Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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A divisão da Alemanha
Rainer Sousa
O Muro de Berlim estabeleceu a divisão ideológica e política da Alemanha.
Em maio de 1945, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, os exércitos nazistas foram finalmente derrotados pelos países aliados. A Alemanha, que ocupa posição geográfica privilegiada entre o leste e o oeste da Europa, vivia um imenso vazio ideológico e político. A trágica e aliviadora saída de Adolf Hitler do poder era seguida pela urgente necessidade de se pensar quais os paradigmas seriam responsáveis pela reconstrução daquela incógnita nação.
Os grandes centros urbanos industriais estavam completamente arrasados e uma parcela considerável da população alemã experimentava uma evidente sensação de incerteza. Deveras, a perda de cinco milhões de vidas durante a Segunda Guerra era somente um dos graves traumas a serem superados. Ao mesmo tempo, os países vitoriosos tornavam públicos os crimes hediondos cometidos pelos remanescentes da alta cúpula do Estado Nazista.
Afinal de contas, quem reconduziria o processo de reconstrução da Alemanha? Buscando dar uma primeira resposta à questão, as zonas administradas pelas nações capitalistas se fundiram, dando os primeiros passos para a criação da República Federal da Alemanha (RFA). A agilidade das negociações visava barrar a expansão da ideologia socialista pela Europa, que tinha a porção leste e metade do território alemão politicamente influenciado pela União Soviética.
Em junho de 1948, sentindo-se visivelmente pressionados para entregar o restante da Alemanha, os soviéticos bloquearam todo o trânsito ferroviário e rodoviário que davam acesso à cidade de Berlim. Em resposta, britânicos e estadunidenses formaram um corredor aéreo que conseguiu furar essa barreira e fornecer alimentos e outros gêneros básicos para a população da área ocidental da cidade. Em poucos meses, a manutenção do impasse se tornou insustentável para ambos os lados.
Finalmente, em outubro de 1949, os soviéticos conduziram os trâmites que deram origem à República Democrática da Alemanha (RDA). Para reafirmar a legitimidade de sua nova empreitada e barrar uma possível invasão ocidental, os soviéticos também promoveram a detonação experimental de sua primeira bomba nuclear. Dessa forma, o território alemão ficava dividido e o mundo enxergava com mais clareza a construção da ordem bipolar.
Graças à ajuda norte-americana, a RFA conseguiu organizar uma reforma econômica que apresentou resultados positivos desde os primeiros anos da década de 1950. A criação de uma nova moeda, o marco alemão, e a inserção do país na economia de mercado simbolizavam o trunfo do projeto capitalista. Em troca dos incentivos do bloco capitalista, a Alemanha Ocidental organizou grandes e eficientes projetos de assistência social que trouxeram conforto à população.
No lado oriental, a RDA passou por maiores dificuldades tendo em vista que, sob o ponto de vista histórico e econômico, essa sempre fora a parte menos desenvolvida da Alemanha. Além desses problemas, os comunistas locais pretendiam constituir uma nação livre da interferência soviética e guiada pelo regime pluripartidarista. Contudo, a necessidade de recursos e a sistemática pressão soviética garantiram a hegemonia comunista, principalmente após a assinatura do Pacto de Varsóvia, em 1955.
Ao longo de toda a Guerra Fria, não existiram chances mínimas que permitissem a reunificação do território alemão. No ano de 1961, essa possibilidade foi completamente anulada quando a construção de um muro marcou as zonas de influência capitalista e comunista. Construído pelas iniciativas da RDA, o Muro de Berlim impediria a fuga de seus cidadãos para áreas de influência capitalista. Contudo, esse muro acabou também servindo para apartar as duas ideologias que tomaram o mundo no resto do século XX.
Os grandes centros urbanos industriais estavam completamente arrasados e uma parcela considerável da população alemã experimentava uma evidente sensação de incerteza. Deveras, a perda de cinco milhões de vidas durante a Segunda Guerra era somente um dos graves traumas a serem superados. Ao mesmo tempo, os países vitoriosos tornavam públicos os crimes hediondos cometidos pelos remanescentes da alta cúpula do Estado Nazista.
Afinal de contas, quem reconduziria o processo de reconstrução da Alemanha? Buscando dar uma primeira resposta à questão, as zonas administradas pelas nações capitalistas se fundiram, dando os primeiros passos para a criação da República Federal da Alemanha (RFA). A agilidade das negociações visava barrar a expansão da ideologia socialista pela Europa, que tinha a porção leste e metade do território alemão politicamente influenciado pela União Soviética.
Em junho de 1948, sentindo-se visivelmente pressionados para entregar o restante da Alemanha, os soviéticos bloquearam todo o trânsito ferroviário e rodoviário que davam acesso à cidade de Berlim. Em resposta, britânicos e estadunidenses formaram um corredor aéreo que conseguiu furar essa barreira e fornecer alimentos e outros gêneros básicos para a população da área ocidental da cidade. Em poucos meses, a manutenção do impasse se tornou insustentável para ambos os lados.
Finalmente, em outubro de 1949, os soviéticos conduziram os trâmites que deram origem à República Democrática da Alemanha (RDA). Para reafirmar a legitimidade de sua nova empreitada e barrar uma possível invasão ocidental, os soviéticos também promoveram a detonação experimental de sua primeira bomba nuclear. Dessa forma, o território alemão ficava dividido e o mundo enxergava com mais clareza a construção da ordem bipolar.
Graças à ajuda norte-americana, a RFA conseguiu organizar uma reforma econômica que apresentou resultados positivos desde os primeiros anos da década de 1950. A criação de uma nova moeda, o marco alemão, e a inserção do país na economia de mercado simbolizavam o trunfo do projeto capitalista. Em troca dos incentivos do bloco capitalista, a Alemanha Ocidental organizou grandes e eficientes projetos de assistência social que trouxeram conforto à população.
No lado oriental, a RDA passou por maiores dificuldades tendo em vista que, sob o ponto de vista histórico e econômico, essa sempre fora a parte menos desenvolvida da Alemanha. Além desses problemas, os comunistas locais pretendiam constituir uma nação livre da interferência soviética e guiada pelo regime pluripartidarista. Contudo, a necessidade de recursos e a sistemática pressão soviética garantiram a hegemonia comunista, principalmente após a assinatura do Pacto de Varsóvia, em 1955.
Ao longo de toda a Guerra Fria, não existiram chances mínimas que permitissem a reunificação do território alemão. No ano de 1961, essa possibilidade foi completamente anulada quando a construção de um muro marcou as zonas de influência capitalista e comunista. Construído pelas iniciativas da RDA, o Muro de Berlim impediria a fuga de seus cidadãos para áreas de influência capitalista. Contudo, esse muro acabou também servindo para apartar as duas ideologias que tomaram o mundo no resto do século XX.
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