizar
* Síntese = sintetizar
* Hipnose = hipnotizar
* Batismo = batizar

3.-a) escreve com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, Quand a palavra primitiva Já possuir o -s- no final do radical.

Exemplos:

* Casinha
* Asinha
* Portuguesinho
* Camponesinha
* Teresinha
* Inesita

3.-B) escreve com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, Quand a palavra primitiva Não possuir -s- no final do radical.

Exemplos:

* Mulherzinha
* Arvorezinha
* Alemãozinho
* Aviãozinho
* Pincelzinho
* Corzinha

SS

1. escreve com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.

Exemplos:

* Anteceder = antecessor
* Ultrapassar = excesso
* Conceder = concessão

2. escreve com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.

Exemplos:

* Imprimir = impressão
* Comprimir = compressa
* Deprimir = depressivo

3. escreve com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.

Exemplos:

* Agredir = agressão
* Progredir = progresso
* Transgredir = transgressor

4. escreve com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter.

Exemplos:

* Comprometer = compromisso
* Intrometer = intromissão
* Prometer = promessa
* Remeter = remessa

CS ou SS
Em relaçao ao verbos terminados em -tir, teremos:

1. escreve com -ção, ​​se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.

Exemplo:

* Curtir - r + ção = curtição

2. escreve com -são, Quand, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante.

Exemplo:

* Divertir - tir + São = diversão

3. escreve com -ssão, Quand, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.

Exemplo:

* Discutir - tir & ssão = discussão

J

1. escreve com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.

Exemplos:

* Trajar = traje, eu trajei.
* Encorajar = que eles encorajem
* Viajar = que eles viajem

3. escreve com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.

Exemplos:

* Loja = lojista
* Gorja = gorjeta
* Canja = canjica

4. escreve com -j- as palavras de Origem tupi, africana ou popular.

Exemplos:

* Jeca
* Jibóia
* Jiló
* Pajé

G

1. escreve com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.

Exemplos:

* Pedágio
* Colégio
* Sacrilégio
* Prestígio
* Relogio
* Refugio

2. escreve com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem ea conjugação dos verbos terminados em -jar.

Exemplos:

* A Viagem
* A coragem
* A personagem
* A vernissagem
* A ferrugem
* A penugem

X

1. escreve com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha.

Exemplos:

* Mexilhão
* Mexer
* Mexerico
* México
* Mexerico
* Mexido

2. escreve com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da Palavra Enchovas.

Exemplos:

* Enxada
* Enxerto
* Enxerido
* Enxurrada

mas:

* Cheias = encher, enchente
* Poça = encharcar
* Chiqueiro = enchiqueirar

3. escreve -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.

Exemplos:

* Ameixa
* Deixar
* Queixa
* Feixe
* Peixe
* Gueixa

UIR e Oer

Os verbos terminados em -uir e -oer terá as 2ª e 3ª Pessoas do singular do presente do indicativo escritas com -i-.

Exemplos:

* Sua possue
* Ele possuia
* Tu constróis
* Ele constroi
* Sua Moisés
* Ele mói
* Sua Rois
* Ele rói

UAR e OAR

Os verbos terminados em -uar e -oar terá todas as Pessoas do presente do subjuntivo escritas com -e-.

Exemplos:

* O que eu efetue
* Que tu efetues
* O que ele atenua
* O que nós atenua
* O que você entoeis
* O que eles entoem
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Semântica

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Sinonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes - SINÔNIMOS.

Ex.: Cômico - engraçado
Débil - fraco, frágil
Distante - afastado, remoto

Antonímia

É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários - ANTÔNIMOS.

Ex.: Economizar - gastar
Bem - mal
Bom - ruim

Homonímia

É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica - HOMÔNIMOS.

As homônimas podem ser:

*

Homógrafas heterofônicas ( ou homógrafas) - são as palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia.
Ex.: gosto ( substantivo) - gosto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo gostar)
Conserto ( substantivo) - conserto (1.ª pess.sing. pres. ind. - verbo consertar)

*

Homófonas heterográficas ( ou homófonas) - são as palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Ex.: cela (substantivo) - sela ( verbo)
Cessão (substantivo) - sessão (substantivo)
Cerrar (verbo) - serrar ( verbo)

*

Homófonas homográficas ( ou homônimos perfeitos) - são as palavras iguais na pronúncia e na escrita.
Ex.: cura (verbo) - cura ( substantivo)
Verão ( verbo) - verão ( substantivo)
Cedo ( verbo ) - cedo (advérbio)

Paronímia
É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita - PARÔNIMOS.

Ex.: cavaleiro - cavalheiro
Absolver - absorver
Comprimento - cumprimento

Polissemia

É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados.

Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa.
Abasteci meu carro no posto da esquina.

Os convites eram de graça.
Os fiéis agradecem a graça recebida.

Família de Idéias
São palavras que mantêm relações de sinonímia e que representam basicamente uma mesma idéia.

Veja a relação a seguir:

* casa, moradia, lar, abrigo
* residência, sobrado, apartamento, cabana

Todas essas palavras representam a mesma idéia: lugar onde se mora. Logo, trata-se de uma família de idéias.

Observe outros exemplos:

* revista, jornal, biblioteca, livro
* casaco, paletó, roupa, blusa, camisa, jaqueta
* serra, rio, montanha, lago, ilha, riacho, planalto
* telefonista, motorista, costureira, escriturário, professor

Conotação e Denotação

Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto.
Ex.: Você tem um coração de pedra.

Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original.
Ex.: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas.