Professor de Matemática no Colégio Estadual Dinah Gonçalves
E Biologia na rede privada de Salvador-Bahia
Professor Antonio Carlos carneiro Barroso
email accbarroso@hotmail.com
Extraído de http://www.alunosonline.com.br
Peculiaridades da escravidão no Brasil
Rainer Sousa
A história da escravidão foi marcada por uma diversidade de situações nem sempre privilegiada pelas narrativas correntes.
Quando estudamos a questão do escravo no Brasil, nos deparamos com diversos relatos que denunciam os horrores e a exploração que marcaram essa página de nossa história. Ao longo de quatro séculos, uma grande leva de pessoas trazidas do continente africano aportaram em solo brasileiro para comporem de maneira involuntária a força de trabalho que, durante muito tempo, sustentou economicamente o país. Segundo algumas estimativas, cerca de quatro milhões de africanos foram trazidos somente ao Brasil.
Além de se tornarem o sustentáculo de nossa economia durante muito tempo, a escravidão também alcançou um importante status econômico ao configurar uma lucrativa atividade. Os traficantes poderiam alcançar lucros vultosos que poderiam facilmente ultrapassar a marca dos 300 por cento. Contudo, a venda dessa valiosa “mercadoria” também exigia um processo de preparação onde o escravo passava por um período de engorda e recuperação física.
Apesar de toda essa complexidade de ações e valores que giravam em torno da escravidão, a história nacional nos comprova que a condição de um escravo poderia variar bastante. Muito antes dos movimentos abolicionistas que ganharam força no século XIX, havia uma considerável população de ex-escravos que alcançavam a liberdade por meio da compra da alforria ou da concessão voluntária de seus proprietários.
Na verdade, esse é um primeiro e superficial aspecto que abarca toda uma série de situações que elenca a história da escravidão no Brasil. A miscigenação racial experimentada em terras tupiniquins – apesar de não minimizar o problema do preconceito e a violência – nos mostra uma flexibilidade nas relações instituídas entre os escravos e seus senhores. Um dos mais famosos exemplos foi de Chica da Silva, que se casou com seu senhor e se tornou proprietária de escravos e terras.
Um outro intrigante exemplo dessa proximidade entre brancos e negros aconteceu no Rio Grande do Sul do século XIX. No cemitério da Santa Casa de Porto Alegre, foram encontrados os restos mortais de um casal de escravos enterrado ao lado do barão de Nonoai. Este rico senhor de escravos, na verdade, ficou conhecido pelo fato de libertar todos os seus escravos de uma só vez. Impressionado com a notícia, o imperador Dom Pedro II lhe concedeu o título de barão.
Essas situações, apesar de minoritárias, despertam os olhos para outra realidade historicamente vivida e muitas vezes desprezada por uma perspectiva simplista que coloca o tema sob uma perspectiva dual e maniqueísta. Deveras, a História deve ser vista com o cuidado de uma ciência marcada por nuances muitas vezes reprimidas por narrativas que generalizam e empobrecem o passado.
Além de se tornarem o sustentáculo de nossa economia durante muito tempo, a escravidão também alcançou um importante status econômico ao configurar uma lucrativa atividade. Os traficantes poderiam alcançar lucros vultosos que poderiam facilmente ultrapassar a marca dos 300 por cento. Contudo, a venda dessa valiosa “mercadoria” também exigia um processo de preparação onde o escravo passava por um período de engorda e recuperação física.
Apesar de toda essa complexidade de ações e valores que giravam em torno da escravidão, a história nacional nos comprova que a condição de um escravo poderia variar bastante. Muito antes dos movimentos abolicionistas que ganharam força no século XIX, havia uma considerável população de ex-escravos que alcançavam a liberdade por meio da compra da alforria ou da concessão voluntária de seus proprietários.
Na verdade, esse é um primeiro e superficial aspecto que abarca toda uma série de situações que elenca a história da escravidão no Brasil. A miscigenação racial experimentada em terras tupiniquins – apesar de não minimizar o problema do preconceito e a violência – nos mostra uma flexibilidade nas relações instituídas entre os escravos e seus senhores. Um dos mais famosos exemplos foi de Chica da Silva, que se casou com seu senhor e se tornou proprietária de escravos e terras.
Um outro intrigante exemplo dessa proximidade entre brancos e negros aconteceu no Rio Grande do Sul do século XIX. No cemitério da Santa Casa de Porto Alegre, foram encontrados os restos mortais de um casal de escravos enterrado ao lado do barão de Nonoai. Este rico senhor de escravos, na verdade, ficou conhecido pelo fato de libertar todos os seus escravos de uma só vez. Impressionado com a notícia, o imperador Dom Pedro II lhe concedeu o título de barão.
Essas situações, apesar de minoritárias, despertam os olhos para outra realidade historicamente vivida e muitas vezes desprezada por uma perspectiva simplista que coloca o tema sob uma perspectiva dual e maniqueísta. Deveras, a História deve ser vista com o cuidado de uma ciência marcada por nuances muitas vezes reprimidas por narrativas que generalizam e empobrecem o passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário