sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Quilombo dos Palmares

Professor de Matemática no Colégio Estadual Dinah Gonçalves
E Biologia na rede privada de Salvador-Bahia
Professor Antonio Carlos carneiro Barroso
email accbarroso@hotmail.com
Extraído de http://www.alunosonline.com.br

Quilombo dos Palmares

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Zumbi dos Palmares, líder da resistência negra, contra a escravidão.
No período conhecido como Brasil Colônia, predominou a mão de obra escrava. Os indígenas, primeiros habitantes do país e primeiros escravizados, apresentavam problemas quanto a seu cárcere. Os escravistas tentaram impor o trabalho aos índios à força, mas eles relutavam. A Igreja também interferiu, proibindo a escravidão indígena, uma vez que tinha como missão catequizá-los. Os engenhos de açúcar precisavam de trabalhadores e a solução adotada foi escravizar o negro-africano. Mas os escravos apresentavam violentas resistências quanto à escravização. Organizavam fugas, rebeliões e, em alguns casos, cometiam suicídio. Quando fugiam, organizavam sociedades agrárias, com leis próprias e habitadas por, além dos negros, indígenas fugidos e soldados desertores. Essas sociedades ficaram conhecidas como quilombos. E o mais importante deles foi o Quilombo dos Palmares.

O Quilombo dos Palmares existiu de 1629 a 1694. Era uma verdadeira confederação de tribos, protegidas por um engenhoso sistema de armadilhas. Recebeu esse nome por estar situado em uma extensa região de palmeiras, no estado de Alagoas, capitania de Pernambuco, na época. Beneficiado pela desorganização provocada pelas invasões holandesas, chegou a contar com mais de dez mil negros. Seu líder, Ganga Zumba, assinou um acordo de paz com o governador de Pernambuco, que consistia na liberdade aos negros nascidos no Quilombo, em troca da entrega de negros-fugidos, recém-chegados em Palmares. Posteriormente, Zumba foi assassinado em um conflito. Seu sobrinho, Zumbi dos Palmares, assumiu a liderança do Quilombo.

Os quilombos apresentavam perigo constante ao regime escravista. As notícias de que uma comunidade de negros livres prosperava, corria entre as senzalas, alimentando a resistência e os planos de fuga dos escravos. Muitos senhores de engenho contratavam mercenários para descobrir a localização de Palmares e pôr fim ao Quilombo. Em 1687, uma dessas expedições contratou o bandeirante Domingos Jorge Velho. Em 1692, ele e sua expedição descobriram a localização do quilombo, cercaram-no e partiram para o ataque. Os quilombolas resistiram, derrotando os bandeirantes.

Jorge Velho organizou um novo ataque, desta vez com um exército mais fortalecido, contando com seis mil homens. Os quilombolas resistiram aos ataques por um mês, mas foram combatidos; e o Quilombo, destruído. Zumbi, que havia escapado, foi morto dois anos mais tarde, no dia 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi cortada e exposta em praça pública, no Recife, a fim de atemorizar outros grupos de resistência. O dia de sua morte é comemorado todos os anos, sendo conhecido como o Dia da Consciência Negra.

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