Comuna de Paris
Rainer Sousa
Uma das barricadas formadas na capital francesa durante a Comuna de Paris, em 1871.
O século XIX foi palco de transformações políticas e econômicas que marcaram a ascensão da burguesia e o aparecimento dos movimentos socialistas. Esses dois fatos históricos perfilavam a configuração de um cenário bastante contraditório em Paris, capital da França. A cidade aproveitava os capitais de seu processo de industrialização para abrir bulevares, construir grandes palácios e belos jardins. Em contrapartida, seus trabalhadores viviam em cortiços insalubres e mal cheirosos.
Essa distinção social acontecia em meio ao governo de Napoleão III, que buscava ampliar os interesses do Estado e da burguesia com acordos diplomáticos e guerras que nem de longe tratavam dos interesses de seus mais humildes trabalhadores. Em 1870, Napoleão III se envolvia em uma guerra contra a Prússia, com o interesse de conquistar alguns territórios de uma Alemanha em pleno processo de unificação territorial. No entanto, seus planos não foram muito bem sucedidos.
A derrota na chamada Guerra Franco-Prussiana custou a destituição de Napoleão III da monarquia francesa e a instituiu um regime republicano controlado pelo general Louis-Adolph Tiers. A humilhação militar e a conturbação política da época serviram de incentivo para que a população se mobilizasse contra aquela situação vexatória. Em março de 1871, a população pegou em armas e expulsou a tropas prussianas que pretendiam controlar a capital da França.
Depois de defender de forma vívida a soberania do Estado Nacional francês, a população parisiense recebeu a notícia do aumento de impostos e aluguéis. Inconformada com tamanha arbitrariedade de um governo que mal sabia se defender, os trabalhadores saíram às ruas reivindicando melhores condições de vida. Assustado, o governo ordenou que a combalida Guarda Nacional sufocasse o protesto. No entanto, os soldados resolveram apoiar os manifestantes.
O caso de insubordinação inflou ainda mais o movimento de origem popular. Em resposta, o governo francês ordenou a execução sumária dos generais Clément Thomas e Lecomte. Logo em seguida, uma série de barricadas tomou conta da cidade de Paris e a Guarda Nacional tratou de organizar suas forças em pontos estratégicos para que os republicanos não retomassem o poder. Dessa forma, tinha início à chamada Comuna de Paris.
O governo popular chegava ao poder sobre forte inspiração dos escritos do pensador socialista Karl Marx e do anarquista Joseph Proudhon. Entre outras medidas, os chamados “assaltantes do céu” promoveram a separação entre Igreja e Estado, aboliu os aluguéis e os ricos palacetes saqueados. Enquanto isso, os republicanos assinaram um acordo com a Prússia pelo qual viabilizaram a formação de um exército com mais de 170 mil soldados.
No dia 21 de maio, as tropas republicanas deram início à chamada “Semana Sangrenta” que deu fim à comuna. Depois de experimentarem o poder durante setenta e dois dias, 20 mil dos revolucionários foram mortos e outros 35 mil encarcerados pelas tropas do general Thiers. Sem eleger heróis máximos, a Comuna de Paris veio a inspirar outras experiências de profunda transformação, como a Revolução Russa de 1917.
Essa distinção social acontecia em meio ao governo de Napoleão III, que buscava ampliar os interesses do Estado e da burguesia com acordos diplomáticos e guerras que nem de longe tratavam dos interesses de seus mais humildes trabalhadores. Em 1870, Napoleão III se envolvia em uma guerra contra a Prússia, com o interesse de conquistar alguns territórios de uma Alemanha em pleno processo de unificação territorial. No entanto, seus planos não foram muito bem sucedidos.
A derrota na chamada Guerra Franco-Prussiana custou a destituição de Napoleão III da monarquia francesa e a instituiu um regime republicano controlado pelo general Louis-Adolph Tiers. A humilhação militar e a conturbação política da época serviram de incentivo para que a população se mobilizasse contra aquela situação vexatória. Em março de 1871, a população pegou em armas e expulsou a tropas prussianas que pretendiam controlar a capital da França.
Depois de defender de forma vívida a soberania do Estado Nacional francês, a população parisiense recebeu a notícia do aumento de impostos e aluguéis. Inconformada com tamanha arbitrariedade de um governo que mal sabia se defender, os trabalhadores saíram às ruas reivindicando melhores condições de vida. Assustado, o governo ordenou que a combalida Guarda Nacional sufocasse o protesto. No entanto, os soldados resolveram apoiar os manifestantes.
O caso de insubordinação inflou ainda mais o movimento de origem popular. Em resposta, o governo francês ordenou a execução sumária dos generais Clément Thomas e Lecomte. Logo em seguida, uma série de barricadas tomou conta da cidade de Paris e a Guarda Nacional tratou de organizar suas forças em pontos estratégicos para que os republicanos não retomassem o poder. Dessa forma, tinha início à chamada Comuna de Paris.
O governo popular chegava ao poder sobre forte inspiração dos escritos do pensador socialista Karl Marx e do anarquista Joseph Proudhon. Entre outras medidas, os chamados “assaltantes do céu” promoveram a separação entre Igreja e Estado, aboliu os aluguéis e os ricos palacetes saqueados. Enquanto isso, os republicanos assinaram um acordo com a Prússia pelo qual viabilizaram a formação de um exército com mais de 170 mil soldados.
No dia 21 de maio, as tropas republicanas deram início à chamada “Semana Sangrenta” que deu fim à comuna. Depois de experimentarem o poder durante setenta e dois dias, 20 mil dos revolucionários foram mortos e outros 35 mil encarcerados pelas tropas do general Thiers. Sem eleger heróis máximos, a Comuna de Paris veio a inspirar outras experiências de profunda transformação, como a Revolução Russa de 1917.
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