quinta-feira, 4 de junho de 2020

Fotossíntese e vida na Terra Produção de oxigênio e glicose


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com
      



A vida, tal como atualmente se acha organizada em nosso planeta, depende em grande parte dos seres vivos fotossintetizantes. Poderíamos começar justificando essa afirmativa pelo fato de que a quase totalidade do gás oxigênio atmosférico, usado pela grande maioria dos seres vivos atuais na respiração celular, provém da fotossíntese realizada por plantas, algas e algumas bactérias.

Esse é, talvez, o aspecto que as pessoas mais relacionam com a fotossíntese, mas é muito importante sabermos que a produção de gás oxigênio não é o único evento importante da fotossíntese. Durante esse processo, os organismos fotossintetizantes fixam a energia luminosa do sol e a transformam em energia química, armazenando-a em moléculas de carboidratos (também produzidas durante o processo).

Esses carboidratos são utilizados pelo próprio organismo que os produziu, parte para a realização da respiração celular, que libera energia para seus processos vitais, e parte para a fabricação de diversas substâncias orgânicas importantes, como aminoácidos, lipídios, celulose etc.

Isso torna os organismos fotossintetizantes independentes de outros seres vivos para se alimentar e faz com que eles ocupem a base da grande maioria das cadeias alimentares, com os consumidores dependendo, direta ou indiretamente, do alimento produzido por eles.

A palavra fotossíntese (do grego photos, luz, synthesis, composição) diz respeito a esse processo no qual ocorre, em presença da luz, a produção de moléculas orgânicas ricas em energia, a partir de compostos inorgânicos pobres em energia (gás carbônico e água). A energia química armazenada nas moléculas orgânicas produzidas nesse processo fica, dessa forma, disponível para o organismo fotossintetizante e para seus possíveis consumidores.

As reações químicas da fotossíntese
É comum representarmos a fotossíntese utilizando-se a equação química:
Sendo: CO2 - gás carbônico; H2O - água; C6H12O6 - glicose e O2 - gás oxigênio.

Essa equação é, no entanto, uma simplificação, já que a fotossíntese No entanto, atualmente sabe-se que o produto direto da fotossíntese não é a glicose, mas um outro glicídio, chamado gliceraldeído-3-fosfato, que, logo depois, é transformado em amido ou em sacarose. Dessa forma, a reação pode ser representada por:


Essa equação é, no entanto, uma simplificação, já que a fotossíntese envolve um conjunto de várias reações que ocorrem no interior dos cloroplastos das células de plantas e algas, ou no citoplasma de algumas bactérias, envolvendo a produção de várias substâncias intermediárias. Tais reações acontecem em duas fases: as reações de claro - ou fase fotoquímica - e as reações de "escuro" - ou fase química.

A fase fotoquímica ocorre nas regiões do cloroplasto que contêm clorofila (lamelas e grana) e compreende duas reações, a fotofosforilação cíclica e a fotólise da água.

Na primeira reação, a clorofila, ao receber luz, emite elétrons altamente energizados que passam por diversas substâncias chamadas de aceptores e voltam à clorofila. Durante esse trajeto, os elétrons liberam energia que é usada para a formação de ATP (molécula armazenadora de energia química). Ao mesmo tempo, a luz promove a quebra da molécula de água (fotólise) que libera íons hidrogênio (H+) e átomos de oxigênio. Estes, unindo-se dois a dois, formam moléculas de gás oxigênio (O2), enquanto os íons hidrogênio, por sua vez, se combinam com moléculas da substância NADP, formando o NADPH2.

É fácil perceber que esse primeiro conjunto de reações recebeu o nome de reações de claro ou fase fotoquímica porque, nele, a luz tem participação direta.

As reações de escuro ocorrem na região do cloroplasto que não contém clorofila (estroma), para onde se difundem as moléculas de CO2 e para onde migram as de ATP e NADPH2, formadas na fase anterior. Através de numerosas e complexas reações, que receberam o nome de Ciclo das pentoses ou Ciclo de Calvin-Benson, moléculas de glicose são formadas a partir do CO2, de Hidrogênios fornecidos pelo NADPH2 e de energia liberada pelo ATP.

Apesar do nome, as reações de escuro também ocorrem durante o dia, utilizando substâncias produzidas na fase clara - dependendo, portanto, indiretamente, da luz.

Erros comuns em relação à fotossíntese
Há uma ideia muito difundida de que as plantas, durante a fotossíntese, transformam o gás carbônico em oxigênio.

Contudo, retomando os processos da fase clara da fotossíntese, percebemos que é durante a fotólise da água que se formam as moléculas de gás oxigênio que podem ser liberadas para o ambiente. É um erro, portanto, pensar que o gás oxigênio forma-se a partir do gás carbônico - ele é proveniente das moléculas de água que participam desse processo.

É comum também que as pessoas pensem que a fotossíntese é a respiração das plantas ou que elas fazem fotossíntese durante o dia e respiram à noite. Respiração celular e fotossíntese são processos distintos e ambos são realizados pelos vegetais, algas e também por algumas bactérias.

A respiração, ao contrário da fotossíntese, não depende da luz e é realizada ao longo de todo o dia. Nos períodos em que há grande luminosidade, a intensidade da fotossíntese é tal que o organismo produz gás oxigênio suficiente para a sua própria respiração celular e libera o excesso, dando a falsa impressão de que não respira, pois não está absorvendo o gás oxigênio da atmosfera.
*Maria Graciete Carramate Lopes é licenciada pelo Instituto de Biociências da USP e professora de ciências da Escola Lourenço Castanho (SP).

Números complexos

Operações com números complexos na forma algébrica

Marcelo Rigonatto




Representação gráfica de z
Número complexo é um par ordenado de números reais (a, b). Assim, o conjunto dos números complexos é uma extensão do conjunto dos números reais. Todo número complexo pode ser escrito na forma a + bi, chamada de forma algébrica ou forma normal, onde a é chamado de parte real e bi, de parte imaginária. As operações de adição, subtração, multiplicação e divisão estão bem definidas para o conjunto dos complexos, assim como para os números reais.

Considere dois números complexos z1 = a + bi e z2 = c + di. Vamos analisar como se dá cada uma das operações citadas para os elementos desse conjunto.

1. Adição

z1 + z2 = (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i

Observe que basta somar a parte real de um com a parte real do outro e proceder da mesma forma com a parte imaginária.

Exemplo: Dados os números complexos z1 = 5 + 8i, z2 = 1 + 2i e z3 = 2 – 3i, calcule:

a) z1 + z2 = (5 + 8i) + (1 + 2i) = (5 + 1) + (8 + 2)i = 6 + 10i
b) z2 + z3 = (1 + 2i) + (2 – 3i) = (1 + 2) + (2 – 3)i = 3 – i

2. Subtração

A subtração é feita de forma análoga. Observe:

z1 – z2 = (a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d)i

Exemplo:

a) (5 + 8i) – (1 + 2i) = (5 – 1) + (8 – 2)i = 4 + 6i
b) (1 + 2i) – (2 – 3i) = (1 – 2) + [2 – (– 3)]i = – 1 + 5i

3. Multiplicação

Como sabemos, i2 = – 1.

Logo,

Agrupando os termos semelhantes, obtemos:

Exemplo:

a) (5+8i)∙(1+2i) = (5∙1-8∙2)+(5∙2+1∙8)i
(5+8i)∙(1+2i) = (5-16) + (10+8)i = -11+18i


b) (1+2i)∙(2-3i) = [1∙2 - 2∙(-3)] + [1∙(-3) + 2∙2]i
(1+2i)∙(2-3i) = (2+6) + (-3+4)i = 8 + i


4. Divisão

Para realizar a divisão de dois números complexos precisamos introduzir o conceito de conjugado de um número complexo. Seja z = a + bi, o conjugado de z é z̅ = a - bi. Agora podemos definir a operação de divisão para números complexos.


Exemplo:
a)

Vamos fazer os cálculos do numerador e do denominador separadamente:
(5 + 8i)(1 - 2i) = [5∙1 - 8(-2)] + [5∙(-2) + 1∙8]i = 21 - 2i
Na multiplicação dos denominadores basta aplicar a seguinte propriedade:
z ∙ z̅ = (a + bi) (a - bi) = a2 + b2

Assim,
(1 + 2i)(1 - 2i) = 12 + 22 = 5

Logo,

b)

Esparta e Atenas


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com

         
Sólon (Atenas) e Licurgo (Esparta): diferentes idéias políticas no Mundo Grego
Ao estudarmos a Grécia Antiga, temos uma falsa impressão sobre a organização dessa civilização clássica. Em geral, os livros didáticos falam repetidamente sobre as características da Grécia como se tratasse de um povo dotado de características comuns. No entanto, ao conhecermos sua organização política descentralizada, acabamos tendo fortes indícios de que, dentro do “mundo grego”, existiam povos com diferentes costumes e tradições.

Nesse sentido, a comparação entre as cidades-Estado de Esparta e Atenas nos oferece um quadro de contrastes muito interessante, dessa forma, podemos entender a diversidade cultural encontrada dentro desse território. As formas de concepção do mundo, os papéis desempenhados pelos sujeitos sociais, as instituições políticas, valores e tradições desses dois povos são de grande utilidade para que possamos, assim, apagar a impressão de que existe um povo grego marcado pela mesma cultura.

No que diz respeito às instituições políticas, Atenas conta com uma trajetória onde depois da adoção dos regimes monárquico e aristocrático, criou-se uma forma de governo democrática. Mesmo sendo considerado um “governo do povo”, aqueles que participavam da democracia ateniense correspondiam a menos de 20% da população. Já em Esparta, as questões políticas eram de obrigação de um conjunto de 28 homens, maiores de 60 anos, que formavam a Gerúsia. Além disso, existiam dois reis, que formavam a chamada Diarquia. As funções desses reis eram ligadas às questões religiosas e militares.

O papel desempenhado por homens e mulheres nas sociedades ateniense e espartana, também tinha suas especificidades. Em Esparta, as mulheres recebiam uma rigorosa educação física e psicológica. Além disso, elas participavam das reuniões públicas, disputavam competições esportivas e administravam o patrimônio familiar. Em contrapartida, a cultura ateniense restringia suas mulheres ao mundo doméstico. A docilidade e a submissão ao pai e ao marido eram valores repassados às mulheres atenienses.

A questão educacional nas duas cidades também apresentava diferenças entre si. As instituições atenienses se preocupavam em desenvolver um equilíbrio entre mente e corpo. Dessa forma, a educação buscava conciliar a saúde física e o debate filosófico. Já em Esparta, dada sua intensa tradição militarista, privilegiava-se o treinamento do corpo. Os jovens espartanos aprendiam a escrever aquilo que era estritamente necessário. Dessa forma, o cidadão espartano deveria ser forte e resistente, um indivíduo apto para as batalhas militares.

Com toda certeza, não poderíamos julgar quais dessas duas diferentes culturas do mundo clássico foi mais “desenvolvida” ou “sofisticada”. Nem mesmo poderíamos concluir que os atenienses eram simples antíteses dos espartanos. As diferenças entre as experiências vividas por Atenas e Esparta podem nos explicar tantos contrastes. Dessa forma, as comparações aqui desenvolvidas apenas nos dão uma amostra da riqueza dos costumes, tradições e histórias que envolveram as cidades-Estado do Mundo Grego.


Por Rainer Sousa
Mestre em História

Análise Sintática e Análise Morfológica

Antes de iniciarmos nossos estudos sobre estes dois temas é importante sabermos o conceito de Morfologia e Sintaxe.

A Morfologia é a parte da gramática que estuda as palavras de acordo com a classe gramatical a que ela pertence. Quando nos referimos às classes gramaticais, logo sabemos que se refere àquelas dez, que são: substantivos, artigos, pronomes, verbos, adjetivos, conjunções, interjeições, preposições, advérbios e numerais.

A Sintaxe é a parte que estuda a função que as palavras desempenham dentro da oração.
Agora, referimo-nos a sujeito, adjunto adverbial, objeto direto e indireto, complemento nominal, aposto, vocativo, predicado, entre outros.
Para melhor entendermos o que foi dito, tomemos como exemplo as seguintes orações:

A manhã está ensolaradaAgora faremos a análise morfológica de todos os seus termos:

A - artigo
Manhã - substantivo
Está - verbo (estar)
Ensolarada - adjetivo

Quanto à análise sintática, temos:

A manhã - Sujeito simples
Está ensolarada - predicado nominal, pois o verbo proposto denota estado, logo é um verbo de ligação.
Ensolarada - predicativo do sujeito, pois revela uma característica (qualidade) sobre o mesmo.

Marcos e Paulo gostam de estudar todos os dias.

Morfologicamente temos:

Marcos - substantivo próprio
Paulo - substantivo próprio
Gostam- verbo (gostar)
De - preposição
Estudar - verbo no infinitivo (forma original)
Todos- pronome indefinido
Os- artigo definido
Dias- substantivo simples

E sintaticamente:

Marcos e Paulo - sujeito composto (dois núcleos)
Gostam de estudar todos os dias- predicado verbal
De estudar - objeto indireto (complementa o sentido do verbo)
Todos os dias - adjunto adverbial de tempo
Podemos perceber que quando se trata da análise morfológica, os termos da oração são analisados passo a passo, já na análise sintática, eles são analisados de acordo com a posição desempenhada.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

Relações trigonométricas no Triângulo retângulo

Gripe aviária O risco de uma epidemia de gripe aviária


Atualmente, o inimigo número um da saúde pública é o vírus da gripe aviária, que os cientistas identificam como H5N1.

Presente entre aves silvestres ninguém sabe desde quando, esse vírus convivia com elas sem provocar grandes surtos da doença. Porém, em 1997, surgiu uma cepa ou geração mais agressiva que causou uma epidemia nas granjas de Hong Kong.

O que favoreceu a mutação do vírus, tornando-o mais perigoso, pode ter sido a forma de criação de aves na metrópole chinesa, em um esquema de alta rotatividade e sem higiene adequada durante o abate.

Mutação e pandemia
Nos países onde ocorreram - ou estão ocorrendo - epidemias de gripe aviária, a população tem contato direto com as aves, além de consumi-las em pratos preparados com sua carne quase crua. Assim, o H5N1 contaminou os primeiros seres humanos em 2003.

O grande temor que ele despertou a partir daí decorre da possibilidade de o vírus passar por uma nova mutação e começar a se transmitir de pessoa para pessoa, gerando uma pandemia - uma epidemia de proporções mudial.

O H5N1 tem semelhança com o vírus da gripe espanhola que, entre 1918 e 1919, atingiu 50% da população mundial e matou mais de 20 milhões de pessoas. Ou seja, ao contrário das pandemias de gripe que ocorrem praticamente a todo ano (com cepas de vírus menos agressivas), uma pandemia da gripe aviária poderia ter conseqüências desastrosas.

Boas e más notícias sobre a gripe aviária
Se há motivos de preocupação, não é o caso de se ficar apavorado. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), caso o H5N1 passe a ser transmitido entre seres humanos ele não manterá a taxa de mortalidade de 50% apresentada até agora.

A OMS trabalha com a hipótese de que somente 25% das pessoas contaminadas teriam complicações maiores decorrentes da gripe aviária e apenas cerca de 8% precisariam ser hospitalizadas. Na verdade, não há vírus que mate metade de suas vítimas e consiga gerar uma epidemia: para se desenvolver, ele precisa de hospedeiros e se vier a matá-los numa velocidade dessas, o próprio vírus se contém.

Ainda assim, é bom lembrar que, no caso de uma pandemia, o número de mortes não seria pequeno: um estudo encomendado pelo Banco Mundial sugere que poderiam ocorrer de 100 mil a 200 mil mortes, só nos Estados Unidos.

Além disso, para a prevenção e o controle da gripe a melhor forma continua sendo a vacinação em massa. Se o H5N1 passar pela mutação para se transmitir entre humanos, os laboratórios levariam cerca de seis meses para produzir e testar uma vacina. Enquanto isso, a pandemia impera.

Seleção natural e meio ambiente
A gripe aviária é um alerta para questões fundamentais da biologia e da ecologia. Em termos biológicos, essa doença nos lembra que os mecanismos de seleção natural atuam também em escala microscópica.

Vírus e bactérias também passam pelo processo de adaptação ao seu meio ambiente. É por isso que já surgiram diversos tipos de microrganismos que não são eliminados pelos antibióticos convencionais.

Em termos ecológicos, a história comprova que os grandes surtos de moléstias infecciosas surgem sempre num panorama de desequilíbrio ambiental, provocado pelo homem, o que pode incluir desmatamento, poluição e condições de vida inadequadas.

Supertuberculose
Um exemplo que revela como esses dois aspectos são fundamentais é o do bacilo da supertuberculose, criado por engano num laboratório da Universidade de Berkeley (Califórnia, EUA) em 2003.

Ao tentar manipular geneticamente o bacilo responsável pela tuberculose, para torná-lo menos letal, os pesquisadores conseguiram exatamente o contrário: o bacilo - um tipo de bactéria em forma de bastonete - começou a se multiplicar muito mais rapidamente e de forma mais letal.

Evidentemente, como isso sucedeu em um laboratório, não se desencadeou uma epidemia de supertuberculose. Porém, é perturbador saber que a pesquisa era desenvolvida por um motivo: o bacilo da tuberculose já conhecido tem se revelado cada vez mais resistente ao tratamento convencional.
*Antonio Carlos Olivieri

Matriz Identidade

Matriz Identidade

A matriz quadrada A = (aij)n x n definida por:



recebe o nome de matriz identidade de ordem n, simbolicamente representada por In.
Portanto:


extraido de www.colegioweb.com.br

Filosofia: um Pensamento Sistemático


A filosofia não é um “eu acho que” ou um “eu gosto de”. Não é pesquisa de opinião à maneira dos meios de comunicação de massa. Não é pesquisa de mercado para conhecer preferências dos consumidores e criar uma propaganda.

As indagações filosóficas se realizam de modo sistemático.
Que significa isso?

Significa que a filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos, busca encadeamentos lógicos entre os enunciados, opera com conceitos ou idéias obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é enunciado e pensado. Somente assim a reflexão filosófica pode fazer com que nossa experiência cotidiana, nossas crenças e opiniões alcancem uma visão crítica de si mesmas. Não se trata de dizer “eu acho que”, mas de poder afirmar “eu penso que”.

O conhecimento filosófico é um trabalho intelectual. É sistemático porque não se contenta em obter respostas para as questões colocadas, mas exige que as próprias questões sejam válidas e, em segundo lugar, que as respostas sejam verdadeiras, estejam relacionadas entre si, esclareçam umas às outras, formem conjuntos coerentes de idéias e significações, sejam provadas e demonstradas racionalmente.

Quando o senso comum diz “esta é minha filosofia” ou “isso é a filosofia de fulana ou de fulano”, engana-se e não se engana.

Engana-se porque imagina que para “ter uma filosofia” basta alguém possuir um conjunto de idéias mais ou menos coerentes sobre todas as coisas e pessoas, bem como ter um conjunto de princípios mais ou menos coerentes para julgar as coisas e as pessoas. “Minha filosofia” ou a “filosofia de fulano” ficam no plano de um “eu acho” coerente.

Mas o senso comum não se engana ao usar essas expressões porque percebe, ainda que muito confusamente, que há uma característica nas idéias e nos princípios que nos leva a dizer que são uma filosofia: a coerência, as relações entre as idéias e entre os princípios. Ou seja, o senso comum pressente que a filosofia opera sistematicamente, com coerência e lógica, que a filosofia tem uma vocação para formar um todo daquilo que aparece de modo fragmentado em nossa experiência cotidiana.
Bibliografia
PRÉ-SOCRÁTICOS, Col. “Os Pensadores”, vol. 1, seleção de textos e supervisão do prof. Dr. José Cavalcante de Souza, São Paulo,
Abril Cultural, 1978.
Bibliografia Complementar
CHAUI, M. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, Volume Único, São Paulo, Editora Ática, 2004.
CHAUI, M. Introdução à História da Filosofia – dos pré-socráticos a Aristóteles, Volume 1, São Paulo, Cia. das Letras, 2002.
COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas, São Paulo, Ed. Saraiva, 7a tiragem, 2005.
KIRK, G.S., RAVEN, J. E. & SCHOFIELD, M. Os filósofos pré-socráticos, Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 1994.

Aminas

Aminas

Líria Alves




Trimetilamina: encontrada em peixes
Aminas são compostos orgânicos nitrogenados obtidos através da substituição de hidrogênio da amônia (NH3) por outros grupos orgânicos (radicais alquila ou arila). Elas se caracterizam pela fórmula geral que contém o elemento Nitrogênio.

As aminas se encontram em condições ambientes na forma sólida, líquida ou gasosa, o que depende de sua estrutura. Aminas alifáticas com até doze carbonos são líquidas, e as com mais de doze carbonos são sólidas, e todas elas são incolores. As líquidas são tóxicas e apresentam cheiro desagradável, e as sólidas são inodoras.

As aminas podem ser encontradas em alcalóides, compostos extraídos de vegetais e na decomposição de peixes e de cadáveres. A trimetilamina pode ser produzida por peixe em decomposição, a putrescina e cadaverina são encontradas em proteínas de organismos humanos putrefatos (cadáveres) e constituem diaminas alifáticas saturadas.

As aminas podem se classificar como bases orgânicas porque possuem um par eletrônico disponível no átomo de nitrogênio presente nestes compostos. Esta classe de compostos é empregada em sínteses orgânicas, por exemplo, na preparação de corantes, vulcanização da borracha, fabricação de sabão, etc. As aminas são ainda usadas para produzir medicamentos que produzem efeito estimulante que possuem em sua fórmula o composto amino: Cafeína, Anfetamina, entre outros.

Classificação da Matéria

Classificação da Matéria

Líria Alves




A união de vários átomos forma a matéria
Matéria é tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço, ela é formada por pequenas partículas, designadas átomos e esses podem se unir de várias maneiras, formando as moléculas. As substâncias formadas pelo agrupamento dos átomos se classificam em: substâncias ou misturas, e se diferem em dois tipos, de acordo com suas composições:

Substâncias simples: essas apresentam apenas um tipo de átomo que pode estar agrupado em moléculas ou isolado.
Exemplos: Hidrogênio (H2) e Hélio (He).

Substâncias compostas: também chamadas de compostos, essas substâncias são formadas por mais de um elemento químico.
Exemplos: Gás carbônico (CO2), Amônia (NH3), Água (H2O), Gás cianídrico (HCN).

Veremos agora as “Misturas”, elas são formadas por mais de uma substância.

Misturas: As misturas podem se classificar em Misturas homogêneas ou heterogêneas.

Misturas homogêneas: essas misturas apresentam uma única fase. Quando misturamos água e álcool, nem com o auxílio de um microscópico poderíamos ver a separação dos dois líquidos, dizemos então que a mistura possui uma só fase, ou seja, é uma mistura homogênea. Exemplo: a água oxigenada, ela contém água (H2O) e peróxido de hidrogênio (H2O2).

Misturas heterogêneas: apresentam mais de uma fase. Exemplo: a água e o óleo quando se misturam. A água se separa completamente do óleo, sendo assim, a mistura se torna heterogênea porque vemos nela duas fases.

Mais exemplos:
1. Mistura heterogênea: fumaça que polui o meio ambiente, quando observada ao microscópio mostra minúsculas partículas de carvão suspensas.

2. Mistura homogênea: álcool + água + acetona, juntos apresentam uma única fase.

Abiogênese x Biogênese


A abiogênese (ou geração es- pontânea) é uma teoria que foi refutada ainda na Antiguidade. Ela consiste na crença de que os seres vivos poderiam ser originados a partir da matéria bruta. Por exemplo: durante muito tempo, acreditou-se que as larvas de mosca presentes em cadáveres em decomposição eram, na verdade, vermes que se originavam a partir deste tipo de material.

Grandes pensadores, como Aris-tóteles, Santo Agostinho, René Descartes e Isaac Newton, apesar de reconhecerem o papel da reprodução, acreditavam piamente nesta teoria e a utilizavam para explicar a origem de alguns organismos vivos.

Para eles, havia um princípio que proporcionava a apenas determinados meios a capacidade de formação de novos seres: a da força vital. Partindo deste princípio, apenas quando se houvesse condições para esta força fluir é que tal fenômeno poderia ocorrer.

Entretanto, em meados do século XVII, Francesco Redi, por meio de experimentos, demonstrou que os “vermes” presentes na carne podre eram, na verdade, larvas de moscas que “surgiam” em razão da presença dos animais adultos desta espécie no substrato em questão. Tal descoberta refutou a teoria da abiogênese até o momento em que, com o advento da microscopia, passou-se a indagar a origem dos micróbios e acreditar que tais seres só podiam ser formados por geração espontânea.

Para verificar tais indagações, outros experimentos foram feitos. Needham, por exemplo, inseriu caldos nutritivos em tubos de ensaio, aqueceu e isolou-os com rolhas. Após alguns dias, verificou a presença dos seres microscópicos – uma possível comprovação de que ocorrera o mecanismo da abiogênese. Spallanzani, 25 anos depois, repetiu tal experimento, mas fervendo a solução, por tempo considerável; e teve como resultado o não aparecimento desses organismos.

Needham argumentou que o colega havia destruído a força vital da substância e, obviamente por tal motivo, não havia vida nas amostras.

Tal ideia perdurou até que Pasteur, aproximadamente 100 anos depois, preparou líquidos nutritivos em frascos cujos gargalos foram aquecidos e moldados tal como pescoços de cisne. Aqueceu as substâncias até que saíssem vapores pelas aberturas, deixou-as esfriar e percebeu que, após vários dias, estas permaneciam sem a presença de germes.

Concluiu que estes ficaram retidos na longa curvatura do gargalo com o auxílio das gotículas de ar – funcionando tal como um filtro – e comprovou esta ideia após quebrar o “pescoço de cisne” de algumas amostras e verificar que estas passaram a apresentar estes seres diminutos, algumas horas depois.

Assim, como o líquido se contaminou após a quebra dos gargalos (não destruiu a força vital) e, além disso, este tinha contato com o ar, Pasteur conseguiu provar que a abiogênese também não se aplicava a este caso.
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Pronomes

Os pronomes indefinidos São aqueles que se referem à terceira Pessoa do discurso de forma vaga, imprecisa e genérica.

Alguem deixou o cachorro fugir.

Pronomes Indefinidos
Variaveis Invariáveis
(Referem-se a Coisas)
Algums, algums, alguns, algums algo
Nenhum, nenhuma Tudo
Nenhuns, nenhumas
Tudo, toda, todos, todas Nada
Outro, outra, outros, outras
Muito, Muita, muitos, Muitas
(Referem-se a Pessoas)
Pouco, pouca, poucos, poucos Quem
Certo, certo, certos, certas Alguem
Várias, várias, vários, vários Ninguém
Quanto, quanta, quantos, quanto Outrem
Tanto, tanto, tantos, tantos
Qualque, quaisquer
(Referem-se a Coisas e Pessoas)
Qual, Quai Cada
Um, UMA, uns, umas Que

Os pronomes indefinidos tambem Podem aparecer sob a forma de locução pronominal:

Cada Qual, Quem quer que, qualque um, quem, tudo o mais

Emprego dos pronomes indefinidos

- O indefinido algums , adiado para o substantivo Assum sentido negativo.

Motivo algums me fará desistir de vocês. (Negativo)

- O indefinido cada Não Deve ser utilizado desacompanhada de substantivo ou numeral.

Ganhamos duas casas cada UM .

- O indefinido verdade , antes de substantivo é pronome indefinido, depois do substantivo é adjetivo.

Não compreendi algumas Pessoa. (Pronome indefinido)
Escolha a Pessoa certa para casar. (Adjetivo)

- O indefinido todos e todas (singular), Quand desacompanhado de artigo, significam qualque .

Todo Homem é desonesto. (Qualque Homem)

Quand acompanhados de artigo Dão ideia de totalidade.

Ela comeu toda a pizza.

Qualque (plural = quaisquer): vieram Pessoas de quaisquer origens.


Pronomes interrogativos

É UM tipo de pronome indefinido com que se introduzem frases interrogativas (direta ou indiretas).

Variaveis Invariáveis
Qual, quanto Quem que

Quantos Irão viajar nas férias? (Direta)
Quero saber quantos Irão viajar nas férias. (Indireta)

Variáveis na Estatística

As variáveis nos estudos estatísticos são os valores que assumem determinadas características dentro de uma pesquisa e podem ser classificadas em qualitativas ou quantitativas.

As variáveis qualitativas não podem ser expressas numericamente, pois relacionam situações como a cor da pele, cor dos olhos, marca de refrigerante, marca de automóvel, preferência musical entre outras. Elas podem ser divididas em ordinais e nominais. As variáveis qualitativas ordinais, apesar de não serem numéricas, obedecem a uma relação de ordem, por exemplo: conceitos como ótimo, bom, regular e ruim, classe social, grau de instrução, etc. Já as variáveis qualitativas nominais não estão relacionadas à ordem, elas são identificadas apenas por nomes, por exemplo, as cores: vermelho, amarelo, preto, azul, rosa, verde, etc. Também como exemplo de nominais temos as marcas de carros, nome de bebidas, local de nascimento entre outros.

No caso das variáveis quantitativas usamos a representação numérica. Elas podem ser classificadas em discretas e contínuas. As variáveis quantitativas discretas acontecem relacionadas a situações limitadas, por exemplo: número de revistas vendidas, quantidade de consultas médicas, número de filhos de um casal. No caso das variáveis quantitativas contínuas, a abrangência pertence a um intervalo que se caracteriza por infinitos valores, como exemplo podemos citar: o peso de um produto, altura dos alunos de uma escola, velocidade de objetos, entre outras situações. Marcos Noé Pedro da Silva