Inconfidência Mineira
Rainer Sousa
O marquês de Pombal foi responsável pela promoção do despotismo esclarecido em Portugal.
Ao longo do século XVIII, observamos que o governo português empreendeu um visível aumento nos mecanismos de cobrança e fiscalização sobre a população colonial. Nessa época, a busca por lucros, provenientes da atividade aurífera, impuseram a criação de novos impostos, o envio de tropas militares e o surgimento de novas instituições. Mesmo com o esgotamento natural das minas, o poder metropolitano não abria mão dos lucros retirados da tributação destinada à referida atividade.
Com o passar do tempo, muitos mineradores não tinham condições para cumprir com os compromissos tributários exigidos, realizando assim o acúmulo de dívidas. Tal situação, considerada incômoda, somava-se ainda ao alto preço estipulado para a compra de produtos manufaturados, como, calçados, tecidos e ferramentas oriundas das embarcações portuguesas. Desse modo, os colonos questionavam o compromisso metropolitano em desenvolver a região das Minas nos fins do século XVIII.
Não bastando toda essa situação, o governo de Portugal resolveu empreender a cobrança de impostos se utilizando da derrama. Nessa modalidade de cobrança, a metrópole enviaria tropas que realizariam o confisco de bens e propriedades que compensariam o acúmulo dos impostos atrasados em uma cidade ou região. Foi a partir daí que um grupo de moradores de Vila Rica passou a se reunir secretamente com o intuito de discutir a formação de um governo autônomo para Portugal.
Integrantes, em sua maioria, da elite econômica e intelectual do lugar, os inconfidentes debatiam a formação de um governo republicano inspirado nos ideais do Iluminismo. Entre outras coisas, reivindicavam a separação da capitania de Minas Gerais, ora sob o domínio português, desenvolvimento de atividades industriais, elaboração de uma nova constituição e fundação de universidades. No que tangia à escravidão, o movimento não assumiu uma posição clara sobre a possibilidade de abolição.
No final de 1788, os inconfidentes esperavam a cobrança da derrama para executarem um plano de sublevação, capaz de mobilizar outros setores da população. Contudo, a execução da derrama foi adiada, o que acabou desarticulando os revoltosos. No início de 1789, as autoridades realizaram a convocação de alguns dos inconfidentes para que efetuassem o pagamento de suas dívidas. Foi então que o fazendeiro Joaquim Silvério dos Reis ofereceu o nome dos inconfidentes em troca do perdão de suas dívidas.
A partir daquele momento, as autoridades militares e judiciais foram acionadas para organizar os inquéritos que determinariam os culpados pela organização desse levante contra a Coroa. Em 1791, o julgamento dos envolvidos apontou que onze dos envolvidos seriam condenados à morte. Entretanto, somente o alferes Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, acabou sendo levado à forca, esquartejado e tendo seus restos mortais expostos pela região de Vila Rica.
Com o passar do tempo, muitos mineradores não tinham condições para cumprir com os compromissos tributários exigidos, realizando assim o acúmulo de dívidas. Tal situação, considerada incômoda, somava-se ainda ao alto preço estipulado para a compra de produtos manufaturados, como, calçados, tecidos e ferramentas oriundas das embarcações portuguesas. Desse modo, os colonos questionavam o compromisso metropolitano em desenvolver a região das Minas nos fins do século XVIII.
Não bastando toda essa situação, o governo de Portugal resolveu empreender a cobrança de impostos se utilizando da derrama. Nessa modalidade de cobrança, a metrópole enviaria tropas que realizariam o confisco de bens e propriedades que compensariam o acúmulo dos impostos atrasados em uma cidade ou região. Foi a partir daí que um grupo de moradores de Vila Rica passou a se reunir secretamente com o intuito de discutir a formação de um governo autônomo para Portugal.
Integrantes, em sua maioria, da elite econômica e intelectual do lugar, os inconfidentes debatiam a formação de um governo republicano inspirado nos ideais do Iluminismo. Entre outras coisas, reivindicavam a separação da capitania de Minas Gerais, ora sob o domínio português, desenvolvimento de atividades industriais, elaboração de uma nova constituição e fundação de universidades. No que tangia à escravidão, o movimento não assumiu uma posição clara sobre a possibilidade de abolição.
No final de 1788, os inconfidentes esperavam a cobrança da derrama para executarem um plano de sublevação, capaz de mobilizar outros setores da população. Contudo, a execução da derrama foi adiada, o que acabou desarticulando os revoltosos. No início de 1789, as autoridades realizaram a convocação de alguns dos inconfidentes para que efetuassem o pagamento de suas dívidas. Foi então que o fazendeiro Joaquim Silvério dos Reis ofereceu o nome dos inconfidentes em troca do perdão de suas dívidas.
A partir daquele momento, as autoridades militares e judiciais foram acionadas para organizar os inquéritos que determinariam os culpados pela organização desse levante contra a Coroa. Em 1791, o julgamento dos envolvidos apontou que onze dos envolvidos seriam condenados à morte. Entretanto, somente o alferes Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, acabou sendo levado à forca, esquartejado e tendo seus restos mortais expostos pela região de Vila Rica.
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