domingo, 16 de fevereiro de 2020

Fisiologia da excreção dos animais invertebrados

A excreção é um processo biológico, responsável pela eliminação dos rejeitos metabolizados por um organismo assegurando sua homeostase, ou seja, o equilíbrio interno.

A fisiologia do sistema excretor, bem como a anatomia dos órgãos que o constitui, está intimamente relacionada à evolução, o hábito e o nicho a que pertencem cada ser vivo, levando-se em consideração principalmente a disponibilidade de água no auxílio da excreção de substâncias nitrogenadas (amônia, ácido úrico e uréia), sais minerais e gás carbônico.

TIPOS DE EXCREÇÃO DOS ANIMAIS INVERTEBRADOS:

Filo Porífera – as esponjas, organismos que pertencem a esse grupo, não possuem sistema excretor. Os rejeitos saem das células por difusão em direção à cavidade da espongiocele (o átrio), saindo pela abertura do ósculo (orifício superior), decorrente de um fluxo de água provocado pelo batimento flagelar dos coanócitos dispostos na sua superfície interna.

Filo Cnidária – nos cnidários a excreção ocorre de forma semelhante aos poríferos, eliminando os rejeitos através das paredes do corpo. Contudo, sendo captado pela cavidade gastrovascular, e dessa saindo pela boca circundada por tentáculos.

Filo Platyelminthes – nos platelmintos, a remoção das excretas é realizada por protonefrídios, formando um sistema de túbulos interconectados a duas redes tubulares laterais coletoras de excrementos, coletados e eliminados para o exterior do organismo (saindo pela boca), devido ao fluxo de água causado pelo batimento de cílios existentes em células-flamas na extremidade dos túbulos.

Filo Nematoda – nos nematódeos as excretas podem ser eliminadas pela superfície do corpo, ou por meio de canais coletores contendo células especializadas denominadas renete.

Filo Mollusca – já os moluscos possuem excreção por metanefrídios. Cada uma dessas unidades se constitui de um duto com duas aberturas, uma delas em funil ciliado atuando na filtragem do líquido celomático, e a outra por onde o excremento é eliminando.

Filo Annelida – os anelídeos, seres metamerizados, apresentam em cada segmento do corpo um par de tubos (também metanefrídios) com extremidades abertas, uma delas voltada para o interior e a outra para o exterior do organismo, comunicando a cavidade celomática com o meio ambiente.

Filo Arthropoda – nos insetos, o sistema excretor se diferencia de acordo com as subdivisões desse grupo. Na maioria dos insetos, a captação dos resíduos metabólicos é recolhida por um sistema de túbulos de malpighi, que nos aracnídeos está associado a um conjunto de glândulas coxais. Nos crustáceos, essa função é desempenhada por um complexo de glândulas verdes.

Filo Echinodermata – nesse grupo o aparelho excretor é ausente, sendo as partículas e substâncias excretas, difundidas pela água circulante no sistema hidrovascular.
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