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terça-feira, 21 de abril de 2020

América Espanhola

Introdução
Para sabermos um pouco mais sobre a emancipação política na América Espanhola, é preciso recordar como foi a sua colonização. É preciso compreender como a sociedade se comportava e lembrar mercantilismo, colônias de exploração, etc, para podermos dizer que mesmo se tornando independentes, a estrutura dessas sociedades não se modificou.

Colonização

A Espanha era uma metrópole mercantilista, isto quer dizer que, as colônias só serviam para serem exploradas. A colonização só teria sentido se as colônias pudessem fornecer produtos lucrativos. Desta forma a maioria das colônias espanholas (e também portuguesas) foram colônias de exploração, que dependiam das regras impostas pela metrópole.
O fator mais importante pela colonização espanhola foi a mineração. A base da economia espanhola eram as riquezas que provinham , especialmente da Bolívia, a prata e também o ouro de outras colônias. Foi esta atividade, a mineração, a responsável pelo crescimento de outras que eram ligadas, como, a agricultura e a criação de gado necessários para o consumo de quem trabalhava nas minas.
Quando a mineração decaiu, a pecuária e a agricultura, passaram a ser as atividades básicas da América Espanhola.

A Exploração do Trabalho

Em alguns lugares como Cuba, Haiti, Jamaica e outras ilhas do Caribe, houve exploração do trabalho escravo negro, porém, de modo geral o sistema de produção na América Espanhola se baseou na exploração do trabalho indígena.
Os indígenas eram arrancados de suas comunidades e forçados ao trabalho temporário nas minas, pelo qual recebiam um salário miserável. Como eram mal alimentados e tratados com violência a maioria dos indígenas morria muito rápido.

A Sociedade Colonial Espanhola

A grande maioria da população das colônias era composta pelos índios. A população negra escrava, era pequena, e, foi usada como mão de obra , principalmente nas Antilhas.
Quem realmente mandava e explorava a população nativa eram os espanhóis, brancos, que eram a minoria mas, eram os dominadores.
Assim podemos dividir a sociedade entre brancos ( dominadores ) e não-brancos ( dominados ).
Mesmo entre a população branca havia divisões como :
Chapetones - colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados.
Criollos - brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.
Além disso, a mistura entre brancos e índios criou uma camada de mestiços.

A Administração Espanhola

Os primeiros conquistadores, foram também os primeiros administradores. Eles recebiam da Coroa espanhola o direito de governar a terra que tivessem descoberto.
Com o crescimento das riquezas, como o ouro e prata descobertos, a Coroa espanhola foi diminuindo o poder desses primeiros administradores e passou, ela própria a administrar.
Dessa forma, passou a monopolizar o comércio e criou órgãos para elaborar leis e controlar as colônias.

Emancipação Política da América Espanhola

Só é possível compreender como as colônias espanholas na América conseguiram se libertar, se voltarmos atrás e recordarmos o Iluminismo.
No inicio do século 19, a Espanha ainda dominava a maior parte de suas colônias americanas, mas, da França chegavam novas idéias. Era a época das Luzes ! Os ares eram de liberdade, os filósofos do Iluminismo pregavam que a liberdade do Homem estava acima de qualquer coisa. Não aceitavam que os reis pudessem usar sua autoridade acima de tudo. Afinal, os iluministas valorizavam a Razão, dizendo que o Homem era dono de seu próprio destino e devia pensar por conta própria.
Publicações feitas na França e na Inglaterra contendo essas idéias estavam chegando às colônias escondidas das autoridades. Idéias de liberdade também vinham através de pessoas cultas que viajavam e fora, descobriam um pouco mais da filosofia iluminista. Mas, quem eram essas pessoas cultas ?
Quando nós vimos a Sociedade Colonial Espanhola, estudamos os CRIOLLOS. Eles eram brancos, nascidos na América, que tinham propriedades rurais, podiam ser também comerciantes ou arrendatários das minas. Eles tinham dinheiro mas não tinham acesso aos cargos mais altos porque esses cargos só podiam ser dos CHAPETONES. Então, os Criollos usaram o dinheiro para estudar. Muitos iam para as universidades americanas ou européias e, assim tomavam conhecimento das idéias de liberdade que corriam mundo com o Iluminismo.
Os Criollos, exploravam o trabalho dos mestiços e dos negros e eram donos da maior parte dos meios de produção e estavam se tornando um grande perigo para a Espanha. Por isso, a Coroa espanhola decidiu criar novas leis :
  • os impostos foram aumentados
  • o pacto colonial ficou mais severo
( o pacto colonial era o acordo pelo qual as atividades mercantis da colônia eram de domínio exclusivo de sua metrópole )
  • as restrições às indústrias e aos produtos agrícolas coloniais concorrentes dos metropolitanos se agravaram.
(assim, as colônias não podiam desenvolver seu comércio com liberdade )
Os Criollos tinham o exemplo dos EUA que haviam se libertado da Inglaterra. E, a própria Inglaterra estava interessada em ajudar as colônias espanholas porque, estava em plena Revolução Industrial. Isto quer dizer que, precisava de encontrar quem comprasse a produção de suas fábricas e, também de encontrar quem lhe vendesse matéria prima para trabalhar. Assim, as colônias espanholas receberam ajuda inglesa contra a Espanha.
Quando aconteceu a Revolução Francesa, os franceses, que sempre tinham sido inimigos dos ingleses, viram subir ao poder Napoleão Bonaparte. Foi quando a briga entre França e Inglaterra aumentou. Por causa do Bloqueio Continental, imposto pela França, a Inglaterra não podia mais fazer comércio com a Europa continental (com o continente).
Por causa disso, a Inglaterra precisava mais do que nunca de novos mercados para fazer comércio, portanto ajudou como pôde as colônias espanholas a se tornarem independentes.
A França também ajudou, porque Napoleão Bonaparte com seus exércitos, invadiu a Espanha e colocou como rei na Espanha, seu irmão. Portanto, automaticamente, sendo dependente de França, a Espanha passou a ser inimiga também da Inglaterra. Isso foi o motivo que a Inglaterra queria para colocar seus navios no Oceano Atlântico e impedir que a Espanha fizesse contato com suas colônias espanholas.
Os Criollos então, se aproveitaram da situação e depuseram os governantes das colônias e passaram a governar, estabelecendo de imediato a liberdade de comércio.
Mesmo depois que o rei espanhol voltou ao poder, a luta pela independência continuou e a Inglaterra seguiu ajudando, porque sem liberdade não haveria comércio.

Conclusão

Assim nós podemos ver, que talvez por causa da maneira como foi dominada e explorada, a América Espanhola teve muitas dificuldades de se tornar independente. A interferência da Inglaterra e até mesmo da França foram fundamentais, embora fosse por interesse próprio.
BIBLIOGRAFIA
Aquino e Ronaldo - Fazendo História - Ed. Ao Livro Técnico
Marques, Berutti, Faria - Os Caminhos do Homem - Ed. Lê
Silva, Francisco de Assis - História Geral - Ed. Moderna
Enciclopédia Povos e Países - Ed. Abril Cultural
Enciclopédia Encarta 96 - Microsoft
Autoria: Marusa Helena Cabral

segunda-feira, 13 de abril de 2020

A posição geográfica do Brasil

A posição geográfica do Brasil

Por Wagner de Cerqueria e Francisco




Posição geográfica do Brasil
O Brasil é o quinto país mais extenso do planeta, sua área é de 8.514.876 quilômetros quadrados, apresentando-se inferior apenas à Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. O país está localizado na América do Sul, possui uma extensa faixa litorânea, com 7.367 quilômetros, e uma fronteira terrestre ainda maior (15.719 quilômetros), faz limite com dez países sul-americanos do continente. Apenas Chile e Equador não compartilham desta ligação. A grande dimensão territorial do país possibilita a existência de uma imensa diversidade de paisagens, climas, pluralidade cultural, além de uma grande biodiversidade.

O território brasileiro corresponde a, aproximadamente, 1,6% da superfície do planeta, 5,6% das terras emersas do globo, 20,8% da extensão territorial da América e 48% das áreas que constituem a América do Sul. A grande extensão do território brasileiro no sentido leste-oeste (4.319 quilômetros entre os pontos extremos) faz com que o país possua três fusos horários diferentes.
Todo o território brasileiro está localizado a oeste do meridiano de Greenwich, portanto, sua área pertence ao hemisfério ocidental. A linha do Equador passa no extremo norte do país, fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério norte e 93% localizado no hemisfério sul. Cortado ao sul pelo Trópico de Capricórnio, apresenta 92% do território na zona intertropical (entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio); os 8% restantes estão na zona temperada do sul (entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico).

A localização geográfica de qualquer ponto do planeta é realizada através da latitude e longitude. No sentido leste-oeste do território brasileiro, os extremos são a Serra Contamana (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”; e Ponta do Seixas (PB), a leste, com longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte-sul apresentam 4.394 quilômetros de distância, onde estão o Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”; e Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03”.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Pará


Bandeira do Pará
Significado da bandeira: o vermelho representa a força da população paraense; a faixa branca, o Rio Amazonas e a linha do Equador (que “corta” o estado na porção norte); e a estrela azul simboliza o estado do Pará.
Com extensão territorial de 1.247.950,003 quilômetros quadrados, o Pará é o segundo maior estado do Brasil. Essa unidade federativa integra a Região Norte e faz fronteiras com o Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Amazonas, Roraima, Amapá, Suriname, Guiana e com o Oceano Atlântico.
O Pará apresenta uma grande diversidade paisagística, abrigando áreas de cerrado, Floresta Amazônica, mangues e campos na ilha de Marajó. O relevo é caracterizado por planície, depressões e pequenos planaltos. A hidrografia é formada pelos rios Amazonas, Jari, Pará, Tapajós, Tocantins, Trombetas e Xingu.

Localização do Pará no mapa do Brasil
De acordo com dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará é habitado por 7.558.078 pessoas, sendo o estado mais populoso da Região Norte. A maioria dos habitantes (68,5%) reside em áreas urbanas. Belém, capital estadual, é a cidade mais populosa: 1,3 milhão de habitantes.
Na economia, o estado se destaca pela grande produção de minério de ferro, bauxita, manganês, calcário, ouro e estanho. A agropecuária baseia-se na criação de rebanhos bovinos, bubalinos, equinos e suínos, além do cultivo de cana-de-açúcar, laranja, mandioca, arroz, pimenta-do-reino, etc. O setor industrial, pouco diversificado, atua nos segmentos alimentício, madeireiro, mineração, químico e de alumínio.
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Climas no mundo


Os climas conforme os trópicos
Os climas no mundo são bastante diversificados, provenientes das variadas massas de ar, localização geográfica, entre outros. No mundo se classificam pelo menos dez climas, os principais são:
Equatorial: possui temperaturas médias acima de 25°C; clima quente e úmido, com índices pluviométricos anuais acima de 2000 mm.
Tropical: temperatura variando em 20°C no inverno e 25°C no verão, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa.
Subtropical: possui temperaturas médias entre 15°C e 20°C no verão, e no inverno as médias variam entre 0°C a 10°C, chuvas bem distribuídas.
Oceânico: recebe influência dos oceanos e mares, tornando os invernos menos rigorosos.
Continental: praticamente não recebe influência dos oceanos, possui um inverno mais rigoroso.
Mediterrâneo: possui invernos chuvosos e verões quentes, com quatro estações bem definidas.
Desértico: as temperaturas médias anuais variam entre 20°C e 30°C, os índices de precipitações não ultrapassam 250 mm ao ano.
Semiárido: caracterizado por altas temperaturas podendo chegar a 32°C, os índices pluviométricos são inferiores a 600 mm anuais e as chuvas são irregulares.
Frio (subpolar): possui índices pluviométricos anuais variando, dependendo da região, entre 200 mm e 1000 mm, características de um inverno negativo e verão com temperaturas por volta de 10°C.
Frio de montanha: temperatura determinada pela altitude, quanto mais alto mais frio, mesmo em regiões tropicais.
Polar: caracteriza-se por longos invernos e verões secos e curtos, temperaturas anuais sempre abaixo de zero, e marcante presença de neve e gelo.

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Biodiversidade no Brasil

Biodiversidade no Brasil

Wagner de Cerqueria e Francisco


Brasil, o país que possui a maior biodiversidade do planeta
A Biodiversidade é a variabilidade de espécies da fauna, flora, micro-organismos e ecossistemas de um determinado local. Consiste portanto, na variedade genética de organismos vivos, de espécies da fauna e da flora, de habitats, ecossistemas, entre outros elementos que constituem a vida.

O Brasil é o país que abriga a maior biodiversidade do mundo, estima-se que em território nacional estejam de 10% a 15% de toda a biodiversidade do planeta. Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, ocupa o primeiro lugar em biodiversidade vegetal. Nenhum outro país tem tantas variedades de orquídeas e palmeiras catalogadas. Sua flora é composta por aproximadamente 50 mil espécies diferentes, sendo que: os mamíferos totalizam 530; anfíbios, 517; aves, 1.677 espécies; os répteis somam 468; além de 1,5 milhão de insetos. Entretanto, esses dados podem ser ainda maiores, pois existem milhares de espécies ainda não catalogadas no país.

Entre os principais fatores responsáveis por essa variedade biológica no Brasil estão a sua extensão territorial e os diferentes climas. O território brasileiro é o quinto maior do mundo, sua área é de 8.514.876 Km2, possui grandes extensões de matas tropicais (locais que apresentam grande biodiversidade) como a floresta Amazônica, a mata Atlântica e o Pantanal. São seis os tipos climáticos presentes no Brasil: Equatorial, Tropical, Tropical de Altitude, Tropical Atlântico, Subtropical e Semiárido. Essa diferenciação proporciona a adaptação de diferentes espécies, além de uma grande diversidade ecológica no território nacional.

No entanto, a biodiversidade do Brasil está sendo extremamente prejudicada pelas atividades econômicas. O desmatamento é um dos principais vilões, muitas espécies morrem durante as queimadas, além de serem expulsas de seus habitats naturais. Outra prática agressiva à biodiversidade é a biopirataria, reduzindo de forma significativa a fauna e flora, causando um desequilíbrio na cadeia alimentar.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

Mato grosso do Sul

Mato Grosso do Sul

Bandeira de Mato Grosso do Sul
Significado da bandeira: a estrela simboliza o estado e a riqueza produzida pelo trabalho; o verde é um alerta à preservação ambiental; o azul representa o céu; e o branco, a paz.
Situado na Região Centro-Oeste do Brasil, o território de Mato Grosso do Sul limita-se ao norte com Mato Grosso, a nordeste com Goiás, a oeste com São Paulo e Paraná, ao sul e a leste com o Paraguai e a noroeste com a Bolívia.
Em outubro de 1977, ocorreu a fragmentação do território de Mato Grosso: a porção norte permaneceu como Mato Grosso; o sul, mais próspero e populoso, passou a ser Mato Grosso do Sul. Essa divisão foi realizada com o intuito de facilitar a administração e promover o desenvolvimento de uma área tão extensa.
Sendo assim, Mato Grosso do Sul passou a ocupar uma área de 357.124,962 quilômetros quadrados, com 78 municípios, sendo a cidade de Campo Grande a capital. De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população sul-mato-grossense é de 2.449.341habitantes; a densidade demográfica (população relativa) é de 6,8 habitantes por quilômetro quadrado.

Mato Grosso do Sul no mapa do Brasil
Com predominância de clima tropical, Mato Grosso do Sul abriga a maior planície alagável do mundo – o Pantanal Mato-Grossense; o estado também possui áreas de cerrado e de floresta tropical. O relevo é caracterizado por regiões de depressão e planaltos com escarpas. A rede hidrográfica é composta por vários rios, tais como o Aquidauana, Paraguai, Paraná, do Peixe, Paranaíba, Taquari, entre outros.
A economia de Mato Grosso do Sul está em constante ascensão. O estado apresenta uma das maiores médias de crescimento econômico do Centro-Oeste. A agropecuária é a principal responsável por esse fenômeno, visto que ela impulsiona os setores de serviço e a indústria. Além do grande rebanho bovino, destacam-se os cultivos de soja, arroz, trigo, milho, mandioca, cana-de-açúcar e algodão. As políticas de incentivos ficais têm proporcionado a expansão do setor industrial. Os principais segmentos são o alimentício, têxtil, siderúrgico e químico.
Mato Grosso do Sul tem apresentado bons resultados nos indicadores sociais. O estado ocupa o 8° lugar no ranking nacional de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O analfabetismo atinge cerca de 8% da população e a taxa de mortalidade infantil é de 17,4 para cada mil nascidos vivos, estando abaixo da média nacional, que é de 22,3. Porém, existe um grande déficit nos serviços de saneamento ambiental, sobretudo no acesso à rede de esgoto: apenas 24% das residências possuem esse serviço.
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Alagoas


Bandeira de Alagoas
Significado da bandeira: o Brasão representa as primeiras cidades alagoanas: Porto Calvo e Penedo, e as riquezas do estado, como, por exemplo, a cana-de-açúcar e o algodão. As cores das faixas simbolizam liberdade, igualdade e fraternidade.
Localizado na Região Nordeste do Brasil, o estado de Alagoas limita-se ao norte com Pernambuco, ao sul com Sergipe, a leste com a Bahia e a oeste com o Oceano Atlântico. Sua extensão territorial é de 27.779,343 quilômetros quadrados, ocupando apenas 0,33% da área total do país.
Alagoas possui clima tropical, com temperaturas que variam entre 18° C a 26° C. A vegetação é marcada por floresta tropical, caatinga e mangues litorâneos. As formas de relevo predominantes são planície litorânea, planalto e depressão. A rede hidrográfica é composta pelos rios Ipanema, Moxotó, Mundaú, Paraíba e São Francisco.
Conforme contagem populacional realizada em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alagoas é habitado por 3.120.922 pessoas, sendo que a maioria reside em áreas urbanas: 73,6%. Das 102 cidades alagoanas, Maceió, capital estadual, é a mais populosa, com 932.608 habitantes.

Localização de Alagoas no mapa do Brasil
Alagoas abriga belas praias e cidades históricas, fato que impulsiona o turismo. Outra atividade econômica de grande importância é a agricultura – o estado é grande produtor de cana-de-açúcar, arroz, feijão, mandioca, milho, banana, abacaxi, banana, laranja, algodão e fumo. O setor industrial atua nos seguintes segmentos: têxtil, açúcar, álcool, alimentício, químico, petroquímico, cloroquímico, mineração e cimento.
Com vários problemas de ordem socioeconômica, Alagoas detém o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. A taxa de mortalidade infantil é a maior do país (48 óbitos a cada mil nascidas vivas); o analfabetismo atinge 25% da população; e há um grande déficit nos serviços de saneamento ambiental – apenas 36% das residências possuem esse serviço.
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Ceará


Bandeira do Ceará
Significado da bandeira: o verde representa as matas; o amarelo, as riquezas minerais; o farol é uma referência a Fortaleza, capital estadual. A jangada e a carnaúba simbolizam, respectivamente, o cearense e o extrativismo vegetal.
Localizado na Região Nordeste do Brasil, o estado do Ceará possui fronteiras com o Piauí (a oeste), Rio Grande do Norte (a leste), Paraíba (a sudeste) e Pernambuco (ao sul); a porção norte do território cearense é banhada pelo Oceano Atlântico.
O Ceará apresenta extensão territorial de 148.920,538 quilômetros quadrados. Situado na sub-região do Sertão Nordestino, a principal cobertura vegetal é a caatinga, além de trechos de vegetação de restinga e salinas na zona litorânea. O clima predominante é o semiárido; o relevo é caracterizado por áreas de planalto e planícies e a rede hidrográfica é composta pelos rios Acaraú, Banabuiú, Ceará, Jaguaribe, Pacoti e Salgado.

Localização do Ceará no mapa do Brasil
De acordo com dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estadual é composta por 8.448.055 habitantes, distribuída em 184 municípios. Fortaleza, capital do Ceará, é a cidade mais populosa: 2,4 milhões de pessoas. A maioria dos cearenses reside em áreas urbanas (75%).
A economia do estado é impulsionada pelo setor de serviços, que tem no turismo uma importante atividade – o Ceará recebe mais de 2 milhões de visitantes por ano. A indústria está em constante expansão, com destaque para os segmentos têxtil, químico, calçados, alimentício, siderúrgico, etc. A agropecuária baseia-se na criação de bovinos, caprinos e suínos e nos cultivos de cana-de-açúcar, mandioca, arroz, feijão, milho e frutas.
Quer saber mais sobre este estado? Então confira nossa subseção e conheça as principais características físicas, econômicas e populacionais do Ceará.
alunosonline

Blocos econômicos do planeta


Mapa destacando os principais blocos econômicos do planeta
Os acordos internacionais têm como objetivo criar organismos que dinamizem as relações comerciais, sociais e políticas entre os países membros. Essas organizações estão presentes em todas as partes do planeta, atuando em forma de blocos econômicos, países que discutem a economia global, órgão que estabelece regras e acordos para o comércio internacional, grupo de nações que visa controlar a produção e venda de um determinado produto, etc.
Os blocos econômicos, por exemplo, são formados para reduzir e/ou eliminar as tarifas alfandegárias, intensificando, assim, a importação e exportação de produtos. Já a OEA (Organização dos Estados Americanos), visa garantir a paz e a segurança continental; a OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo), por sua vez, controla a produção e a exportação de petróleo.
Nessa seção, que disponibiliza textos sobre diferentes blocos econômicos e as mais variadas organizações internacionais, o leitor poderá se inteirar sobre a formação, as características, atuação, entre outros elementos referentes ao assunto.
Entre os artigos disponibilizados estão:
UE – União Europeia.
ALCA – Área de Livre Comércio das Américas.
MERCOSUL – Mercado Comum do Sul.
NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
APEC – Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.
CEI – Comunidade dos Estados Independentes.
OMC – Organização Mundial do Comércio.
OEA – Organização dos Estados Americanos.
OPEP – Organização dos Países Produtores de Petróleo.

Wagner de Cerqueira e Francisco

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O Movimento da Terra

A Terra gira em torno de si mesma

O movimento da terra em torno de si mesma é chamado de rotação, este período de rotação é de um dia, isto é, 24 horas. Isso quer dizer que a Terra demora 1 dia para completar uma volta em torno de si mesma.
O movimento de rotação da Terra explica a existência dos dias e das noites. De dia, uma parte dos habitantes da Terra recebe luz solar, porque a parte da superfície da Terra onde vivem está virada para o Sol, mas os habitantes da Terra que estão do outro lado não recebem essa luz. Enquanto uns tomam o pequeno almoço os outros ainda vão a meio do seu sono... A Terra vai girando e, em certos lugares, passa a ser noite quando era dia e, noutros lugares, do outro lado da Terra, passa a ser de dia quando era noite. E isto sem nunca parar!

Observe esta imagem:



A Terra gira em torno do Sol

O movimento da Terra em torno do Sol é chamado de translação.
O tempo que a Terra demora para dar uma volta completa em volta do Sol é de aproximadamente um ano, mas precisamente 365 dias e 6 horas, é por isso que de quatro em quatro anos, existe um ano com um dia a mais no calendário, sempre o último de Fevereiro. Esses anos são chamados bissextos.
Observe nesta imagem os movimentos de rotação e translação da Terra.



O que acontece na Terra no período de translação

Sabemos que os vários meses do ano têm climas diferentes, devido às estações do ano, Primavera, Verão, Outono e Inverno.
No Verão, está mais quente e no Inverno mais frio. Mas o Verão e o Inverno ocorrem em épocas diferentes do ano no hemisfério Norte e no hemisfério Sul, pois a Terra mantém sempre a mesma inclinação enquanto gira em torno do Sol. No hemisfério Norte, o Verão vai de 21 de Junho a 23 de Setembro e o Inverno de 21 de Dezembro a 21 de Março. Mas, no hemisfério Sul, o Verão vai de 21 de Dezembro a 21 de Março e o Inverno de 21 de Junho a 23 de Setembro.
O mesmo acontece com as outras estações, quando é primavera em um hemisfério, no outro é outono.

Observe esta imagem:

domingo, 16 de fevereiro de 2020

A internet do século XVIII

A internet do século XVIII

Rainer Sousa




O enciclopedismo buscou a divulgação do conhecimento no século XVIII.
No século XVIII, o movimento iluminista não se popularizou somente pelas discussões intelectuais que empreendeu. Além de pautar novas ideias, os partícipes do iluminismo também se preocuparam com a divulgação do conhecimento que estava sendo produzido. Sob essa perspectiva, a criação de enciclopédias se transformou em uma eficiente estratégia de agrupar o conhecimento indispensável para a formação intelectual do homem.

De fato, a ambição dos iluministas acabou gerando bons frutos, tendo em vista que a publicação da famosa “Encyclopédie ou Disctionnaire Raisonné dês Sciences, dês Arts et dês Métiers” (Enciclopédia ou dicionário sistemático das ciências, artes e profissões) acabou sendo um sucesso de crítica e venda. Por outro lado, o elogio a essa iniciativa também gerou reações contrárias de membros do clero e da realeza. Afinal de contas, os enciclopedistas ofereciam ao público uma gama de propostas e questionamentos que iam contra o pensamento religioso e a ordem absolutista.

Ao tomar conhecimento da revolução oferecida pela obra, o rei francês Luis XV organizou um grupo de clérigos que deveria inspecionar a publicação das obras. Apesar da censura, os enciclopedistas continuaram a triunfar no seu intento ao organizar uma série de estratégias de aprovação do seu texto. Utilizando rebuscamentos verbais e construindo uma teia de referências a outros artigos, eles conseguiram preservar o teor de sua mensagem sem despertar a reprimenda de seus fiscais.

Além de promover a divulgação dos saberes, a “Encyclopédie” teve a ousadia de empreender um novo modelo de organização do conhecimento. Vários especialistas, estudiosos, escritores, livreiros, encadernadores e impressores foram economicamente beneficiados pela vendagem dos seus volumes. Em termos comparativos, o desenvolvimento dessa obra esteve próximo ao espírito de planejamento e controle que seriam determinantes ao sucesso da Revolução Industrial.

No ano de 1759, a produção dos próximos volumes da Enciclopédia foi definitivamente proibida na França. Engrossando o coro contra os iluministas, o papa determinou que todos os volumes da obra fossem incluídos no “Index Librorum Proibitorium”, a lista de obras proibidas pela Igreja. Naquele momento, Diderot e D’Alembert, organizadores fundamentais do enciclopedismo, observavam que seu ambicioso projeto editorial poderia não ser concluído.

De fato, a ação das autoridades não seria eficiente para ir contra uma iniciativa que representava os novos valores de uma época. Não por acaso, os enciclopedistas contaram com apoio de funcionários do Estado para que a obra fosse terminada e distribuída sem chamar a atenção das autoridades repressoras. Dessa forma, em 1776, os jornais publicaram a falsa notícia de que volumes finais da Enciclopédia foram publicados fora da França.

Na verdade, a conclusão havia acontecido na própria França graças ao esforço dos publicadores que se entusiasmavam com o retorno financeiro da obra. Por fim, esse movimento acabou lançando bases para que outros valores fossem disseminados pela sociedade europeia. De forma semelhante, os enciclopedistas defenderam o papel de acesso livre à informação que a internet busca hoje cumprir.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Rondônia

Colégio Estadual Dinah Gonçalves
email accbarroso@hotmail.com
      


Bandeira de Rondônia
Significado da bandeira: o azul representa o céu; o amarelo, as riquezas minerais; o verde, as matas. A estrela branca simboliza o estado de Rondônia.
Rondônia é uma das sete unidades federativas que compõem a Região Norte do Brasil. Seu território, com extensão de 237.590,864 quilômetros quadrados, limita-se a oeste com o Acre, ao norte com o Amazonas, a leste com Mato Grosso e a oeste e ao sul com a Bolívia.
Cerca de 70% da área estadual é coberta pela Floresta Amazônica; o cerrado está presente na porção oeste. O clima predominante é o equatorial, com chuvas frequentes e temperaturas que variam entre 24° C e 26° C. O relevo é marcado por planície a oeste, depressões e pequenos planaltos a norte e planalto a sudeste. A rede hidrográfica é composta pelos rios Abunã, Guaporé, Jamari, Jaci-Paraná, Ji-Paraná, Madeira, Mamoré, entre outros.

Localização de Rondônia no mapa do Brasil
A população de Rondônia é formada por 1.560.501 habitantes, conforme dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse contingente populacional está distribuído em 52 municípios, sendo que a capital é a cidade de Porto Velho.
Com relação aos aspectos econômicos, o estado se destaca por ser grande exportador de carne bovina. O setor industrial, pouco diversificado, tem como destaque os segmentos alimentício, frigorifico, madeireiro e mineração. As terras férteis impulsionam a agricultura, que se baseia nos cultivos de soja, milho, arroz, feijão, mandioca, etc. Outra importante atividade econômica é a extração de cassiterita.
Um dos grandes problemas sociais de Rondônia é o déficit nos serviços de saneamento ambiental: 30% das residências não possuem acesso à rede de esgoto e 60% não têm acesso à água tratada. Esse fato reflete na taxa de mortalidade infantil, que é de 23 para cada mil nascidos vivos.
alunosonline

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Rio grande do Sul


Bandeira do Rio Grande do Sul
Significado da bandeira: a interpretação mais aceita é a seguinte – as cores verde e amarela representam o Brasil; a vermelha, a República Rio-Grandense, separada do resto do país na ocasião. O brasão simboliza a Guerra dos Farrapos.
O estado do Rio Grande do Sul, com área de 268.781,896 quilômetros quadrados, é o mais extenso da Região Sul do Brasil. Seu território, banhado pelo Oceano Atlântico, possui fronteiras com apenas um estado brasileiro (Santa Catarina) e com dois países sul-americanos: Argentina e Uruguai.
De acordo com dados do Censo Demográfico, realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do Rio Grande do Sul é de 10.695.532 habitantes. O estado é formado por 496 municípios, e a capital é a cidade de Porto Alegre.

Localização do Rio Grande do Sul no mapa do Brasil
O relevo é caracterizado por planície litorânea, planaltos e depressões. Os principais biomas são os campos (pampas), Matas de Araucária, Floresta Tropical e mangues. A rede hidrográfica é composta pelos rios Camaquã, dos Sinos, Jacuí, Jaguarão, Pelotas, Taquari, Uruguai, entre outros. O clima predominante é o subtropical.
A economia gaúcha é a mais desenvolvida do Sul, respondendo por cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. O estado é grande produtor de soja, milho, arroz, trigo e mandioca. A agroindústria e as indústrias de transformação, fertilizantes, calçados e alimentos são importantes fontes de captação de recursos financeiros.
O Rio Grande do Sul detém o quinto maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. Entre os aspectos responsáveis por essa colocação estão a baixa taxa de mortalidade infantil (13 óbitos a cada mil nascidos vivos), a escolaridade dos habitantes e a elevada renda per capita.
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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Consciência Negra

TEXTO 01

O negro faz parte de nossa cultura. Saber sobre ele, significa conhecer um pouco mais do nosso Brasil. Além disso, durante anos eles estiveram em inferioridade em nossa sociedade. Já está na hora de mudança! Algumas escolas já começaram o trabalho de conscientização da cultura africana. Será que este trabalho pode ajudar a valorização dos negros em nossa sociedade?
Kátia Calsavara
Da Legislação
Eles bateram o martelo. A partir de 2003, todas as escolas, públicas e particulares, devem ensinar a cultura e história afro-brasileiras nas aulas. Isso agora é lei (número 10.639) e foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 10 de janeiro de 2003.
Alguns de vocês devem se perguntar. “Mas já não aprendi sobre os negros na escola?” Sim, a maioria das escolas fala sobre os escravos, os quilombos, a capoeira. E o que vem antes disso?

Contos africanos

Em Salvador (BA), os alunos da escola  municipal Eugênia Anna dos Santos, que fica dentro do terreiro Ilé Axé Opô Afonjá, aprenderam a língua iorubá – falada na Nigéria, em Benin e em Togo, na África. “Eu adoro estudar iorubá e conhecer as lendas e contos africanos”, diz Marcos Henrique Santos, 9, da 3ª série.
Na escola Professor Luiz Gonzaga Riguini, em São Paulo, as alunas  fizeram bonecos e peça de teatro para discutir preconceito e cultura. “Nossa professora sempre indica poesia e textos de autores negros”, diz Carla Dantas, 13. Na Escola Viva, na zona sul de São Paulo, os alunos lêem sobre a cultura africana. “Gosto das pesquisas que fazemos na aula”, diz Rafael Vegas, 12.
Fonte: Folhinha – 1/2/03
QUESTÃO 01 (Descritor: a) localizar informações explícitas em um texto;
  b) e c) inferir uma informação implícita em um texto)
Baseando-se na leitura dos textos, responda:
a)    Qual é a proposta para o estudo sobre os negros em sala de aula?
b)    O que justifica o fato de alunos de uma escola em Salvador aprenderem uma língua africana?
c)    Ao indicar textos de autores negros, o que a professora mostra aos alunos?
QUESTÃO 02 (Descritor: distinguir um fato da opinião relativa a esse fato)
a)    O que você acha da atitude do presidente Lula em assinar uma lei que obriga as escolas a trabalhar com a cultura afro-brasileira?
b)    Você acredita que este trabalho vai diminuir o preconceito?
TEXTO 02
Brasil com jeito de África
·         Você conhece um pouco da cultura africana?
·         Quais são as influências deste povo, na nossa vida?
·         Veja se você consegue lembrar-se de uma comida, uma palavra, uma música e uma religião que tenha origem africana.
Para saber um pouco mais, leia os textos abaixo.
Especial para a Folhinha
Estudar a vida dos povos africanos no Brasil é importante para as crianças entenderem como eles contribuíram para a cultura brasileira. As tradições que vieram da África deram aos brasileiros um jeito particular de ser, um tipo de beleza, religião, arte e futebol.
Por mais de três séculos, príncipes e súditos foram capturados nas terras africanas para o trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar, nas minas  e nos cafezais dos senhores europeus que viviam no Brasil.
Não se sabe ao certo o número de africanos que chegaram aqui. As estimativas variam de 12 milhões a 50 milhões. Nagô, Jeje, Mina, Benin, de origem sudanesa, Angola, Cabinda, Congo e Benguela, de origem banto, são algumas tribos africanas que foram trazidas para o Brasil.
Alguns reinos africanos foram destruídos pelo tráfico. E outros reinos eram ricos e sábios. Exemplos são Djenne e Timbuctu, importantes centros culturais do século 16 que ficavam na atual Líbia.
No Brasil, documentos que registravam as origens desses povos foram queimados logo após a abolição da escravatura (1888). A idéia era apagar a história negra do país. (Colaborou o antrópologo Eduardo Logum-Uá)
Elizabeth Hoisel é antropóloga e co-autora de “Ogum” – O Rei de Muitas Faces” (Companhia das Letras)
Religião
Orixás simbolizam natureza
As tradições trazidas da África criaram formas diferentes de religião, como o candomblé, a umbanda, a macumba, o xangô, cujas características variam conforme o lugar do Brasil. Os orixás são os santos africanos. Eles são mais conhecidos pelos nomes oirubás: Ogum (deus da guerra), Oxóssi (caçador dos montes), Oxumarê (arco-íris), Ossain (rei das folhas), Xangô (dono dos raios), Logum Edé (menino que todo velho respeita), Oxum (deusa das águas e do amor), Iansã (deusa das tempestades), Iemanjá (mãe da água), Oxalá (pai criador), Ifá (saber divino) e outros. Os orixás simbolizam certas forças da natureza e possuem o axé, que é o poder de energia pura. Os iniciados nessa religião recebem a força do orixá e trazem a alegria para a comunidade.
Zumbi era guerreiro
As religiões dos povos da África conseguiram se manter graças aos quilombos. Os africanos e brasileiros escravizados se refugiavam nas matas. Formavam quilombos, que eram agrupamentos parecidos com alguns reinos da África. O quilombo de Palmares, em Alagoas, tinha Zumbi como líder dos guerreiros. Ele resistiu a muitos ataques e tornou-se símbolo da liberdade. Em 20 de novembro, data da morte dele, virou o Dia da Consciência Negra e é hoje feriado escolar.
Dono da força
Para os afro-brasileiros, não existe o diabo como na religião cristã. Exu não é o diabo. Ele representa o movimento entre a morte e a vida. É o mensageiro entre os orixás e os homens. Ele foi a primeira forma criada no mundo por Olorum, o deus supremo.
Língua
A língua mais falada no candomblé no Brasil é o iorubá. Exemplos de palavras da língua falada no Brasil são fé, acarajé, jabá (carne-seca) e axé. Mas há mais palavras de origem banto em português: cafuné, dengo, calango, macaco, canjica, samba, inhaca, jiló, ginga, moleque, xodó, zangado, zum-zum-zum. Isso porque na época da colonização os grupos eram mais numerosos no Brasil.
Moda
Nos anos 70, chegou ao Brasil o movimento black dos Estados Unidos e o cabelo black-power grande e solto influenciou o comportamento dos brasileiros. Também nessa época, no Carnaval, os cabelos ficavam soltos ou arrumados em lindos trançados com búzios e contas coloridas. Os blocos afro-carnavalescos cantavam a beleza negra.
Música
Blues, rap e samba
A música dos africanos criada nos Estados Unidos ficou conhecida no mundo inteiro e influenciou muitos gêneros musicais: blues, jazz, soul, rock, funk e rap. No Brasil foi criado o samba, inspirado nos ritmos dos rituais religiosos. O samba foi inventado principalmente nos morros do Rio de Janeiro e na Bahia e nas festas populares do país.
QUESTÃO 03 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto)
a)    Por que no Brasil não encontramos documentos que registrem a origem dos povos escravizados?
b)    Por que o Brasil apresenta tanta diversidade da cultura africana?
c)    No Brasil ainda existem grupos que praticam a religião africana. Por que isso acontece?
QUESTÃO 04 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto)
Escreva fatos que demonstrem que o branco, apesar do preconceito, usa da cultura africana e, nestes momentos, não questiona a cor.
Na moda è
Na música è
-

ESTUDO LINGUÍSTICO: PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA

 

INTRODUÇÃO

    A Língua Portuguesa, no Brasil, passa por vários processos de transformação em decorrência às influências advindas de outros países (colonização, invasões de pessoas de diferentes países; como também recebeu de braços abertos refugiados em busca de uma vida melhor - japoneses e italianos, por exemplo). E uma das nossas maiores influências é a Língua e a Cultura Africana.

A variedade das línguas africanas que  emprestaram (ou emprestam) palavras para o português brasileiro, consolidou  um “africanismo” latente no nosso léxico. Portanto, é importante que os alunos identifiquem as interferências no campo semântico, na morfologia, sintaxe e fonética, ocorridas na Língua Portuguesa do Brasil devido à influência africana.

Objetivos:

1) Estudar as palavras africanas incorporadas por nossa língua em várias áreas culturais.
2) Conhecer o significado dessas palavras.
            3) Estudar a grafia das palavras.
Situação Desencadeadora:
1)    Apresentar a música "Moqueca de Idalina", de Nei Lopes, como  referência para iniciar uma análise das palavras desconhecidas.
ou
2) Texto “Culturas africanas influenciaram nosso idioma” de Heidi Strecker

 

Preparação das atividades:

1)    Audição da música, do qual o trecho transcrito a seguir será a base para as atividades:

2)   Leitura do texto;

 

Atividades:

1) A turma poderá ser dividida em três ou quatro grupos, com o objetivo de cada um deles analisar o trecho da música/texto  apresentada(o). É importante que o professor conheça a música a ser analisada.
2) O professor deverá distribuir o trecho da música que contém as palavras africanas (moqueca, dendê, quindim), sem identificá-las, buscando aguçar a curiosidade dos alunos e a capacidade de percepção.
3) Cada grupo tentará identificar cada palavra que julgue ser de origem africana e seu significado.
4) Identificadas as palavras na música, pedir que cada grupo faça listas com o maior número de palavras de origem africana. É importante que o professor possua um bom dicionário para verificar a etimologia das palavras.
ANEXOS
             
VOCÁBULOS AFRO-BRASILEIROS
       Angu
Massa de farinha de milho (fubá), de mandioca, de arroz, com água e sal,  escaldada ao       O angu no início do Brasil colônia era preparado com miúdos de     carne. Podia ser feito com farinha de milho (fubá) ou farinha de mandioca,
  Batuque
Batuque é uma Religião Afro brasileira de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina.
O batuque ( batuku ou batuk em crioulo cabo-verdiano) é um gênero musical e de dança de Cabo Verde .
  Cachimbo
O cachimbo é um instrumento para fumar composto de fornilho e piteira. Usa-se para fumar principalmente tabaco, que sofre um processo especial para a preparação do fumo para o uso em cachimbo.
  Quitute
Iguaria delicada; acepipe; petisco.
  Senzala
A Senzala era um grande alojamento que se destinava à moradia dos escravos dos engenhos e das fazendas no Brasil.
  Pipoca
Pipoca é um prato feito a partir de uma variedade especial de milho, que estoura quando aquecido, ao aquecermos os grãos de milho de maneira rápida, a umidade interna é convertida em vapor. Num determinado ponto, a pressão estoura a casca externa, transformando a parte interna numa massa pouco consistente de amidos e fibras, maior do que o grão original.
  Caçula
Caçula é o filho mais novo.
  Cafuné
Cafuné é um carinho feito mexendo nos cabelos com as pontas dos dedos
  Cochilar
Momento de sonolência breve!
  Macaco
O macaco, no sentido lato, é a designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropoides, aplicada no Brasil, restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral.
  Bagunça
A bagunça é estado de desordem.
  Fubá
O fubá é a farinha fina feita com milho moído, muito empregado na culinária.
  Dendê
O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola.
  Samba
O samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e tido como o ritmo nacional por excelência.




Culturas africanas influenciaram nosso idioma


Heidi Strecker*

"O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.
Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.
Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo). Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque", "dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"...
Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana.
Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente (isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português.
A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala", "corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação com votos de paz e felicidade.”


*Heidi Strecker é filósofa e educadora.
fonte:

TEXTO 01

O negro faz parte de nossa cultura. Saber sobre ele, significa conhecer um pouco mais do nosso Brasil. Além disso, durante anos eles estiveram em inferioridade em nossa sociedade. Já está na hora de mudança! Algumas escolas já começaram o trabalho de conscientização da cultura africana. Será que este trabalho pode ajudar a valorização dos negros em nossa sociedade?
Kátia Calsavara
Da Legislação
Eles bateram o martelo. A partir de 2003, todas as escolas, públicas e particulares, devem ensinar a cultura e história afro-brasileiras nas aulas. Isso agora é lei (número 10.639) e foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 10 de janeiro de 2003.
Alguns de vocês devem se perguntar. “Mas já não aprendi sobre os negros na escola?” Sim, a maioria das escolas fala sobre os escravos, os quilombos, a capoeira. E o que vem antes disso?

Contos africanos

Em Salvador (BA), os alunos da escola  municipal Eugênia Anna dos Santos, que fica dentro do terreiro Ilé Axé Opô Afonjá, aprenderam a língua iorubá – falada na Nigéria, em Benin e em Togo, na África. “Eu adoro estudar iorubá e conhecer as lendas e contos africanos”, diz Marcos Henrique Santos, 9, da 3ª série.
Na escola Professor Luiz Gonzaga Riguini, em São Paulo, as alunas  fizeram bonecos e peça de teatro para discutir preconceito e cultura. “Nossa professora sempre indica poesia e textos de autores negros”, diz Carla Dantas, 13. Na Escola Viva, na zona sul de São Paulo, os alunos lêem sobre a cultura africana. “Gosto das pesquisas que fazemos na aula”, diz Rafael Vegas, 12.
Fonte: Folhinha – 1/2/03
QUESTÃO 01 (Descritor: a) localizar informações explícitas em um texto;
  b) e c) inferir uma informação implícita em um texto)
Baseando-se na leitura dos textos, responda:
a)    Qual é a proposta para o estudo sobre os negros em sala de aula?
b)    O que justifica o fato de alunos de uma escola em Salvador aprenderem uma língua africana?
c)    Ao indicar textos de autores negros, o que a professora mostra aos alunos?
QUESTÃO 02 (Descritor: distinguir um fato da opinião relativa a esse fato)
a)    O que você acha da atitude do presidente Lula em assinar uma lei que obriga as escolas a trabalhar com a cultura afro-brasileira?
b)    Você acredita que este trabalho vai diminuir o preconceito?
TEXTO 02
Brasil com jeito de África
·         Você conhece um pouco da cultura africana?
·         Quais são as influências deste povo, na nossa vida?
·         Veja se você consegue lembrar-se de uma comida, uma palavra, uma música e uma religião que tenha origem africana.
Para saber um pouco mais, leia os textos abaixo.
Especial para a Folhinha
Estudar a vida dos povos africanos no Brasil é importante para as crianças entenderem como eles contribuíram para a cultura brasileira. As tradições que vieram da África deram aos brasileiros um jeito particular de ser, um tipo de beleza, religião, arte e futebol.
Por mais de três séculos, príncipes e súditos foram capturados nas terras africanas para o trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar, nas minas  e nos cafezais dos senhores europeus que viviam no Brasil.
Não se sabe ao certo o número de africanos que chegaram aqui. As estimativas variam de 12 milhões a 50 milhões. Nagô, Jeje, Mina, Benin, de origem sudanesa, Angola, Cabinda, Congo e Benguela, de origem banto, são algumas tribos africanas que foram trazidas para o Brasil.
Alguns reinos africanos foram destruídos pelo tráfico. E outros reinos eram ricos e sábios. Exemplos são Djenne e Timbuctu, importantes centros culturais do século 16 que ficavam na atual Líbia.
No Brasil, documentos que registravam as origens desses povos foram queimados logo após a abolição da escravatura (1888). A idéia era apagar a história negra do país. (Colaborou o antrópologo Eduardo Logum-Uá)
Elizabeth Hoisel é antropóloga e co-autora de “Ogum” – O Rei de Muitas Faces” (Companhia das Letras)
Religião
Orixás simbolizam natureza
As tradições trazidas da África criaram formas diferentes de religião, como o candomblé, a umbanda, a macumba, o xangô, cujas características variam conforme o lugar do Brasil. Os orixás são os santos africanos. Eles são mais conhecidos pelos nomes oirubás: Ogum (deus da guerra), Oxóssi (caçador dos montes), Oxumarê (arco-íris), Ossain (rei das folhas), Xangô (dono dos raios), Logum Edé (menino que todo velho respeita), Oxum (deusa das águas e do amor), Iansã (deusa das tempestades), Iemanjá (mãe da água), Oxalá (pai criador), Ifá (saber divino) e outros. Os orixás simbolizam certas forças da natureza e possuem o axé, que é o poder de energia pura. Os iniciados nessa religião recebem a força do orixá e trazem a alegria para a comunidade.
Zumbi era guerreiro
As religiões dos povos da África conseguiram se manter graças aos quilombos. Os africanos e brasileiros escravizados se refugiavam nas matas. Formavam quilombos, que eram agrupamentos parecidos com alguns reinos da África. O quilombo de Palmares, em Alagoas, tinha Zumbi como líder dos guerreiros. Ele resistiu a muitos ataques e tornou-se símbolo da liberdade. Em 20 de novembro, data da morte dele, virou o Dia da Consciência Negra e é hoje feriado escolar.
Dono da força
Para os afro-brasileiros, não existe o diabo como na religião cristã. Exu não é o diabo. Ele representa o movimento entre a morte e a vida. É o mensageiro entre os orixás e os homens. Ele foi a primeira forma criada no mundo por Olorum, o deus supremo.
Língua
A língua mais falada no candomblé no Brasil é o iorubá. Exemplos de palavras da língua falada no Brasil são fé, acarajé, jabá (carne-seca) e axé. Mas há mais palavras de origem banto em português: cafuné, dengo, calango, macaco, canjica, samba, inhaca, jiló, ginga, moleque, xodó, zangado, zum-zum-zum. Isso porque na época da colonização os grupos eram mais numerosos no Brasil.
Moda
Nos anos 70, chegou ao Brasil o movimento black dos Estados Unidos e o cabelo black-power grande e solto influenciou o comportamento dos brasileiros. Também nessa época, no Carnaval, os cabelos ficavam soltos ou arrumados em lindos trançados com búzios e contas coloridas. Os blocos afro-carnavalescos cantavam a beleza negra.
Música
Blues, rap e samba
A música dos africanos criada nos Estados Unidos ficou conhecida no mundo inteiro e influenciou muitos gêneros musicais: blues, jazz, soul, rock, funk e rap. No Brasil foi criado o samba, inspirado nos ritmos dos rituais religiosos. O samba foi inventado principalmente nos morros do Rio de Janeiro e na Bahia e nas festas populares do país.
QUESTÃO 03 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto)
a)    Por que no Brasil não encontramos documentos que registrem a origem dos povos escravizados?
b)    Por que o Brasil apresenta tanta diversidade da cultura africana?
c)    No Brasil ainda existem grupos que praticam a religião africana. Por que isso acontece?
QUESTÃO 04 (Descritor: localizar informações explícitas em um texto)
Escreva fatos que demonstrem que o branco, apesar do preconceito, usa da cultura africana e, nestes momentos, não questiona a cor.
Na moda è
Na música è
-

ESTUDO LINGUÍSTICO: PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA

 

INTRODUÇÃO

    A Língua Portuguesa, no Brasil, passa por vários processos de transformação em decorrência às influências advindas de outros países (colonização, invasões de pessoas de diferentes países; como também recebeu de braços abertos refugiados em busca de uma vida melhor - japoneses e italianos, por exemplo). E uma das nossas maiores influências é a Língua e a Cultura Africana.

A variedade das línguas africanas que  emprestaram (ou emprestam) palavras para o português brasileiro, consolidou  um “africanismo” latente no nosso léxico. Portanto, é importante que os alunos identifiquem as interferências no campo semântico, na morfologia, sintaxe e fonética, ocorridas na Língua Portuguesa do Brasil devido à influência africana.

Objetivos:

1) Estudar as palavras africanas incorporadas por nossa língua em várias áreas culturais.
2) Conhecer o significado dessas palavras.
            3) Estudar a grafia das palavras.
Situação Desencadeadora:
1)    Apresentar a música "Moqueca de Idalina", de Nei Lopes, como  referência para iniciar uma análise das palavras desconhecidas.
ou
2) Texto “Culturas africanas influenciaram nosso idioma” de Heidi Strecker

 

Preparação das atividades:

1)    Audição da música, do qual o trecho transcrito a seguir será a base para as atividades:

2)   Leitura do texto;

 

Atividades:

1) A turma poderá ser dividida em três ou quatro grupos, com o objetivo de cada um deles analisar o trecho da música/texto  apresentada(o). É importante que o professor conheça a música a ser analisada.
2) O professor deverá distribuir o trecho da música que contém as palavras africanas (moqueca, dendê, quindim), sem identificá-las, buscando aguçar a curiosidade dos alunos e a capacidade de percepção.
3) Cada grupo tentará identificar cada palavra que julgue ser de origem africana e seu significado.
4) Identificadas as palavras na música, pedir que cada grupo faça listas com o maior número de palavras de origem africana. É importante que o professor possua um bom dicionário para verificar a etimologia das palavras.
ANEXOS
             
VOCÁBULOS AFRO-BRASILEIROS
       Angu
Massa de farinha de milho (fubá), de mandioca, de arroz, com água e sal,  escaldada ao       O angu no início do Brasil colônia era preparado com miúdos de     carne. Podia ser feito com farinha de milho (fubá) ou farinha de mandioca,
  Batuque
Batuque é uma Religião Afro brasileira de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina.
O batuque ( batuku ou batuk em crioulo cabo-verdiano) é um gênero musical e de dança de Cabo Verde .
  Cachimbo
O cachimbo é um instrumento para fumar composto de fornilho e piteira. Usa-se para fumar principalmente tabaco, que sofre um processo especial para a preparação do fumo para o uso em cachimbo.
  Quitute
Iguaria delicada; acepipe; petisco.
  Senzala
A Senzala era um grande alojamento que se destinava à moradia dos escravos dos engenhos e das fazendas no Brasil.
  Pipoca
Pipoca é um prato feito a partir de uma variedade especial de milho, que estoura quando aquecido, ao aquecermos os grãos de milho de maneira rápida, a umidade interna é convertida em vapor. Num determinado ponto, a pressão estoura a casca externa, transformando a parte interna numa massa pouco consistente de amidos e fibras, maior do que o grão original.
  Caçula
Caçula é o filho mais novo.
  Cafuné
Cafuné é um carinho feito mexendo nos cabelos com as pontas dos dedos
  Cochilar
Momento de sonolência breve!
  Macaco
O macaco, no sentido lato, é a designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropoides, aplicada no Brasil, restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral.
  Bagunça
A bagunça é estado de desordem.
  Fubá
O fubá é a farinha fina feita com milho moído, muito empregado na culinária.
  Dendê
O dendezeiro (Elaeais guineensis Jaquim) é uma palmeira originária da costa oriental da África (Golfo da Guiné), sendo encontrada em povoamentos subespontâneos desde o Senegal até Angola.
  Samba
O samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e tido como o ritmo nacional por excelência.




Culturas africanas influenciaram nosso idioma


Heidi Strecker*

"O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.
Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.
Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo). Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque", "dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"...
Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana.
Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente (isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português.
A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala", "corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação com votos de paz e felicidade.”


*Heidi Strecker é filósofa e educadora.