sábado, 2 de maio de 2020

Planejamento de Biologia 1º ano autor Antonio Carlos carneiro Barroso 2016


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
Professor Antonio Carlos Carneiro Barroso
Turno
Série 1º Ano
Ano
Unidade
Bibliografia
Biologia
José Luiz Soares
FTD
Planejamento
Anual
2016

Conteúdos
Objetivos
Metodologias
Avaliação
1. Ecologia:
a. Níveis de organização
b. População, comunidade,
biosfera, biomas.
c. Hábitat e nicho ecológico.
d. Níveis tróficos
e. Cadeias e teias
alimentares.
f. Fluxo de energia e
matéria.
g. Pirâmides ecológicas.
h. Produtividade nos
ecossistemas
i. Ciclos biogeoquímicos
Ecologia:
Sucessão ecológica
Dinâmica de populações
Relações ecológicas
1. Ecologia
Desequilíbrios ambientais
Biomas
Citologia
Composição química celular
Envoltórios celulares
Citoplasma – organelas
Núcleo celular
Divisão celular
Gametogênese
Identificar os níveis de organização: população, comunidade, ecossistemas, biomas
e biosfera.
Reconhecer o ecossistema como ambiente básico de interação entre os seres vivos .
Conceituar espécie, população e de comunidade.
Conceituar nicho ecológico e hábitat.
Identificar o papel biológico, econômico e social dos microorganismos na ciclagem
de nutrientes.
Descrever os fluxos de matéria e energia.
Descrever os ciclos da água, nitrogênio, oxigênio e carbono , relacionando-os com
atividades antrópicas geradoras de desequilíbrios ambientais.
Relacionar a ciclagem da matéria à respiração aeróbia, fermentação , fotossíntese e
quimiossíntese.
Relacionar os sistemas à capacidade de absorver, sintetizar, armazenar e empregar
energia.
Relacionar o Princípio da conservação de energia com os fenômenos naturais.
Associar os processos bioquímicos respiração celular aeróbia e a fermentação com
obtenção de energia.
Diferenciar cadeias e teias alimentares.
Identificar os níveis tróficos a partir de cadeias e teias alimentares exemplificadas.
Caracterizar os fluxos de energia e matéria em um ecossistema.
Relacionar o fluxo de energia e matéria às pirâmides de energia e matéria.
Identificar as pirâmides de energia, matéria e número em um ecossistema.
Relacionar os mecanismos de respiração celular à produtividade primária bruta e
líquida.
Compreender a importância ecológica dos microrganismos e sua participação nos
ciclos biogeoquímicos.
Compreender o processo cíclico da matéria dentro dos ecossistemas e o fluxo de
energia tendo referência os ciclos do nitrogênio, água, carbono e oxigênio.
Reconhecer a importância das interações entre os seres vivos na manutenção dos
ecossistemas.
Identificar o papel das interações sociais na manutenção dos grupos humanos.
Reconhecer o ecossistema como ambiente básico de interação entre os seres vivos.
Descrever os ciclos da água, nitrogênio, oxigênio e carbono, relacionando-os com
atividades antrópicas geradoras de desequilíbrios ambientais.
Perceber as vantagens e inconveniências da utilização de energia renováveis e nãorenováveis.
Compreender os mecanismos relacionados com a dinâmica de populações.
Relacionar o estudo da dinâmica de populações à análise de gráficos.
Descrever o bioma cerrado com suas fitofisionomias.
Descrever os processos de desequilíbrio ambiental relacionados com o bioma
cerrado.
Identificar o homem como agente desencadeador da perda do equilíbrio de
ecossistemas nos diferentes biomas.
Relacionar as taxas de mortalidade/natalidade e migração com a densidade
demográfica.
Efetuar cálculos de densidade populacional.
Descrever as séries de alterações nas comunidades ao longo de uma sucessão
ecológica.
Identificar os principais desequilíbrios ambientais relacionando-os com as atividades
antrópicas.
Diferenciar células procariontes e eucariontes.
Compreender a estrutura viral e a dificuldade de classificação dos vírus.
Identificar o papel biológico das principais substâncias químicas que compõem a
célula.
Descrever o modelo de Singer e Nicholson para a membrana plasmática.
Diferenciar transporte ativo e passivo.
Relacionar os diferentes tipos de transporte aos fenômenos celulares.
Identificar, por meio de esquemas, os diferentes organelas citoplasmáticos.
Identificar as funções das organelas citoplasmáticas.
Relacionar os componentes do núcleo com o controle do metabolismo celular.
Diferenciar cromatina e cromossomo.
Relacionar a interfase, com suas subfases, ao comportamento do material genético.
Identificar a importância da mitose e meiose.
Aula Expositiva
Através da participação do aluno
Na resolução de exercícios
Freqüência
Participação nos debates
Teste
Prova
Lista de exercícios

Planejamento de Biologia 2º ano autor Antonio Carlos carneiro Barroso


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
Professor Antonio Carlos Carneiro Barroso
Turno
Série 2º ano
Ano
Unidade
Bibliografia
Biologia José Luiz Soares
FTD
Planejamento
Anual
2016

Conteúdos
Objetivos
Metodologias
Avaliação
Classificação e
diversidade dos
seres vivos.
2. Vírus e viroses.
3. Reino Monera:
Seres procariontes.
4. Reino Protoctista:
algas e
protozoários
5. Reino Fungi
Reino Plantae
- Classificação e
critérios
taxonômicos
- Processo de
conquista do meio
terrestre
- Criptógamos
o Briófitas
�� Estrutura
�� Historia natural
�� Ciclo
reprodutivo
o Pteridófitas
�� Estrutura
�� Historia natural
�� Ciclo
Reprodutivo
Gimnospermas
�� Estrutura
�� Historia natural
�� Ciclo reprodutivo
�� Coníferas
�� Representantes
o Angiospermas
�� Estrutura
�� Historia natural
�� Ciclo reprodutivo
�� Monocotiledôneas
�� Dicotiledôneas
Morfologia
�� Anatomia
�� Histologia
�� Fisiologia
�� Plantas medicinais
Reino Animalia
- Classificação e critérios
taxonômicos
- Arvore filogenética
o Filo Porifera
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
Filo Cnidaria
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Principais Classes:
Hidrozoários,
Cifozoários,
Antozoários
o Filo Platyhelminthes
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Esquistossomose
�� Teníase
o Filo Nemathelminthes
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Ascaridíase
�� Ancilostomose
�� Elefantíase
Filo Mollusca
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Principais Classes:
Gastrópodes, Bivalves,
Cefalópodes
o Filo Annelida
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Principais Classes:
Oligoquetos, Poliquetos,
Hirudíneos
o Filo Arthropoda
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Principais Classes: Insetos,
Crustáceos, Aracnídeos,
Quilópodes, Diplópodes
o Filo Echinodermata
�� Características gerais
�� Fisiologia
�� Aplicabilidades
�� Principais classes
Sistema Nervoso
- Central
- Periférico
- Autônomo
Drogas
- Conceito de saúde
- Dependência
- Tolerância
- Síndrome de abstinência
- Aspectos psicossociais
- Legislação penal
- Drogas depressoras
- Drogas estimulantes
Justificar e explicar as regras que regem a nomenclatura dos nomes científicos.
Conceituar as características taxonômicas e enumerar os cinco reinos da natureza
correlacionando-os ao processo evolutivo dos seres vivos.
Conceituar vírus e explicar por que, ainda hoje, não foram classificados num dos cinco
reinos.
Diferenciar e demonstrar, esquematicamente, a estrutura viral.
Identificar e exemplificar os vírus patogênicos para o homem.
Conceituar, classificar, descrever e justificar a estrutura e as características destes
organismos.
Reconhecer e exemplificar as bactérias patogênicas e úteis para o homem.
Descrever como ocorre o processo de resistência destes organismos em relação aos
antibióticos, associando com a automedicação.
Conceitua, classificar, descrever, identificar e justificar a estrutura e as características
destes dos protozoários, algas uni e pluricelulares
Reconhecer e enumerar as protozooses humanas, seu modo de transmissão e profilaxia.
Reconhecer e informar a importância econômica das algas.
Identificar e relacionar as características evolutivas dos seres vivos pertencentes ao reino
Protista
Desenvolver a importância do aprendizado das estruturas das plantas.
Formar o pensamento evolutivo no aluno através do processo de saída das plantas da
água.
Compreender a taxonomia das plantas e os critérios sistemáticos.
Analisar as aquisições morfológicas de cada grupo de plantas.
Aprender a anatomia, histologia e fisiologia das angiospermas.
Estimular o aluno a conhecer as plantas medicinais e suas aplicabilidades.
Conhecer as principais plantas medicinais do Cerrado.
Compreender a taxonomia dos animais e os critérios sistemáticos.
Compreender a estrutura dos animais e correlacioná-la com a taxonomia do
grupo.
Observar as importâncias dos animais na vida humana.
Desenvolver a importância do aprendizado das estruturas dos animais.
Formar o pensamento evolutivo no aluno através do processo de aquisições
evolutivas e embriológicas dos animais.
Analisar as aquisições morfológicas de cada grupo de animais.
Aprender a anatomia, histologia e fisiologia dos diferentes filos de animais.
Estimular o aluno a conhecer as verminoses e sua implicabilidade social.
Entender a importância dos artrópodes na natureza e na vida humana.
Reconhecer os artrópodes vetores de doenças.
Identificar os invertebrados utilizados na alimentação humana e sua
importância econômica.
Conhecer os principais tipos de peixes e sua utilização pela espécie humana.
Entender o processo de saída dos vertebrados da água.
Observar a importância do estudo dos venenos de anfíbios e répteis.
Analisar as importâncias das aves na vida humana.
Encontrar-se na escala evolutiva dentro da classe dos mamíferos.
Compreender a variedade e estrutura dos diferentes tipos de tecidos.
Observar a importância dos tecidos na vida humana.
Estimular o aprendizado da reprodução do homem.
Aprender as diferentes fases da embriologia humana.
Estimular o aluno a conhecer as relações sociais da gravidez, parto e aborto.
Entender a relevância das doenças sexualmente transmissíveis.
Reconhecer e identificar as diferentes partes do sistema nervoso.
Conhecer os principais tipos de drogas e sua implicabilidade social
Aula Expositiva
Através da participação do aluno
Na resolução de exercícios
Freqüência
Participação nos debates
Teste
Prova
Lista de exercícios

sábado, 25 de abril de 2020

Funções da Linguagem e Comunicação

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com
         



Quando um poeta descreve a Lua, suas impressões se dispõem de maneira especial, conforme a subjetividade de suas sensações. Quando um cientista descreve o mesmo objeto, submete-o à interpretação informativa, impessoal e científica. Assim, a Lua, que para o poeta seria “uma inspiração romântica”, para o cientista é “o satélite natural da Terra”.
Dessa forma, temos as funções da linguagem que apontam o direcionamento da mensagem para um ou mais elementos do circuito da comunicação.
Qualquer produção discursiva, lingüística (oral ou escrita) ou extralingüística (pintura, música, fotografia, propaganda, cinema, teatro etc.) apresenta funções da linguagem.
1. Elementos da comunicação
Ao elaborarmos uma redação, precisamos ter em mente que estamos escrevendo para alguém. Enquanto a redação literária destina-se à publicação em jornal, livro ou revista, e seu público é geralmente heterogêneo, a redação para vestibular tem em vista selecionar os candidatos cuja habilidade discursiva toma-os aptos a ingressar na vida acadêmica.
Seja um texto literário ou escolar, a redação sempre apresenta alguém que o escreve, o emissor, e alguém que o lê, o receptor. O que o emissor escreve é a mensagem. O elemento que conduz o discurso para o receptor é o canal (no nosso caso, o canal é o papel). Os fatos, os objetos ou imagens, os juízos ou raciocínios que o emissor expõe ou sobre os quais discorre constituem o referente. A língua que o emissor utiliza (no nosso caso, obrigatoriamente, a língua portuguesa) constitui o código.
Assim, através de um canal, o emissor transmite ao receptor, em um código comum, uma mensagem, que se reporta a um contexto ou referente.
Nesse mecanismo, temos:
Num CONTEXTO,
o EMISSOR (codificador) elabora uma MENSAGEM,
através de um CÓDIGO,
veiculada por um CANAL
para um RECEPTOR (decodificador).

2. Funções da linguagem
A ênfase num elemento do circuito de comunicação determina a função de linguagem que lhe corresponde:
ELEMENTO
FUNÇÃO
contexto
referencial
emissor
emotiva
receptor
conativa
canal
fática
mensagem
poética
código
metalingüística
Cada um desses seis elementos determina uma função de linguagem. Raramente se encontram mensagens em que haja apenas uma; na maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia de funções em que predomina ora uma, ora outra. Observe este trecho:
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo com maior ou menor velocidade, mas com igual indiferença pelo que vão dizendo, enquanto lá fora a vida estoura não só em bombas como também em dádivas de toda natureza, inclusive a simples claridade da hora, vedada a você, que está de olho na maquininha. O mundo deixa de ser realidade quente para se reduzir a marginália, purê de palavras, reflexos no espelho (infiel) do dicionário.
(Carlos Drummond de Andrade)
No exemplo acima, predomina a função metalingüística (volta-se para a própria produção discursiva) e a poética (produz efeito estético através da linguagem metafórica); porém, menos evidentes, aparecem as funções referencial (evidencia o assunto) e emotiva (revela emoções do emissor).
A classificação das funções da linguagem depende das relações estabelecidas entre elas e os elementos do circuito da comunicação. Esquematicamente, temos:
Elementos da comunicação
Função referencial ou denotativa
Certamente a mais comum e mais usada no dia-adia, a função referencial ou informativa, também chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação sem qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há preocupação com estilo; sua intenção é unicamente informar. E a linguagem das redações escolares, principalmente das .dissertações, das narrações não- fictícias e das descrições objetivas. Caracteriza também o discurso científico, o jornalístico e a correspondência comercial. Exemplo:
Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de funcionários públicos, aposentados por regimes especiais, consomem mais recursos do que os quinze milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS. Enquanto a média dos benefícios aos aposentados do INSS é de 2,1 salários mínimos, nos regimes especiais tem gente que ganha mais de 100 salários mínimos.
(Programa Nacional de Desestatização)
Função emotiva ou expressiva
Quando há ênfase no emissor (lª pessoa) e na expressão direta de suas emoções e atitudes, temos a função emotiva, também chamada expressiva ou de exteriorização psíquica. Ela é lingüisticamente representada por interjeições, adjetivos, signos de pontuação (tais como exclamações, reticências) e agressão verbal (insultos, termos de baixo calão), que representam a marca subjetiva de quem fala. Exemplo:
Oh? como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias?

(Vinícius de Moraes)
Observe que em “Luís, você é mesmo um burro!”, a frase perde seu caráter informativo (já que Luís não é uma pessoa transformada em animal) e enfatiza o emotivo, pois revela o estado emocional do emissor..
As canções populares amorosas, as novelas e qualquer expressão artística que deixe transparecer o estado emocional do emissor também pertencem à função emotiva. Exemplos:
E aí me dá uma inveja dessa gente...
(Chico Buarque)
Não adianta nem tentar
Me esquecer
Durante muito tempo em sua vida
Eu vou viver

(Roberto Carlos & Erasmo Carlos)
Sinto que viver é inevitável. Posso na primavera ficar horas sentada fl1mando, apenas sendo. Ser às vezes sangra. Mas não há como não sangrar pois é no sangue que sinto a primavera. Dói. A primavera me dá coisas. Dá do que viver E sinto que um dia na primavera é que vou morrer De amor pungente e coração enfraquecido.
(Clarice Lispector)

Função conativa ou de apelo
A função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua expressão gramatical mais autêntica. Exemplos:
Antônio, venha cá!
Compre um e leve três.
Beba Coca-Cola.
Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente:
Mercedes-Benz.
Função fática
Se a ênfase está no canal, para checar sua recepção ou para manter a conexão entre os falantes, temos a função fática. Nas fórmulas ritualizadas da comunicação, os recursos fáticos são comuns. Exemplos:
Bom-dia!
Oi, tudo bem?
Ah, é!
Huin... hum...
Alô, quem fala?
Hã, o quê?
Observe os recursos fáticos que, embora característicos da linguagem oral, ganham expressividade na música:
Alô, alô marciano
Aqui quem fala é da Terra.

(Rita Lee & Roberto de Carvalho)
Blá, Blá, Blá, Blá, Blá
Blá, Blá, Blá, Blá
Ti, Ti, Ti, Ti, Ti,
Ti, Ti, Ti, Ti
Tá tudo muito bom, bom!
Tá tudo muito bem, bem!

(Evandro Mesquita)
Atente para o fato de que o uso excessivo dos recursos fáticos denota carência vocabular, já que des
titui a mensagem de carga semântica, mantendo apenas a comunicação, sem traduzir informação. Exemplo:
— Você gostou dos contos de Machado?
— Só, meu. Valeu.
Função metalingüística
A função metalingüística visa à tradução do código ou à elaboração do discurso, seja ele lingüístico (a escrita ou a oralidade), seja extralingüístico (música, cinema, pintura, gestualidade etc. — chamados códigos complexos). Assim, é a mensagem que fala de sua própria produção discursiva. Um livro convertido em filme apresenta um processo de metalinguagem, uma pintura que mostra o próprio artista executando a tela, um poema que fala do ato de escrever, um conto ou romance que discorre sobre a própria linguagem etc. são igualmente metalingüísticos. O dicionário é metalingüístico por excelência. Exemplos:
— Foi assim que sempre se fez. A literatura é a literatura, Seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.
(Graciliano Ramos)
Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.
(Carlos Drummond de Andrade)

A palavra é o homem mesmo, Estamos feitos de palavras. Elas são a única realidade ou, ao menos, o único testemunho de nossa realidade.

(Octávio Paz)
“Anuncie seu produto: a propaganda é a arma do negócio.” Nesse exemplo, temos a função metalingüística (a propaganda fala do ato de anunciar), a conativa (a expressão aliciante do verbo anunciar no imperativo) e a poética (na renovação de um clichê, conferindo-lhe um efeito especial).
Função poética
Quando a mensagem se volta para seu processo de estruturação, para os seus próprios constituintes, tendo em vista produzir um efeito estético, através de desvios da norma ou de combinatórias inovadoras da linguagem, temos a função poética, que pode ocorrer num texto em prosa ou em verso, ou ainda na fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura, enfim, em qualquer modalidade discursiva que apresente uma maneira especial de elaborar o código, de trabalhar a palavra. Exemplos:
Que não há forma de pensar ou crer
De imaginar sonhar ou de sentir
Nem rasgo de loucura
Que ouse pôr a alma humana frente a frente
Com isso que uma vez visto e sentido
Me mudou, qual ao universo o sol
Falhasse súbito, sem duração
No acabar..

(Fernando Pessoa)
Observe, entretanto, que o discurso desviatório necessita de um contexto para produzir sensação estética, como no poema abaixo, cujo nonsense é altamente poético no contexto de Alice no País das Maravilhas:
Pois então tu mataste o Jaguadarte!
Vem aos meus braços, homenino meu!
Oh dia fremular! Bravooh! Bravarte!
Ele se ria jubileu.
Era briluz. As lesmolisas touvas
Roldavam e relvian nos gramilvos.
Estavam mimsicais as pintalouvas
E os momirratos davam grilvos.

(Lewis Carrol, traduzido por Augusto de Campos.)
www.colaweb.com

Emprego do Hífen

Usa-se o hífen:

1. nas palavras compostas em que os elementos da composição têm acentuação própria e formam uma unidade significativa: guarda-roupa, beija-flor, bem-te-vi;

2. com a partícula denotativa eis seguida de pronome pessoal átono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a queda do s);

3. nos adjetivos compostos: surdo-mudo, afro-brasileiro, sino-luso-brasileiro;

4. nos vocábulos formados pelos sufixos Açu, guaçu e mirim, se o primeiro elemento terminar com uma vogal acentuada graficamente ou for anasalada: sabiá-açu, acará-guaçu, capim-açu;

5. em vocábulos formados pro prefixos que têm acentuação: pré-história, pós-operatório, pró-socialista;

6. com os prefixos do quadro abaixo (mas observe que haverá hífen diante de determinadas letras):

Prefixos
Diante de
Exemplos:
auto, contra, extra, intra, infra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra
vogal, h, r e s
auto-escola, contra-ordem, extra-oficial, intra-renal, infra-som, neo-republicano, proto-revolucionário, pseudo-revelação, semi-selvagem, supra-humano, ultra-som
ante, anti, arqui, sobre, hiper, inter, super
h, r e s
ante-histórico, anti-rábico, ante-sala, anti-higiênico, arqui-rabino, sobre-solar, hiper-sensível, inter-regional, super-homem, sub-raça
sub
b e r
sub-bosque, sub-região
circum, pan, mal
vogal e h
circum-adjacente, pan-americano, mal-educado, mal-humorado
ad, ab, sob
r
ad-renal, ab-rogar, sob-roda
além, aquém, recém, sem, sota, soto, vice, ex ( = anterioridade)
qualquer palavra
além-mar, aquém-mar, recém-casado, sem-terras, soto-capitão, ex-aluno

Observações:

a) Fugindo à regra, a palavra extraordinário escreve-se sem hífen.

b) Nos compostos com o prefixo bem, usa-se hífen quando o segundo elemento tem vida autônoma ou quando a pronúncia assim o exigir.

Exemplos: bem-vindo, bem-estar, bem-aventurado, etc.

c) O prefixo sobre apresenta algumas exceções.

Exemplos: sobressair, sobressalto, sobressalente, etc.

d) O prefixo co é seguido de hífen quando tem o sentido de "a par" ou "juntamente" e o segundo elemento tem vida autônoma.

Exemplos: co-aluno, co-autor, co-proprietário.

Existem, no entanto, inúmeras composições consagradas pelo uso em que não se usa o hífen.

Exemplos: coexistir, colateral, correlação, coabitar, coadjuvante, etc.

Autoria: Josiel Alves Moreira

Ortografia

Ao escreve UMA Palavra com som de s, de z, de x ou de j, DEVE-se procurar a Origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deverá escreve a palavra derivada.
Ç

1. escreve com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, Teve e os substantivos formados Pela posposição do -ção ao tema de Um verbo (Tema é o que sobra, Quand se retira a desinência de infinitivo - R - do verbo).

Portanto DEVE-se procurar a Origem da Palavra terminada em -ção. Por exemplo: Onde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por Issos, escrevemo-la com ç.

Exemplos:

* Erudito = erudição
* Exceto = exceção
* Setor = SEÇÃO
* Intuitivo = intuição
* Redator = redação
* Ereto = ereção
* Educar - r + ção = Educação
* Exportar - r + ção = Exportação
* Repartir - r + ção = repartição

2. escreve com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.

Exemplos:

* Manter = Manutenção
* Reter = retenção
* Parar = detenção
* Conter = contenção

3. escreve com ara os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.

Exemplos:

* Alcance = alcançar
* Lance = Láncara

S

1. escreve com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir

Exemplos:

* Pretender = pretensão
* Defender = defesa, defensivo
* Despender = despesas
* Compreender = compreensão
* Fundir = Fusão
* Expandir = expansão

2. escreve com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.

Exemplos:

* Perverter = perversão
* Converter = conversão
* Reverter = reversão
* Divertir = diversão
* Aspergir = aspersão
* Imergir = imersão

3. escreve -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr.

Exemplos:

* Expelir = expulsão
* Impelir = impulso
* Compelir = compulsório
* Concorrer = concurso
* Discorrer = discurso
* Percorrer = percurso

4. escreve com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de alegria.

Exemplos:

* Gostosa
* Glamorosa
* Saboroso
* Horroroso

5. escreve com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -esse, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize.

Exemplos:

* Fase
* Crase
* Tese
* Osmose

6. escreve com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.

Exemplos:

* Poetisa
* Profetisa
* Heloísa
* Marisa

7. escreve com -s- toda a conjugação dos verbos por, querer e usar.

Exemplos:

* Eu pus
* Ele quis
* Nós usamos
* Eles quiseram
* Quand nós quisermos
* Se eles usassem

C ou S?

Após ditongo, escreve com -ç-, Quand houver som de s, e escreve com -s-, Quand houver som de z.

Exemplos:

* Eleição
* Traição
* Neusa
* Coisa

S ou Z?

1.-a) escreve com -s- as palavras terminadas em És e essa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios.

Exemplos:

* Português
* Norueguesa
* Marquês
* Duquesa
* Inês
* Teresa

1.-B) escreve com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou sejas, palavras que indicam a existência de umha Qualidade.

Exemplos:

* Embriaguez
* Limpeza
* Lucidez
* Nobreza
* Acidez
* Pobreza

2.-a) escreve com -s- os verbos terminados em -isar, Quand a palavra primitiva Já possuir o -s-.

Exemplos:

* Análise = analisar
* Busca = pesquisar
* Paralisia = paralisar

2.-B) escreve com -z- os verbos terminados em -izar, Quand a palavra primitiva Não possuir -s-.

Exemplos:

* Economia = economizar
* Terror = aterrorizar
* Frágil = fragilizar

Cuidado:

* Catequese = catequizar
* Síntese = sintetizar
* Hipnose = hipnotizar
* Batismo = batizar

3.-a) escreve com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, Quand a palavra primitiva Já possuir o -s- no final do radical.

Exemplos:

* Casinha
* Asinha
* Portuguesinho
* Camponesinha
* Teresinha
* Inesita

3.-B) escreve com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, Quand a palavra primitiva Não possuir -s- no final do radical.

Exemplos:

* Mulherzinha
* Arvorezinha
* Alemãozinho
* Aviãozinho
* Pincelzinho
* Corzinha

SS

1. escreve com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.

Exemplos:

* Anteceder = antecessor
* Ultrapassar = excesso
* Conceder = concessão

2. escreve com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.

Exemplos:

* Imprimir = impressão
* Comprimir = compressa
* Deprimir = depressivo

3. escreve com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.

Exemplos:

* Agredir = agressão
* Progredir = progresso
* Transgredir = transgressor

4. escreve com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter.

Exemplos:

* Comprometer = compromisso
* Intrometer = intromissão
* Prometer = promessa
* Remeter = remessa

CS ou SS
Em relaçao ao verbos terminados em -tir, teremos:

1. escreve com -ção, ​​se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.

Exemplo:

* Curtir - r + ção = curtição

2. escreve com -são, Quand, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante.

Exemplo:

* Divertir - tir + São = diversão

3. escreve com -ssão, Quand, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.

Exemplo:

* Discutir - tir & ssão = discussão

J

1. escreve com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.

Exemplos:

* Trajar = traje, eu trajei.
* Encorajar = que eles encorajem
* Viajar = que eles viajem

3. escreve com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.

Exemplos:

* Loja = lojista
* Gorja = gorjeta
* Canja = canjica

4. escreve com -j- as palavras de Origem tupi, africana ou popular.

Exemplos:

* Jeca
* Jibóia
* Jiló
* Pajé

G

1. escreve com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.

Exemplos:

* Pedágio
* Colégio
* Sacrilégio
* Prestígio
* Relogio
* Refugio

2. escreve com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem ea conjugação dos verbos terminados em -jar.

Exemplos:

* A Viagem
* A coragem
* A personagem
* A vernissagem
* A ferrugem
* A penugem

X

1. escreve com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha.

Exemplos:

* Mexilhão
* Mexer
* Mexerico
* México
* Mexerico
* Mexido

2. escreve com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da Palavra Enchovas.

Exemplos:

* Enxada
* Enxerto
* Enxerido
* Enxurrada

mas:

* Cheias = encher, enchente
* Poça = encharcar
* Chiqueiro = enchiqueirar

3. escreve -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.

Exemplos:

* Ameixa
* Deixar
* Queixa
* Feixe
* Peixe
* Gueixa

UIR e Oer

Os verbos terminados em -uir e -oer terá as 2ª e 3ª Pessoas do singular do presente do indicativo escritas com -i-.

Exemplos:

* Sua possue
* Ele possuia
* Tu constróis
* Ele constroi
* Sua Moisés
* Ele mói
* Sua Rois
* Ele rói

UAR e OAR

Os verbos terminados em -uar e -oar terá todas as Pessoas do presente do subjuntivo escritas com -e-.

Exemplos:

* O que eu efetue
* Que tu efetues
* O que ele atenua
* O que nós atenua
* O que você entoeis
* O que eles entoem
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