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sábado, 7 de dezembro de 2019

Regiões do Brasil


O IBGE é o órgão responsável pela regionalização do Brasil
Com extensão territorial de 8.514.876,60 quilômetros quarados, o Brasil é o quinto maior país do mundo. Essa grande área está fragmentada em cinco Regiões, estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O critério utilizado para a regionalização do país é agrupar em uma mesma Região os estados que apresentam semelhanças físicas, humanas, culturais e econômicas, facilitando, assim, o desenvolvimento de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, infraestrutura, etc.
Após várias divisões regionais do território brasileiro, a atual está em vigor desde 1970. No entanto, em 1988, outra alteração ocorreu, pois o norte do estado de Goiás se tornou Tocantins, que passou a integrar a Região Norte. Sendo assim, as cinco Regiões do país e seus respectivos estados são:

Regionalização do Brasil
Região Centro-Oeste:
Área: 1.606.371,5 km².
Estados: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.
População: 14.050.340 habitantes.
Região Nordeste:
Área: 1.554.257,0 km².
Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.
População: 53.078.137 habitantes.
Região Norte:
Área: 3.853.327,2 km².
Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
População: 15.865.678 habitantes.
Região Sudeste:
Área: 924.511,3 km².
Estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
População: 80.353.724 habitantes.
Região Sul:
Área: 576.409,6 km².
Estados: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
População: 27.384.815 habitantes.
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Região Sul


Estados que compõem a Região Sul
Composta pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Região Sul do Brasil possui extensão territorial de 576.409,6 quilômetros quadrados, sendo a menor do país. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total dessa Região é de 27.384.815 habitantes, cuja densidade demográfica é de 48,5 habitantes por quilômetro quadrado. Esses números fazem do Sul a terceira Região mais populosa (população total) e a segunda mais povoada do Brasil (relação população/área).

A diversidade étnica dessa região é muito grande. Esse território era ocupado por índios, e os fluxos migratórios de europeus se iniciaram no fim do século XIX (espanhóis, portugueses, poloneses, italianos, alemães, entre outros), além dos negros trazidos para o trabalho escravo, formando, portanto, uma população com significativa diversidade étnica. Posteriormente, os estados sulistas receberem migrantes do Paraguai, Japão e de outras unidades federativas do Brasil.

O clima foi um dos fatores que influenciou na instalação de europeus na Região Sul. O clima predominante é o temperado, responsável pelas temperaturas mais baixas registradas no Brasil durante o inverno. A única exceção é o norte do Paraná, onde se faz presente o clima tropical. A vegetação, por sua vez, sofre influência direta da temperatura, variando conforme cada região: nos locais mais frios predominam as matas de araucária e nos pampas, os campos de gramíneas.

Mata de Araucária na Região Sul
No aspecto econômico, os estados da Região Sul contribuem com 16,1% para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Sua economia tem no setor de serviços a principal atividade, responsável pela maior parte das riquezas dos estados sulistas. A indústria baseia-se nos seguimentos metalúrgico, automobilístico e têxtil.

A agricultura é outro elemento de grande destaque na economia da Região Sul. Os estados dessa Região são responsáveis por quase metade de toda a produção brasileira de grãos, com destaque para o Rio Grande do Sul. Entre os principais produtos agrícolas estão: soja, milho, arroz, feijão, trigo, tabaco, alho e cebola.
O Paraná é o estado brasileiro que possui a maior criação de suínos. O rebanho bovino do Sul corresponde a, aproximadamente, 18% do rebanho nacional.

Com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,830, a Região Sul apresenta os melhores indicadores sociais do país. A taxa de mortalidade infantil, 15,6 a cada mil nascidos vivos, é a menor do país. A taxa de analfabetismo (5,5%) também é a menor entre as Regiões brasileiras; os serviços de saneamento ambiental são proporcionados à maioria das residências. Todos esses aspectos refletem na alta expectativa de vida dos sulistas: 75 anos, a média nacional é de 73 anos.

Dados dos estados sulistas:

Paraná:

Capital: Curitiba
Área: 199.316,694 km²
População: 10.439.601 habitantes
População Urbana: 85,3%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 0,820.

Santa Catarina:

Capital: Florianópolis
Área: 95.703,487 km²
População: 6.249.682 habitantes
População Urbana: 84%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,840.

Rio Grande do Sul:

Capital: Porto Alegre
Área: 268.781,896 km²
População: 10.187.798 habitantes
População Urbana: 85%
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,832.
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sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Mato Grosso



Bandeira de Mato Grosso
Significado da bandeira: o azul representa o céu; o branco, a paz; e o verde, a extensão territorial. A estrela amarela simboliza o ideal republicano e as riquezas minerais do estado de Mato Grosso.
Situado na Região Centro-Oeste do Brasil, o território de Mato Grosso limita-se a noroeste com o Amazonas, ao norte com o Pará, a nordeste com Tocantins, a leste com Goiás, ao sul com Mato Grosso do Sul e a oeste com Rondônia e com a Bolívia.
Mato Grosso é o terceiro maior estado brasileiro em extensão territorial, ocupando uma área de 903.357, 908 quilômetros quadrados, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, essa unidade federativa do país já foi maior, pois Mato Grosso e Mato Grosso do Sul formavam apenas um estado. A divisão ocorreu em 1977, quando o governo federal decretou a fragmentação territorial, alegando dificuldade em promover o desenvolvimento econômico diante da grande extensão.
De acordo com contagem populacional realizada em 2010, o estado é habitado por 3.033.991 pessoas, sendo a densidade demográfica (população relativa) de 3,3 habitantes por quilômetro quadrado – esse é o estado menos povoado do Centro-Oeste. A maioria da população reside em áreas urbanas (82%). Cuiabá, capital estadual, é a cidade mais populosa: 551.350 habitantes.

Localização de Mato Grosso no mapa do Brasil
O relevo de Mato Grosso é caracterizado por apresentar um conjunto de grandes chapadas e áreas de planícies pantaneiras, que ficam inundadas em períodos chuvosos. Com clima tropical, as vegetações predominantes são cerrado, pantanal e floresta Amazônica. O estado possui grande rede hidrográfica, com destaque para os rios Araguaia, Cuiabá, Paraguai, São Lourenço, Teles Pires e Xingu.

A economia é extremamente dependente da atividade agropecuária, que responde por 28,1% do Produto Interno Bruto (PIB) mato-grossense. O estado é grande produtor e exportador de soja, milho e algodão, além de possuir um dos maiores rebanhos bovinos do país. A agropecuária também impulsiona o setor de serviços e a indústria, que se destaca no segmento alimentício.
Mato Grosso, apesar do desenvolvimento econômico obtido nas últimas décadas, apresenta problemas socioeconômicos. A taxa de mortalidade infantil é de aproximadamente 20 para cada mil nascidos vivos; existe um grande déficit de saneamento ambiental; o índice de analfabetismo é de 9,6%.
Confira nossos artigos sobre Mato Grosso e conheça mais sobre essa unidade federativa do Brasil.
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Maranhão


Bandeira do Maranhão
Significado da bandeira: as cores vermelha, branca e preta representam, respectivamente, os índios, os brancos e os negros. A estrela branca sobre o fundo azul simboliza o estado do Maranhão no céu do Brasil.
Com área de 331,9 mil quilômetros quadrados, o Maranhão é o segundo maior estado da Região Nordeste. Seu território, banhado ao norte pelo Oceano Atlântico, faz fronteiras ao leste com o Piauí, a sudoeste com o Pará e ao norte e noroeste com o Tocantins.
De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão é habitado por 6.569.683 de pessoas, que estão distribuídas em 217 municípios; a capital estadual é a cidade de São Luís. Assim como nos outros estados do país, a maioria dos maranhenses reside em áreas urbanas (63,1%).

Localização do Maranhão no mapa do Brasil
Com predominância de clima equatorial na porção oeste, e tropical no leste do território, a vegetação estadual é bastante diversificada, apresentando áreas de Floresta Amazônica, mata dos cocais, cerrado, campos e mangues. O relevo é caracterizado por planícies litorâneas e planalto. A hidrografia é composta pelos rios Gurupi, das Balsas, Itapecuru, Parnaíba, Tocantins, entre outros.
Com relação aos aspectos econômicos, o Maranhão tem na agropecuária uma importante fonte de receitas financeiras. O estado é grande produtor de cana-de-açúcar, soja, arroz, milho, mandioca, etc. A indústria atua nos segmentos alimentício, metalúrgico, químico, madeireiro, entre outros. A extração de minério de ferro e o turismo também contribuem para a economia.
Entre os problemas sociais estão o déficit nos serviços de saneamento ambiental, a alta taxa de mortalidade infantil (38 para cada mil nascidos vivos) e o elevado índice de analfabetismo: 19,5%.
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Savanas


Paisagem constituída por Savana (África).
Existe um grande número de paisagens naturais no mundo, as características da vegetação, por exemplo, é resultado das composições climáticas. Savana é nome dado a um tipo de cobertura vegetal constituída, em geral, por gramíneas e árvores esparsas. A topografia geralmente é plana com clima tropical, apresentando duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. As Savanas ocorrem, principalmente, na zona intertropical do planeta, por esse motivo recebe uma enorme quantidade de luz solar.


A espécie de savana mais conhecida é a africana, no entanto, há outras: savanas tropicais (africana), savanas subtropicais, savanas temperadas, savanas mediterrâneas, savanas pantanosas e savanas montanhosas.

As savanas do tipo tropical e subtropical são encontras em todos os continentes, apresentando duas estações bem definidas (uma quente e outra chuvosa). Os solos dessas áreas são relativamente férteis, neles se fixam gramíneas, geralmente desprovidas de árvores. A África possui savanas com esses aspectos, com destaque para as do Serengueti.

Savana
Savanas temperadas são identificadas em médias latitudes e em todos os continentes, são influenciadas pelo clima temperado, cujo verão é relativamente úmido e o inverno seco. A vegetação é constituída por gramíneas.

Savanas mediterrâneas são vegetações que ocorrem em regiões de clima mediterrâneo. Nessas áreas o solo é pobre, germinando sobre a superfície arbustos e árvores de pequeno porte, essa composição corre sério risco de extinguir diante da constante intervenção humana, principalmente pela extração de lenha, criação de animais, agricultura, urbanização e etc.

Savanas pantanosas são composições vegetativas que ocorrem tanto em regiões de clima tropical como subtropical dos cinco continentes. Esse tipo de savana sofre inundações periódicas.

Savanas montanhosas é um tipo de vegetação que ocorre fundamentalmente em zonas alpinas e subalpinas em distintos lugares do globo, em razão do isolamento geográfico, abriga espécies endêmicas.
Por Eduardo de Freitas

Distrito Federal


Bandeira do Distrito Federal
Significado da bandeira: as cores branca e verde representam, respectivamente, a paz e as matas da região. A Cruz de Brasília, ao centro, simboliza a herança indígena e a força que emana do centro para todas as direções.
Localizado numa porção de área que pertencia à Goiás, o Distrito Federal integra a Região Centro-Oeste do Brasil. A capital, Brasília, é sede do Poder Executivo Federal e do Poder Legislativo Federal, além de abrigar as mais altas cortes do país, como, por exemplo, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total dessa unidade federativa é de 2.562.963 habitantes, sendo a densidade demográfica de 442,8 habitantes por quilômetro quadrado. O Distrito Federal possui apenas uma cidade (Brasília), no entanto, existem 25 cidades-satélites.

Localização do Distrito Federal no mapa do Brasil
A área ocupada é de 5.787,784 quilômetros quadrados. O relevo é caracterizado por planalto e o principal bioma é o cerrado; o clima predominante é o tropical, com duas estações bem definidas (inverno seco e verão chuvoso). Entre os rios que compõem a rede hidrográfica estão o Descoberto, Paranoá, Preto e São Bartolomeu.
A economia do Distrito Federal tem como principal responsável pelo Produto Interno Bruto (PIB) o setor de serviços. A indústria atua nos segmentos de alimento, informática, produtos minerais e gráficos. Outra atividade de grande relevância é o turismo.
Com relação aos aspectos econômicos, o Distrito Federal se destaca por apresentar o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, porém, é importante ressaltar que existe uma grande desigualdade socioeconômica entre os habitantes. Outro aspecto negativo é a expansão urbana de forma desordenada.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A Tarifa Alves Branco


A Tarifa Alves Branco estimulou a atividade industrial no Brasil Império.
No começo do império, observamos que os custos com o reconhecimento da independência do Brasil geraram grandes dívidas. Passando ao período regencial, percebemos que as diversas revoltas daquela época contribuíram ainda mais para que a situação econômica do império se agravasse. Sendo assim, quando D. Pedro II finalmente chegou ao poder, os cofres brasileiros sofriam com o desgaste acumulado por toda essa agitação política.
Procurando contornar essa crise financeira, o ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, decidiu propor uma lei que elevasse as taxas alfandegárias do país. Até então, desde os tratados de 1810, o país praticava uma discreta taxa de 15% sob os produtos importados. Ao longo do tempo, essa alíquota permitiu que um grande volume de mercadorias, principalmente da Inglaterra, dominassem uma gorda fatia de nossas atividades comerciais.
Segundo a proposta do ministro, a nova tarifa estipulava que os produtos importados que não tivessem equivalente no país sofreriam uma taxação de 30% sob o valor do produto. Os produtos que tivessem concorrentes semelhantes ou iguais viriam a sofrer uma cobrança que poderia variar entre 30% e 60% do valor da mercadoria. De tal modo, a chamada Tarifa Alves Branco tinha como objetivo ampliar arrecadação do governo imperial por meio dessa nova política tarifária.
Com o passar do tempo, essa tarifa não só ajudou a melhorar a situação de nossos cofres públicos. O aumento da tarifa acabou incentivando a expansão de setores da indústria nacional que então tinham melhores condições de competir com os produtos importados. Mesmo não sendo uma situação capaz de amadurecer a industrialização no Brasil, acabou tendo uma relativa contribuição para que esse setor da economia nacional vivesse um período de euforia.
Assim que foi aprovada tal cobrança, os ingleses manifestaram seu repúdio à ação promovendo a aprovação da Lei Bill Aberdeen. De acordo com este decreto, os navios da Marinha Inglesa passavam a ter o direito de prender os navios negreiros que circulassem pelas águas do Atlântico. Tal ação acabou prejudicando a demanda dos produtores agrícolas que exploravam a mão de obra escrava.
Por Rainer Sousa
Mestre em História

Economia Cafeeira


O café reorganizou o cenário econômico brasileiro do século XIX e XX.
A história da economia durante o Segundo Reinado perpassa inevitavelmente pelo processo de expansão de um novo gênero agrícola: o café. Desde os meados do século XVIII esse produto era considerado uma especiaria entre os consumidores europeus. Ao longo desse período, o seu consumo ganhou proporções cada vez mais consideráveis. De acordo com alguns estudiosos, essa planta chegou ao Brasil pela Guiana Francesa nas mãos do tenente-coronel Francisco de Melo Palheta.

Na segunda metade do século XVIII, por volta de 1760, foram registrados os primeiros relatos noticiando a formação de plantações na cidade do Rio de Janeiro. Na região da Baixada Fluminense as melhores condições de plantio foram encontradas ao longo de uma série de pântanos e brejos ali encontrados. No final desse mesmo século, as regiões cariocas da Tijuca, do Corcovado e do morro da Gávea estavam completamente tomadas pelas plantações de café.

O pioneirismo das plantações cariocas alcançou toda a região do Vale do Paraíba, sendo o principal espaço de produção até a década de 1870. Reproduzindo a mesma dinâmica produtiva do período colonial, essas plantações foram sustentadas por meio de latifúndios monocultores dominados pela mão-de-obra escrava. As propriedades contavam com uma pequena roça de gêneros alimentícios destinados ao consumo interno, sendo as demais terras inteiramente voltadas para a produção do café.

A produção fluminense, dependente de uma exploração sistemática das terras, logo começaria a sentir seus primeiros sinais de crise. Ao mesmo tempo, a proibição do tráfico de escravos, em 1850, inviabilizou os moldes produtivos que inauguraram a produção cafeeira do Brasil. No entanto, nesse meio tempo, a região do Oeste Paulista ofereceu condições para que a produção do café continuasse a crescer significativamente.

Os cafeicultores paulistas deram uma outra dinâmica à produção do café incorporando diferentes parcelas da economia capitalista. A mentalidade fortemente empresarial desses fazendeiros introduziu novas tecnologias e formas de plantio favoráveis a uma nova expansão cafeeira. Muitos deles investiam no mercado de ações, dedicavam-se a atividades comerciais urbanas e na indústria. Para suprir a falta de escravos atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus e recorriam a empréstimos bancários para financiar as futuras plantações.

O curto espaço de tempo em que a produção cafeeira se estabeleceu foi suficiente para encerrar as constantes crises econômicas observadas desde o Primeiro Reinado. Depois de se fixar nos mercados da Europa, o café brasileiro também conquistou o paladar dos norte-americanos, fazendo com que os Estados Unidos se tornassem nosso principal mercado consumidor. Ao longo dessa trajetória de ascensão, o café, nos finais do século XIX, representou mais da metade dos ganhos com exportação.

A adoção da mão-de-obra assalariada, na principal atividade econômica do período, trouxe uma nova dinâmica à nossa economia interna. Ao mesmo tempo, o grande acúmulo de capitais obtido com a venda do café possibilitou o investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias...) e o nascimento de novos setores de investimento econômico no comércio e nas indústrias. Nesse sentido, o café contribuiu para o processo de urbanização do Brasil.

A predominância desse produto na economia nacional ainda apresenta resultados significativos no cenário econômico contemporâneo. Somente nas primeiras décadas do século XX que o café perdeu espaço para outros ramos da economia nacional. Mesmo assinalando um período de crescimento da nossa economia, o café concentrou um grande contingente de capitais, preservando os traços excessivamente agrários e excludentes da economia nacional.
Por Rainer Sousa
Mestre em História

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Os continentes


Os seis continentes terrestres
A Terra apresenta 149.440.850 quilômetros quadrados de áreas emersas, correspondendo a aproximadamente 29,1% da superfície total do planeta. Essas grandes extensões de terras são dividas em seis continentes: África, América, Antártica, Ásia, Europa e Oceania.
Porém, é importante elucidar que, há cerca de 400 milhões de anos, as porções emersas do planeta estavam reunidas em um único continente, denominado Pangeia. Esse grande continente se fragmentou há aproximadamente 60 milhões de anos em razão do movimento das placas tectônicas, formando os atuais seis continentes.
Os limites entre os continentes são estabelecidos principalmente por mares e oceanos. No entanto, os continentes europeu e asiático formam uma massa de terra, denominada Eurásia. As fronteiras entre eles são estabelecidas por meio dos Montes Urais, Rio Ural, Mar Cáspio, Montanhas do Cáucaso e pelo Mar Negro.
O estudo dos seis continentes é de fundamental importância para entendermos vários aspectos relacionados ao estudo da Geografia. A abordagem desse conteúdo proporciona subsídios para uma análise do atual cenário econômico global, organização social, desigualdade socioeconômica, disparidades entre os continentes, concentração populacional, elementos culturais, aspectos naturais do planeta, entre outros temas pertinentes.
Nesse sentido, disponibilizamos uma seção com artigos que abordam diversos assuntos sobre os seis continentes terrestres, na qual o leitor poderá se inteirar sobre as principais características de cada um deles.
Boa leitura!
Wagner de Cerqueira e Francisco

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Lei de Terras de 1850


A Lei de Terras retardou a formação de uma classe de pequenos e médios proprietários no Brasil.
A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos desse processo no momento em que o poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário político do século XIX.

Essa lei surgiu em uma época de intensas transformações sociais e políticas do Império. Naquele mesmo ano, duas semanas antes da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial criminalizou o tráfico negreiro no Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas duas leis estavam intimamente ligadas, pois o fim da importação de escravos seria substituído por ações que incentivavam a utilização da mão de obra assalariada dos imigrantes europeus.

A chegada desse novo contingente populacional, representava uma ameaça ao interesse econômico de muitos proprietários de terra. De fato, vários dos imigrantes europeus esperavam chegar ao Brasil para obterem terras onde poderiam praticar um tipo de agricultura contrário ao sistema monocultor e agroexportador estabelecido pela nossa classe proprietária de terras. Além disso, a extinção do regime de sesmarias, abolido em 1822, representava um risco à grande propriedade mediante a falta de uma nova lei agrária.

Antes da aprovação dessa lei, já em 1843, foi oferecida à Câmara de Deputados um primeiro projeto de lei onde se defendia uma política agrária semelhante à que foi criada para o processo de colonização australiano. Esse primeiro projeto liberava a compra de terras devolutas por meio de pagamento à vista e com altos valores, a criação de um imposto sob a propriedade das terras e o estabelecimento do registro e demarcação de todas as propriedades em um prazo de seis meses.

A proposta, que já assegurava boa parte dos interesses dos grandes proprietários, foi aprovada e enviada para o Senado. No ano de 1848, os senadores decidiram estabelecer algumas alterações que retiravam a cobrança do imposto e substituía as penas de desapropriação – mediante situação irregular – pelo pagamento de multas. Após a aprovação dessas correções, o Senado aprovou definitivamente a lei no ano de 1850.

Por meio desta, a terra se transformava em uma mercadoria de alto custo, acessível a uma pequena parte da população brasileira. Com isso, pessoas com condição financeira inferior – como ex-escravos, imigrantes e trabalhadores livres – tinham grandes dificuldades em obter um lote de terras. Paralelamente, apesar de regulamentar a propriedade agrária, a lei de terras não foi cumprida em boa parte das propriedades, legitimando o desmando e a ampliação de terras dos grandes proprietários.

Apesar de ter sido criada em um momento completamente distinto das nossas instituições políticas e condições sócio-econômicas, a Lei de Terras de 1850 legalizou o penoso processo de concentração de terras que marcou a história brasileira. Ainda hoje, alguns movimentos populares tentam superar esse arcaico traço de nossa história ao defender uma reforma agrária capaz de facilitar o acesso às terras para aquelas famílias camponesas que almejam uma condição de vida mais digna.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Acre


Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com
     


Bandeira do Acre
Significado da bandeira: as riquezas minerais do estado são representadas pela cor amarela; a mata, pelo verde; e a estrela vermelha é uma homenagem aos brasileiros que lutaram contra os bolivianos na disputa pelo território do Acre.
Localizado na Região Norte do país, o Acre é o estado situado mais a oeste, abrigando um dos pontos extremos do Brasil, a Serra da Contamana, onde está a nascente do Rio Moa. O território estadual limita-se ao norte com o Amazonas, a leste com Rondônia, a sudeste com a Bolívia e ao sul e a oeste com o Peru.
Com clima equatorial quente e úmido, a vegetação predominante no Acre é a Floresta Amazônica. O relevo é marcado por depressão na maior parte e planície na porção norte. A rede hidrográfica é representada pelos rios Acre, Envira, Juruá, Laco, Purus, Tarauacá.

Localização do Acre no mapa do Brasil
A extensão territorial é de 164.122,280 quilômetros quadrados e, conforme dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Acre possui 732.793 habitantes, sendo a densidade demográfica de 4,4 habitantes por quilômetro quadrado. A maioria da população reside em áreas urbanas (72,6%); e Rio Branco, capital estadual, abriga 335.796 pessoas.
A economia estadual tem no extrativismo vegetal uma importante fonte de receitas financeiras, com destaque para a exploração de madeira, látex e castanhas. A agricultura baseia-se nos cultivos de mandioca, arroz, feijão, milho e cana-de-açúcar. O setor industrial atua principalmente no segmento alimentício e madeireiro. Apesar do crescimento econômico, o Acre ainda apresenta grandes problemas sociais: déficit nos serviços de saneamento ambiental, alta taxa de mortalidade infantil, entre outros.
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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Mata Hari

Mata Hari

Rainer Sousa


Mata Hari: uma vítima de suas paixões e de seu espírito libertário.
Caso perguntássemos quem foi Margareth Geertruida Zelle McLeod, pouquíssimas pessoas poderiam saber de quem se trata. Margareth teve uma vida aventurosa que lhe concedeu a oportunidade de ser bailarina e uma espiã de pouco sucesso. Sua falta de sorte acabou lhe rendendo uma condenação ao fuzilamento como uma agente dupla das forças francesas. A sua fama e audácia nunca foram atribuídas ao seu nome real, pois seus feitos estariam encobertos sobre o nome de Mata Hari.

Nascida na região norte da Holanda, Margaretha nasceu do enlace matrimonial entre o chapeleiro Adam Zelle e de Antje van der Meulen. A beleza da mãe, que possuía origem asiática, veio ao encontro do espírito audacioso do pai na formação dos trejeitos e do caráter desta jovem holandesa. Sua infância foi palco da falência da família que logo ruiu com as dificuldades financeiras. No ano de 1891, ao completar 15 anos, Margaretha sofreu com a perda da mãe.

O pai mudou-se para Amsterdã onde resolveu constituir uma outra família. Sem ter maiores opções, a jovem resolveu completar seus estudos na cidade de Leyden, onde morava com um casal de tios. As formas que faltavam ao seu corpo eram compensadas com um rosto enigmático encoberto por cabelos negros e lábios de sinuoso desenho. A sua feição exótica lhe rendeu, aos 19 anos de idade, um casamento com o militar Rudolph McLeod.

O marido era funcionário da Companhia das Índias Orientais, o que a obrigou a viver com a família na Indonésia. O tempo passado no Oriente lhe rendeu um curioso contato com os costumes e tradições do povo malaio. O casamento não foi bem sucedido graças ao alcoolismo e à violência do marido. No início do novo século, Margaretha perdeu um dos filhos devido à ação criminosa de uma babá que vivia um caso amoroso com Rudolph. O episódio foi a gota d’água para que os dois se separassem.

Durante o processo de separação, ocorrido na Europa, Margaretha conseguiu a guarda do seu filho remanescente. Inconformado, seu ex-marido seqüestrou o único filho trazendo enorme desgosto para Margaretha. Desolada, foi tentar a vida em Paris como modelo de artistas, posando nua para diversos pintores. Cansada dos baixos ordenados e da vida à mingua, decidiu voltar para a Holanda. Em sua terra natal conheceu o barão Henri de Marguerie, de quem se tornou amante.

Em 1904, resolveu retornar à capital francesa à custa de seu amante. Percebendo como o exotismo das culturas orientais fazia enorme fama em solo parisiense, Margaretha decidiu tornar-se dançarina. A sua primeira performance, cercada de intensa sensualidade, abriu portas para que pudesse continuar suas apresentações. Seguindo uma tendência da época, resolveu adotar um nome artístico. Inspirada pelos anos vividos na Indonésia, Margaretha decidiu se transformar em Mata Hari.

Suas primeiras apresentações foram realizadas no Museu Guimet, onde junto de outras dançarinas, utilizava trajes indianos que eram retirados ao longo de sua curiosa performance. A sensualidade de sua dança a transformou em uma celebridade prestigiada pelas mais influentes autoridades européias. Entre 1910 e 1911, deixou o glamour para viver um romance com o banqueiro Félix Rousseau. A interrupção na carreira lhe trouxe um enorme prejuízo.

O retorno ao anonimato lhe motivou a mudar-se para Berlim à procura de uma nova oportunidade como dançarina. No entanto, o ano era 1914 e a deflagração da Primeira Guerra Mundial fizeram seus planos caírem por terra. Sem maiores chances, procurou retornar a Paris tomando um trem. Durante o trajeto, foi obrigada a voltar para a Holanda devido à falta de documentos que comprovassem sua verdadeira nacionalidade.

No ano de 1916, ela tentou retornar para Paris tomando um trem em Londres. A sua ida foi mais uma vez impedida graça à denúncia do serviço de espionagem italiano, que levantou suspeita sobre sua relação com as tropas alemãs. A partir disso, Mata Hari seria sistematicamente perseguida pelo serviço de espionagem britânico. Pouco tempo depois, ela realmente teve condições de retornar à capital francesa.

Naquele tempo sua vida foi marcada por dois episódios. O primeiro foi seu envolvimento amoroso com o oficial russo Vladimir de Masloff, um dos seus mais duradouros “affairs”. O segundo foram as investigações das autoridades francesas e britânicas que continuavam a suspeitar das atividades da jovem de vida aventureira. Nesse mesmo período, seu amante russo foi alvejado com um tiro no olho, que o obrigou a buscar tratamento em um Hospital Militar a 300 quilômetros de Paris.

Para visitar o amante, Mata Hari tinha que obter uma autorização especial das autoridades francesas, que já a tinham como espiã. Por causa disso, o capitão Georges Ladoux disse à dançarina que poderia ver o amante caso prestasse serviços de espionagem para a França. Enviada à Espanha para obter informações, Mata Hari hospedou-se no Hotel Ritz, onde se envolveu com o capitão alemão Hauptmann Kalle.

Nesse meio tempo, tiveram um caso misturando com informações falsas sobre as pretensões dos exércitos franceses e alemães. A falta de habilidade como espiã acabou sendo descoberta quando o capitão Kalle enviou mensagens com as informações de Mata Hari. A França, que já entrava em desespero com as derrotas militares, não suportou ter perdido tempo e dinheiro com uma espiã incompetente. Por isso, no seu retorno à França, Mata Hari foi presa em Saint-Lazare.

O clima derrotista francês a transformou em verdadeiro bode expiatório. Os interrogatórios nunca chegaram a demonstrar se Mata Hari realmente teve a capacidade de fornecer valiosas informações para franceses ou alemães. Durante seu julgamento, não foi provado nenhum ato criminoso e seus autos registravam que a ingênua holandesa seria uma das maiores espiãs do século. Por fim, sua condenação por espionagem acabou sustentada pelo espírito de uma mulher livre e suas paixões.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Sergipe


Bandeira de Sergipe
Significado da bandeira: as cores representam a integração do estado ao Brasil. As cinco estrelas brancas simbolizam os principais rios de Sergipe: São Francisco, Vaza-Barris, Sergipe, Cotinguiba e Poxim.
Com extensão territorial de aproximadamente 21,9 mil quilômetros quadrados, Sergipe é o menor estado brasileiro. Essa unidade federativa integra a Região Nordeste, e limita-se ao norte com Alagoas; e a oeste e ao sul com a Bahia; além de ser banhado a leste pelo Oceano Atlântico.
Conforme dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estadual é de 2.068.031 habitantes, sendo a densidade demográfica de 94,3 habitantes por quilômetro quadrado. São 75 municípios em Sergipe, cuja capital é a cidade de Aracaju.

Localização de Sergipe no mapa do Brasil
O clima varia conforme a localidade: tropical atlântico no litoral e semiárido no interior. A caatinga é o bioma predominante, mas também há áreas de floresta tropical e mangues. O relevo é caracterizado por depressão e planície litorânea. A hidrografia, como já dito, é composta pelos rios São Francisco, Vaza-Barris, Jarapatuba, Real, Sergipe, Cotinguiba, Poxim, entre outros.
Na economia, Sergipe teve a cana-de-açúcar como principal produto durante décadas. No entanto, a partir da década de 1990, houve um considerável processo de industrialização. A indústria atua na produção de alimentos, couro, petroquímico, mobiliário, etc. A agricultura baseia-se nos cultivos de mandioca, milho, feijão e cana-de-açúcar. O turismo também é uma importante fonte de capitação de recursos financeiros.
Com relação aos aspectos sociais, o estado apresenta uma alta taxa de mortalidade infantil – 31,4 óbitos a cada mil nascidos vivos. Outro problema é o analfabetismo, que atinge 16,3% dos habitantes.
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Pernambuco

Pernambuco


Bandeira de Pernambuco
Significado da bandeira: a cor azul representa o céu de Pernambuco; o branco, a paz. A cruz vermelha simboliza a fé na justiça e no entendimento; a estrela, o estado; o arco-íris, a união de todos os cidadãos pernambucanos; e o sol, a força e a energia do estado.
Pernambuco é um estado brasileiro que integra a Região Nordeste do país. Sua área, banhada a leste pelo Oceano Atlântico, limita-se com Alagoas, Bahia, Piauí, Ceará e Paraíba. O arquipélago de Fernando de Noronha, situado no Atlântico, também é um território pernambucano.
O estado possui extensão territorial de 98.146,315 quilômetros quadrados, sendo o relevo caracterizado por planície litorânea, planalto e depressões. Os climas predominantes são o tropical atlântico e o semiárido; a vegetação é marcada por áreas de caatinga, mangues e floresta tropical. Os principais rios que compõem a rede hidrográfica são o Capibaribe, Ipojuca, Pajeú e São Francisco.

Localização de Pernambuco no mapa do Brasil
De acordo com dados divulgados em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pernambuco, com 8.796.032 habitantes, é o segundo estado mais populoso do Nordeste, atrás somente da Bahia. Esse contingente populacional, cuja capital é recife, está distribuído em 185 municípios.
Na economia, Pernambuco tem no setor de serviços a principal fonte de receitas financeiras. As belezas naturais do estado e a excelente estrutura hoteleira atraem milhões de turistas anualmente. A agricultura baseia-se nos cultivos de cana-de-açúcar, mandioca, milho, feijão, frutas, etc. A indústria, por sua vez, está se diversificando, com destaque para os segmentos petroquímico, confecções e farmacêutico.
Apesar do constante desenvolvimento econômico, alguns problemas socioeconômicos não são solucionados. O estado detém uma das maiores taxas de mortalidade infantil do Brasil: 37,1 óbitos a cada mil nascidos vivos. O déficit nos serviços de saneamento ambiental também é preocupante.
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Bandeiras brasileiras

Bandeira da Ordem
de Cristo

(1332 - 1651)

A Ordem de Cristo patrocinou as grandes navegações portuguesas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira. A cruz de Cristo estava pintada nas velas da frota de Pedro Alvares Cabral. Os marcos traziam de um lado o escudo português e do outro a Cruz de Cristo. Esta bandeira foi usada de 1332 até 1651.
Era a bandeira de Portugal na época do descobrimento do Brasil. Em 1495, o rei dom Manuel decidiu sobrepor a Cruz de Cristo ao brasão real. As bandeiras dos reis eram sempre as oficiais do reino.
Bandeira Real
(1500 - 1521)

Bandeira de dom João 3
(1521 - 1616)

A bandeira desse rei, chamado de "Colonizador", tomou parte nas expedições exploradoras e colonizadoras, na instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e na posterior divisão do Brasil em dois governos, com a outra sede no Maranhão.
Dom João 3o morreu sem deixar herdeiros diretos. O próximo na linha de sucessão era Felipe 2o da Espanha, que criou em 1616 esta bandeira, para Portugal e suas colônias. Era a bandeira a época das invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica".
Bandeira do Domínio Espanhol
(1616 - 1640)

Bandeira da Restauração
(1640 - 1683)

Também conhecida como bandeira de dom João 4o; foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol. O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses do Brasil. A orla azul alia à idéia de pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a padroeira de Portugal, no ano de 1646.
Primeira bandeira criada para o Brasil. Dom João 4o conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil" e elevou a antiga colônia à condição de principado. O Brasil recebeu um emblema exclusivo, concedido pelo soberano: a esfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso país.
Bandeira do Principado
do Brasil

(1645 - 1816)

Bandeira de dom Pedro 2o, de Portugal
(1683 - 1706)
Esta bandeira presenciou o apogeu da epopéia bandeirante, que tanto contribuiu para nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo), que voltaria a surgir na bandeira imperial e foi conservado na bandeira atual, adotada pela República.
Em 1600 Portugal ganha sua primeira bandeira oficial – até então a bandeira oficial do reino era a do rei. Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado das três bandeiras já citadas: a bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a bandeira de dom Pedro 2o, de Portugal.
Bandeira Real Século 17
(1600 - 1700)
Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve
(1816-1821)
Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina, a Revolução Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas lideranças quanto à necessidade e à urgência de nossa emancipação política.
A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil.
Bandeira do Regime Constitucional
(1821- 1822)
Bandeira Imperial
do Brasil

(1822 - 1889)
Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822 e desenhada por Jean-Baptiste Debret era composta de um retângulo verde e um losango ouro, escolhidas por dom Pedro 1o, os ramos de café e tabaco indicados no decreto como "emblemas de sua riqueza comercial, representados na sua própria cor, e ligados na parte inferior pelo laço da nação". As 19 estrelas de prata correspondem às 19 províncias que o país tinha na época. Menos de quatro meses depois a coroa real que se sobrepunha ao brasão foi substituída por uma coroa imperial "a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído esse rico e vasto continente", afirmava o decreto de 1º de dezembro de 1822.
Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.Tinha 21 estrelas de prata e era uma variante da bandeira do Clube Republicano Lopes Trovão. Uma versão local da bandeira norte-americana. Bandeira provisória da República
(15 a 19 Nov 1889)
A bandeira brasileira,
criada em 19 de novembro de 1889.

Projetada por Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, nossa bandeira foi inspirada no pavilhão do Império. No lugar da coroa imperial, a esfera azul-celeste e a divisa positivista "Ordem e Progresso". Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro, com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 do dia 15 de novembro de 1889. Em 1992, uma lei alterou a bandeira para permitir que todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal fossem representados por estrelas.
Fonte: Academia Militar das Agulhas Negras
Arte: Lydia M.A.Olivier

sábado, 26 de outubro de 2019

Etnia Brasileira

Etnia Brasileira

Por Alunos Online


Brasil: um país com grande diversidade étnica
Etnia são grupos de pessoas que são definidas pelas suas origens e por seus traços físicos e culturais. Este termo é usado para substituir o termo raça que era usado de forma abusiva já que não existem raças de seres humanos e sim pessoas de características diferentes.
No Brasil existe uma diversidade de etnias já que as origens provêm da fusão de diferentes grupos étnicos.
Existem grupos classificados em:
Mulatos: São descendentes de negros e brancos.
Caboclos: São descendentes de índios e brancos.
Cafuzo: São descendentes de índios e negros.
Indígenas: São nativos da região brasileira.
Brancos: São os que apresentam pouca pigmentação, ou seja, pele clara.
Negros: São os que apresentam grande pigmentação, ou seja, pele escura.
Existem fatos curiosos acerca da etnia de uma pessoa, pois existem brancos que possuem descendência negra que é apresentada em determinada parte do corpo ou as vezes que nem possui característica nenhuma, mas reconhece seus antepassados.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Pantanal

Pantanal

Wagner de Cerqueria e Francisco


Tuiuiús no Pantanal
Considerado uma das maiores planícies inundáveis do planeta, o Pantanal ocupa uma área de aproximadamente 220 mil quilômetros quadrados, sendo encontrado na porção sudoeste de Mato Grosso, oeste de Mato Grosso do Sul, além de territórios do Paraguai e da Bolívia. No Brasil, ele corresponde a quase 2% da área total do país.
Por ser considerada uma área de transição entre a Amazônia, o Cerrado e o Chaco, o Pantanal apresenta uma grande diversidade paisagística. Nas áreas alagadas, predominam as gramíneas; nas regiões de alagamento eventual, é possível encontrar arbustos e palmeiras; já nas áreas que não são alagadas, a vegetação é composta por espécies do cerrado e da floresta tropical, nos pontos mais úmidos.
O relevo do Pantanal é caracterizado por uma região plana e de baixa altitude, sendo que a maior parte do terreno não ultrapassa 100 metros do nível do mar. Com isso, as áreas tornam-se vulneráveis a inundações, sobretudo nas estações chuvosas (outubro a abril), que fazem subir o nível dos rios da bacia hidrográfica do Paraguai. Essas águas alagam até 65% do território pantaneiro.

Área inundada no Pantanal
Com o período de estiagem (junho a setembro), as águas baixam lentamente e voltam ao seu curso natural. Nesse momento, as gramíneas desenvolvem-se e são utilizadas como alimento para o gado. A agropecuária, por sinal, é a principal atividade econômica desenvolvida no bioma, que sofre os impactos ambientais resultantes dessa atividade, além da caça predatória e do garimpo de ouro.
A preservação do Pantanal é de fundamental importância para o equilíbrio ambiental, visto que ele apresenta grande biodiversidade. Entre os vários animais encontrados nessa região estão os jacarés, ariranhas, araraúnas, tuiuiús, papagaios, veados, capivaras, onças, serpentes, macacos, cerca de 650 espécies de aves, centenas de peixes e insetos, entre tantos outros. Sua diversidade faunística é inferior apenas à da Amazônia.
A importância do Pantanal foi reconhecida mundialmente em 2001, quando a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu esse bioma como um patrimônio natural da humanidade.

sábado, 24 de agosto de 2019

Região Norte


Estados e capitais da região Norte
A Região Norte do Brasil é composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Ela está localizada entre o maciço das Guianas (ao norte), o Planalto Central (ao sul) a Cordilheira dos Andes (a oeste), e o Oceano Atlântico (a noroeste). Com extensão territorial de 3.853.322,2 quilômetros quadrados, é a maior Região do território brasileiro, correspondendo a 45% da área total do país.

Quanto aos aspectos físicos, o Norte possui as seguintes características: o clima predominante é o equatorial, apresentando temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos e de umidade, a vegetação é abundante, composta pela floresta Amazônica e a hidrografia é representada pelos grandes rios das bacias hidrográficas: Amazônica e do Tocantins.

Conforme contagem populacional realizada em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total é de 15.865.678 habitantes, dos quais, a maioria reside em áreas urbanas (73,5%). O Norte é a Região menos povoada do território nacional, visto que a sua densidade demográfica é a menor - 4,1 habitantes por quilômetro quadrado. O crescimento demográfico é de 2,9% ao ano, considerada a maior média do Brasil.

Sua população apresenta grande heterogeneidade, pois aproximadamente 228 mil índios de diversas etnias vivem nessa região. Nos estados do Pará, Amazonas e Tocantins é significativo o número de imigrantes oriundos do Nordeste, principalmente do Ceará e do Maranhão. No Acre e em Rondônia, há grande concentração de imigrantes paranaenses e gaúchos.

As manifestações culturais têm grande influência dos indígenas, assim como as festas de cunho religioso. O Círio de Nazaré realizado em Belém, capital do Pará, é uma das festas populares de maior destaque. O Festival de Parintins, a mais conhecida festa do Boi-Bumbá, é realizado em junho, no Amazonas.

A atividade econômica baseia-se principalmente no extrativismo de produtos, como, o látex, açaí, madeira e castanha. A Região é também rica em minérios, representada pela Serra dos Carajás (PA), de onde se extrai grande parte do minério de ferro brasileiro, e a Serra do Navio (AP), rica em manganês.

O setor industrial concentra-se, principalmente, na Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), a qual se expandiu em virtude de uma série de políticas de incentivo fiscal no objetivo de desenvolver e fortalecer economicamente a região.
Outro destaque é o Polo Industrial de Manaus, que possui mais de 500 indústrias voltadas para os seguintes setores: eletroeletrônico, químico, informática, fabricação de motos, bicicletas e refrigerantes.
A participação da Região Norte junto ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de apenas 5%, sendo a menor contribuição em se tratando das demais regiões.

No que tange aos aspectos negativos, os estados do Norte apresentam alguns problemas sociais, tais como, insuficiência de saneamento ambiental, analfabetismo (atingindo 10% da população) e mortalidade infantil (24,2 a cada mil nascidos vivos).
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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Piauí



Bandeira do Piauí
Significado da bandeira: o amarelo é uma referência à riqueza mineral dos solos piauienses; o verde representa a esperança; a estrela branca sobre o fundo azul simboliza o estado do Piauí.
O Piauí é um dos nove estados que compõem a Região Nordeste do Brasil. Seu território, banhado ao norte pelo Oceano Atlântico, limita-se a oeste com o Maranhão, a sudoeste com o Tocantins, a leste com o Ceará e com Pernambuco e ao sul e sudeste com a Bahia.
Com predominância do clima tropical e semiárido, os principais biomas do Piauí são a mata dos cocais e caatinga, além de cerrado e mangues. O relevo é marcado por planícies litorâneas, planaltos na maior parte do estado e depressão na porção sudoeste. A rede hidrográfica é formada pelos rios Canindé, Gurgueia, Longá, Parnaíba, Piauí, Poti e Uruçuí Preto.

Localização do Piauí no mapa do Brasil
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Piauí ocupa uma área de 251.576,644 quilômetros quadrados, e a população total é de 3.119.015 habitantes. O estado possui 224 municípios, sendo que a capital é a cidade de Teresina. Assim como os outros estados do Brasil, a taxa de urbanização é superior à rural: 65,8% dos piauienses residem em áreas urbanas.
A economia tem na agropecuária uma importante fonte de receitas financeiras. Essa atividade é realizada por meio da criação de cabras e ovelhas e o cultivo de arroz, milho, soja, mandioca, algodão e cana-de-açúcar. O extrativismo vegetal também é realizado – extração do babaçu e carnaúba. As belezas naturais do Piauí e o seu grande valor histórico atraem milhares de turistas.
O estado enfrenta vários problemas de ordem socioeconômica, fato que reflete diretamente no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) local, que é um dos piores do Brasil. Mais de 24% da população é analfabeta; o déficit nos serviços de saneamento ambiental é de 35%; e a taxa de mortalidade infantil é uma das mais altas do país: 27,2 óbitos a cada mil nascidos vivos.
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