Colégio Estadual Dinah Gonçalves
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O regime Russo
Eduardo de Freitas
O regime russo antes da Revolução
No decorrer da Primeira Guerra Mundial o partido Bolchevista, apoiado pela sociedade Russa, destituiu e anulou o governo absolutista do Czar Nicolau II, e implantou de forma pioneira o sistema político-econômico socialista.
A Revolução Russa foi derivada de um elevado nível de disparidade social, econômica e sucessivas crises que assolavam o país, essas foram aumentadas devido à ineficiência de administração por parte do Czar, foram consecutivos desastres como a guerra contra o Japão entre 1904 e 1905, a baixa produtividade agrícola, técnicas e economias ultrapassadas relativas ao estado absolutista russo.
O regime do Czar
No início do século XX a Rússia era governada pelo Czar, esse era um monarca autocrático, que detinha plenos poderes, pois a monarquia era baseada no direito divino dos reis, legalizado pela Igreja Ortodoxa. O poder era centrado na figura do rei, que detinha em suas mãos todo o poder de decisões, sempre amparado pela classe burguesa.
Em quanto a ideologia liberal se dispersava pela Europa, os líderes russos tratavam sua população de forma arbitrária, em um sistema retrogrado de governo. Nesse momento histórico a Rússia era o país Europeu com a maior densidade demográfica, algo em torno de 175 milhões de pessoas, na qual cerca de 85% de toda população era constituída por trabalhadores rurais que reivindicavam um novo modelo agrário, um dos motivos era o alto valor de terras, assim essas tornavam-se inacessíveis aos camponeses.
O trabalho escravo foi abolido na segunda metade do século XIX, acompanhado por uma política de distribuição de terras aos camponeses, no entanto essa medida não atendeu o grande número de pessoas, além disso, sobre a classe era inserido um alto índice de impostos. As técnicas defasadas contribuíam para a baixa produtividade, ocasionando a fome, incentivando manifestações e revoltas constantes.
No final do século XIX emergiu na Rússia uma nova atividade econômica, a industrialização. O processo de industrialização teve origem devido à colaboração de capitais estrangeiros oriundos de países como França, Alemanha e Bélgica, e que dessa forma não ofereceu condições para surgir uma elite nacional forte. Logo as fábricas de metalurgia, mineração e tecelagem, foram sendo instaladas, favorecidas pela imensa oferta de mão-de-obra presente no país.
Grande parte dos trabalhadores industriais veio do campo, geralmente ou quase sempre sem nenhum tipo de especialização, isso prejudicava a produção, pois era preciso paralisar o trabalho para realizar o treinamento. Nascia então a classe proletária, que possuía uma carga horária em média de quatorze horas desprovida de legislação trabalhista. As longas jornadas, os baixos salários e más condições de trabalho motivaram o surgimento de vários movimentos, motins e greves.
No ano de 1916, cerca de 1 milhão de trabalhadores colaboraram com mais de 1500 greves, provocadas principalmente pela defasagem do ordenado e pelo aumento da inflação e taxa de desemprego.
Apesar dos movimentos trabalhistas e dos problemas sociais, o governo se manteve indiferente a essas questões sem nenhum tipo de intervenção.
No clímax dos movimentos e manifestações sociais e trabalhistas, surgiu um partido denominado de Partido Operário Social Democrata (POSD) em 1898, com a missão de lutar contra as injustiças sociais e políticas. Os líderes do partido, com ênfase na participação efetiva de Lênin e Trotsky, estimularam os trabalhadores a promover uma revolução, vista como única forma de tirar o Czar do poder.
No ano de 1903, durante discussões do partido, ocorreu a sua divisão em dois grupos diferentes: Bolcheviques e Mencheviques. Os Bolcheviques eram a maioria no congresso, liderados por Lênin defendiam a tomada do poder por parte dos trabalhadores e camponeses e também deviam implantar um regime socialista de governo por meio de ditadura. Já os Mencheviques compostos pela minoria, tinham como líderes Martov e George Plekhanov que defendiam a união entre burguesia e proletariado, pregavam que a Rússia deveria primeiramente se desenvolver economicamente para alcançar o capitalismo e depois realizar a revolução.
A Revolução Russa foi derivada de um elevado nível de disparidade social, econômica e sucessivas crises que assolavam o país, essas foram aumentadas devido à ineficiência de administração por parte do Czar, foram consecutivos desastres como a guerra contra o Japão entre 1904 e 1905, a baixa produtividade agrícola, técnicas e economias ultrapassadas relativas ao estado absolutista russo.
O regime do Czar
No início do século XX a Rússia era governada pelo Czar, esse era um monarca autocrático, que detinha plenos poderes, pois a monarquia era baseada no direito divino dos reis, legalizado pela Igreja Ortodoxa. O poder era centrado na figura do rei, que detinha em suas mãos todo o poder de decisões, sempre amparado pela classe burguesa.
Em quanto a ideologia liberal se dispersava pela Europa, os líderes russos tratavam sua população de forma arbitrária, em um sistema retrogrado de governo. Nesse momento histórico a Rússia era o país Europeu com a maior densidade demográfica, algo em torno de 175 milhões de pessoas, na qual cerca de 85% de toda população era constituída por trabalhadores rurais que reivindicavam um novo modelo agrário, um dos motivos era o alto valor de terras, assim essas tornavam-se inacessíveis aos camponeses.
O trabalho escravo foi abolido na segunda metade do século XIX, acompanhado por uma política de distribuição de terras aos camponeses, no entanto essa medida não atendeu o grande número de pessoas, além disso, sobre a classe era inserido um alto índice de impostos. As técnicas defasadas contribuíam para a baixa produtividade, ocasionando a fome, incentivando manifestações e revoltas constantes.
No final do século XIX emergiu na Rússia uma nova atividade econômica, a industrialização. O processo de industrialização teve origem devido à colaboração de capitais estrangeiros oriundos de países como França, Alemanha e Bélgica, e que dessa forma não ofereceu condições para surgir uma elite nacional forte. Logo as fábricas de metalurgia, mineração e tecelagem, foram sendo instaladas, favorecidas pela imensa oferta de mão-de-obra presente no país.
Grande parte dos trabalhadores industriais veio do campo, geralmente ou quase sempre sem nenhum tipo de especialização, isso prejudicava a produção, pois era preciso paralisar o trabalho para realizar o treinamento. Nascia então a classe proletária, que possuía uma carga horária em média de quatorze horas desprovida de legislação trabalhista. As longas jornadas, os baixos salários e más condições de trabalho motivaram o surgimento de vários movimentos, motins e greves.
No ano de 1916, cerca de 1 milhão de trabalhadores colaboraram com mais de 1500 greves, provocadas principalmente pela defasagem do ordenado e pelo aumento da inflação e taxa de desemprego.
Apesar dos movimentos trabalhistas e dos problemas sociais, o governo se manteve indiferente a essas questões sem nenhum tipo de intervenção.
No clímax dos movimentos e manifestações sociais e trabalhistas, surgiu um partido denominado de Partido Operário Social Democrata (POSD) em 1898, com a missão de lutar contra as injustiças sociais e políticas. Os líderes do partido, com ênfase na participação efetiva de Lênin e Trotsky, estimularam os trabalhadores a promover uma revolução, vista como única forma de tirar o Czar do poder.
No ano de 1903, durante discussões do partido, ocorreu a sua divisão em dois grupos diferentes: Bolcheviques e Mencheviques. Os Bolcheviques eram a maioria no congresso, liderados por Lênin defendiam a tomada do poder por parte dos trabalhadores e camponeses e também deviam implantar um regime socialista de governo por meio de ditadura. Já os Mencheviques compostos pela minoria, tinham como líderes Martov e George Plekhanov que defendiam a união entre burguesia e proletariado, pregavam que a Rússia deveria primeiramente se desenvolver economicamente para alcançar o capitalismo e depois realizar a revolução.
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